domingo, 27 de novembro de 2011

Nossa Senhora das Graças


A Devoção à Nossa Senhora das Graças
da Medalha Milagrosa

      

           Foi na segunda aparição a 27 de novembro de 1830, em Paris, na França; que Nossa Senhora apareceu a uma das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, à humilde noviça Santa Catarina Labouré. Ela descreve como lhe foi revelada a Medalha da Imaculada Conceição:           
            A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.
 
Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:

 "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“

 A ORAÇÃO:

Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro:

"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".

Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um " M" encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede:

 

’'Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 13,33-37)


Domingo, 27 de Novembro de 2011
1º Domingo do Advento

— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando.
35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo.
37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”

-Palavra da Salvação!
-Glória a vós Senhor!

Breve comentário


Iniciamos hoje o tempo do Advento e as palavras vigiai e orai constituem uma constante da Igreja primitiva. Eis alguns exemplos: Marcos, no Getsêmani, põe nos lábios de Jesus a repreensão dirigida a Pedro: “Simão estás dormindo? Não foste capaz de vigiar por uma hora? Vigiai e orai para que não entreis em tentação: pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14,17). A mesma recomendação a encontramos em Mateus 26,41. A vigília sem a oração é inútil ou prejudicial. Os banquetes da época celebravam-se durante as horas noturnas. Tanto romanos como judeus vigiavam, porém, de forma diversa a dos cristãos. Eram célebres os banquetes entre fariseus ao entardecer da sexta feira, ou seja, ao iniciar-se o sábado (Lc 14,13).
Assim entendemos a explicação de Lucas, na qual Jesus admoesta os discípulos para ficar de sobreaviso, para que seus corações não fiquem atordoadas pela embriaguez, pelas orgias e pelos cuidados da vida, de modo a cair sobre eles esse dia, repentinamente, como uma cilada (Lc 21,34). Daí também a oração que se pede para acompanhar a vigília.
Em 1Ts 5,4-9: “Vós, porém, meus irmãos, não andeis nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, pois que todos vós sois filhos da luz, filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. Portanto, não durmamos a exemplo dos outros; mas vigiemos e sejamos sóbrios. Quem dorme, dorme de noite. Nós, pelo contrário, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestidos da couraça da fé e da caridade, e do capacete da esperança da salvação”. Sem dúvida que os que vigiam ou estão despertos ou são os que não dormem à noite. A sobriedade é porque os banquetes celebravam-se à noite e geralmente demoravam durante todo o período numa espécie de orgia de vinho e luxúria. Com o raciocínio anterior, as metáforas usadas por Paulo permitem entender melhor o texto de Marcos e o de Lucas, que sem dúvida contêm certas explicações explícitas (Lc 21,34-36) e que temos explicado anteriormente. Por isso, Lucas exorta a ficar acordados, orando em todo momento, para ter a força de escapar de tudo o que deve acontecer e de ficar de pé diante do Filho do Homem. Esta oração-vigília, é recomendada por Paulo em Ef 4,2:“Perseverai na oração, vigilantes, com ação de graças”.
A impressão que temos hoje – após a história iluminar as palavras de Jesus – é a de que os primeiros cristãos foram dominados pelo estilo apocalíptico de medo e apreensão, o que acontece também agora em grande número de cristãos e é aproveitado, sobretudo, por determinadas seitas. Os apóstolos tiveram, porém, que acalmar os ânimos de modo a devolver paz e confiança, deixando uma porta aberta a um saudável temor.
Que mensagem encontramos neste Evangelho para os dias de hoje? Tendo como fundo a segunda vinda em majestade ou poder de Jesus, vista do ângulo do castigo divino a Jerusalém, podemos refletir em três ideias chaves no Evangelho de hoje. A primeira é a de que na ausência do Mestre, todos e cada um dos seus discípulos em particular receberam um poder para realizar o seu trabalho na propagação do Reino. Uma segunda recomendação é a vigilância, ou seja, estar atentos para que o dia da volta do Senhor não encontre seus servos não-preparados, dormindo, como poderia ser o caso do porteiro que não sabia a hora da volta de seu amo. A vigilância era necessária porque a vinda era um castigo como foi o dilúvio nos tempos de Noé (Gn 7) ou o incêndio das cidades pecadoras de Sodoma e Gomorra (Gn 19).
Quando as forças humanas – tanto intelectuais como biológicas – pareciam insuficientes, temos a força divina que sempre nos acompanha, mas que é necessário pedir. Deus não age primária e solitariamente. Ele espera ser rogado, porque assim encontramos em nossa impotência a poderosa presença de Deus. A oração confirma nossa insignificância e afirma nossa fé.
Nos tempos atuais a proximidade de um juízo e castigo divinos parecem estar fora do marco da história. Mas não é verdade. As muitas guerras, as violências de todo gênero, as calamidades dos fenômenos da natureza exigem que pessoalmente estejamos preparados por meio da vigilância que o apóstolo pedia (1Ts 5) e a oração que sempre é companheira e guia de nossas vidas. A nossa morte é sempre incerta e será o início do nosso julgamento final. Portanto, vigiai e orai que o Senhor em breve retornará.
Padre Bantu Mendonça

sábado, 26 de novembro de 2011

Santo do Dia

São Silvestre

Silvestre Guzzolini nasceu numa família de nobres, na pequena Osimo, na Itália, em 1177. Os pais, Gislério e Branca, deram ao filho uma boa formação religiosa, não poupando os esforços para que Silvestre seguisse a carreira como jurista.

Estudou direito na Universidades de Bolonha. Mas decidiu abandonar o curso para estudar teologia em Pádua. Ordenou-se sacerdote em sua cidade natal, tornando-se, em seguida, cônego da catedral.

Mais tarde, em 1227, quando já estava com cinqüenta anos de idade, decidiu retirar-se para a vida eremítica numa gruta perto de Frassassi. A fama de sua santidade e de sua grande espiritualidade fez chegar outros religiosos com a mesma aspiração ascética. Assim, uma nova comunidade monástica se formava.

Silvestre logo teve de procurar um local maior, por causa do grande número de monges lá agrupados. Foram, então, para uma localidade próxima chamada Montefano, onde, em 1231, fundou a Congregação Beneditina masculina, mais tarde chamada dos monges silvestrinos, da qual o fundador se tornou o abade.

Ele era, de fato, uma alma contemplativa, desejosa de coerência evangélica, por isso tornou-se eremita. Praticou uma vida monástica rigorosa e amadureceu uma profunda e forte espiritualidade. Escolheu a Regra de são Bento porque desejava constituir uma nova família religiosa dedicada à contemplação, mas que não abandonasse a realidade social à sua volta.

Silveste, de fato, unia ao recolhimento o apostolado de uma sublime paternidade espiritual e a pregação do Evangelho às populações da região. Morreu na santidade no Ermo de Montefano, Itália, em 26 de novembro de 1267.

Sobre sólidas bases a Congregação percorreu mais de oito séculos de história da Igreja, ultrapassando muitas dificuldades. Na metade do século XIX, atravessou os horizontes europeus, levando pela primeira vez a Regra beneditina à Ásia, para a ilha de Ceilão, hoje Sri Lanka. No século XX apareceram novas fundações nos Estados Unidos da América, na Austrália, na Índia e, recentemente, nas Filipinas.

Em virtude desse florescimento que continua a dar valorosos frutos apostólicos e missionários e com mosteiros nos quatro continentes, a Congregação dos silvestrinos pôde ganhar o título de internacional. São Silvestre, abade, é celebrado no dia de sua morte.

Evangelho do Dia


Evangelho (Lucas 21,34-36)


Sábado, 26 de Novembro de 2011
34ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34“Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar a tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Breve comentário

Temos como objetivo fazer uma coisa muito gloriosa, que é anunciar o Evangelho do Reino de Deus por todo o mundo. Há uma convicção muito clara em nosso coração de que Deus se agrada disso e nos capacita como instrumentos, como um canal para honrar, glorificar e exaltar cada vez mais o nome do Senhor. E temos também a convicção de que o Senhor tem permitido que este trabalho se realize para que almas perdidas venham a ser resgatadas e levadas ao caminho certo que são os passos do Senhor Jesus Cristo. Muitos estão perdidos e preocupados com as coisas desse mundo, estão cegos, não conhecem a Palavra, mas Deus nos chamou para sermos luz. Deixe Deus usar a você. Ele anseia por isso! Que você seja canal de bençãos para as pessoas. Vigia e ore em todo o tempo para que não caia nas ciladas do adversário. Fique firme. Fortaleça o seu coração no Senhor, porque d’Ele procede todas as coisas. Ele ama a você. Deixe-se ser um instrumento nas mãos do Senhor.
Vigiar consiste na atitude que Jesus espera de cada cristão com relação a sua vinda: “E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai” (Mc 13,37). Estar vigilante é estar atento. É estar prestando atenção a todos os acontecimentos, a tudo que ocorre ao seu redor, buscando ver nisto os sinais da proximidade da vinda de Jesus.
Apesar da exortação do próprio Senhor ser no sentido do crente ter de vigiar durante todo tempo, tem sido uma constante na história da Igreja movimentos que têm posto em segundo plano – quando não em último plano! – a promessa da vinda de Jesus. Seja por meio da retirada total do tema do discurso eclesiástico, seja através de decepções com as falsas profecias que tentam “revelar datas” para o tão aguardado retorno, muitos crentes têm negligenciado e deixado de esperar Jesus. Uma vida cristã sem esta esperança é uma vida sem alento, sem perspectiva da eternidade, uma vida que passa a ser perigosamente envolvida com as coisas deste mundo e que tem grande probabilidade de ser sufocada por estas mesmas coisas, como ocorreu com a semente que brotou entre os espinhos (Mt 13,22).
Os sinais da vinda do Senhor estão se cumprindo. Tudo indica que o retorno de Jesus é iminente. Esforcemo-nos, portanto, para ser vigilantes. Tenhamos uma vida de oração, de santidade, cheia do Espírito Santo, com o verdadeiro e genuíno amor divino em nossos corações e com absoluta fidelidade e lealdade ao Senhor. Não nos deixemos perturbar pelas falsas profecias, pelos que mesmo entre nós começam a esmorecer e a desacreditar da volta do Senhor passando a buscar as coisas desta vida, mesmo em nome de sua religiosidade, mesmo em nome de Cristo. Nunca percamos de vista que a razão de ser da nossa fé é a vida eterna, é o convívio para sempre com nosso Senhor nas mansões celestiais. Vigiemos e, juntamente com o Espírito Santo, que nosso profundo desejo da alma seja dizer: “Vem Senhor Jesus!”
Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aviso

Avisamos a todos os membros do Grupo de Jovens Nova Geração que hoje não haverá reunião do grupo na casa de catequese.
A reunião será substituída pela novena em honra a Santa Cecília, será na capela a ela dedicada no bairro Novo Jardim ás 19:00hs. Fica por trás do Hospital de nossa cidade.


Esperamos por você, para juntos entoarmos louvores ao Nosso Deus, pela intercessão de Santa Cecília.


Graça e paz!

Santo do Dia


Santa Catarina de Alexandria

A vida e o martírio de Catarina de Alexandria estão de tal modo mesclados às tradições cristãs que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos, espalhados pelo mundo todo. Muito venerada, o seu nome tornou-se uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil homenageou-a com o estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira.

Alguns textos escritos entre os séculos VI e X , que se reportam aos acontecimentos do ano 305, tornaram pública a empolgante figura feminina de Catarina. Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum a uma mulher e jovem naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada pelos súditos da Corte que seria sua por direito.

Entretanto esses eram tempos duros do imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos, a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de imperatriz. Maximino apaixonou-se por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riqueza materiais. Estava disposto a divorciar-se para casar-se com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios.

Catarina recusou enfaticamente, ao mesmo tempo que tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o imperador chamou os sábios do reino para auxiliá-lo. Eles tentaram defender suas seitas com saídas teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial.

Mandou torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz. Então, ocorreu o prodígio: o aparelho desmontou. O imperador, transtornado, levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura, depois mandou decapitá-la. Ela morreu, mas outro milagre aconteceu. O corpo da mártir foi levado por anjos para o alto do monte Sinai. Isso aconteceu em 25 de novembro de 305.

Contam-se aos milhares as graças e os milagres acontecidos naquele local por intercessão de santa Catarina de Alexandria. Passados três séculos, Justiniano, imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Santa Catarina e a igreja onde estaria sua sepultura no monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar o seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os fiéis do Oriente e do Ocidente, que a celebram no dia de sua morte.

Ela é padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos estudantes, dos filósofos e dos moleiros - donos e trabalhadores de moinho. Santa Catarina de Alexandria integra a relação dos quatorze santos auxiliares da cristandade.

Evangelho do Dia

Evangelho de Lucas 21,29-33

Sexta-Feira, 25 de Novembro de 2011
34ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores.30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração.33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Breve comentário
Esta curta parábola está inserida no discurso escatológico. O escatológico-apocalíptico, que é a expectativa de um fim glorioso para Israel, tem sua origem na tradição do “Dia de Javé”, o dia da vingança sobre os seus inimigos e de glória e poder para o povo eleito. Os discípulos originários do Judaísmo, com sua visão messiânico-escatológica ainda não compreendiam as palavras de Jesus. Jesus os adverte:“Vós, do mesmo modo… ficai sabendo…” É fundamental que fiquemos atentos para não sermos surpreendidos.
Os cristãos são admoestados a se manter em contínuo estado de vigilância em relação à história, uma vez que ela está sendo fermentada pelas realidades escatológicas. Urge, pois, perceber como nela se manifestam os sinais do fim.
A mensagem de Jesus nada tem a ver com os “apocalipses” da época, reservados a um grupo restrito de iniciados. Jesus ensina publicamente, sem a preocupação de selecionar seus ouvintes. Embora só os discípulos o compreendam, sua doutrina deve ser anunciada a todos os povos. Basta abrir-se a Ele, para entender o conteúdo de seus ensinamentos.
A tensão que se estabelece é a tensão da esperança. A esperança é o desejo ardente de realizar, hoje, a vontade de Deus. O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da vida.
A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar esta parábola escatológica. Vendo-as frutificar, é possível afirmar – sem perigo de engano – que o verão se aproxima. Igualmente, pode-se declarar que algo de novo estará acontecendo na história, quando a morte ceder lugar à vida, a escravidão abrir espaço para a liberdade, a injustiça for sobrepujada pela justiça, o ódio e a inimizade forem vencidos pelo amor e pela reconciliação.
Este germinar de esperança é um sinal evidente da presença do Filho do Homem fazendo a escatologia acontecer. Chegará um tempo de plenitude. Este, porém, está sendo preparado pela aproximação paulatina daquilo que todos esperamos.
Padre Bantu Mendonça