terça-feira, 15 de maio de 2012

Mensagem

Pensamento do Dia:
O coração do ser humano é como a mó de um moinho; se jogardes trigo, tereis farinha; se jogardes pedras, tereis cascalho.
Fulton Sheen


No encontro de um com o outro, e no encontro de cada um com a vida, haverá muitas opções a serem feitas. Uma opção é sempre uma escolha pessoal. Quem ama não opta no lugar do outro, mas pode dar condições para que o outro possa optar, pode dar esclarecimentos. Mas também pode esforçar-se para chegar a uma opção que combine com a do outro.
Frei José Carlos, OFMCap

Salmo


Reflexão


Reverência ao Destino...  

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por atitudes e gestos o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demostrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer ” oi " ou ” como vai ? "
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo, como uma corrente elétrica, quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que se deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que somente uma vai te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Santo do Dia

Santo Isidoro Lavrador
Isidoro nasceu em Madri, na Espanha, em 1070, filho de pais camponeses, simples e seguidores de Cristo. O menino cresceu sereno, bondoso e muito caridoso, trabalhando com os familiares numa propriedade arrendada. Levantava muito cedo para assistir a missa antes de seguir para o campo. Quando seus atos de fé começaram a se destacar, já era casado com Maria Toríbia e pai de um filho. 

Sua notoriedade começou quando foi acusado de ficar rezando pela manhã, na igreja, em vez de trabalhar. De fato, tinha o hábito de parar o trabalho uma vez ao dia para rezar, de joelhos, o terço. Mas isso não atrapalhava a produção, porque depois trabalhava com vontade e vigor, recuperando o tempo das preces. Sua bondade era tanta que o patrão nada lhe fez. 

Não era só na oração que Isidoro se destacava. Era tão solidário que dividia com os mais pobres tudo o que ganhava com seu trabalho, ficando apenas com o mínimo necessário para alimentar os seus. Quando seu filho morreu, ainda criança, Isidoro e Maria não se revoltaram, ao contrário, passaram a se dedicar ainda mais aos necessitados. 

Isidoro Lavrador morreu pobre e desconhecido, no dia 15 de maio de 1130, em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção. A partir de então começou a devoção popular. Muitos milagres, atribuídos à sua intercessão, são narrados pela tradição do povo espanhol. Quarenta anos depois, seu corpo foi trasladado para uma igreja. 

Humilde e incansável foi esse homem do campo, e somente depois de sua morte, e com a devoção de todo o povo de sua cidade, as autoridades religiosas começaram a reconhecer o seu valor inestimável: a devoção a Deus e o cumprimento de seus mandamentos, numa vida reta e justa, no seguimento de Jesus. 

Foi o rei da Espanha, Filipe II, que formalizou o pedido de canonização do santo lavrador, ao qual ele próprio atribuía a intercessão para a cura de uma grave enfermidade. Em 1622, o papa Gregório XV canonizou santo Isidoro Lavrador, no mesmo dia em que santificou Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa d'Ávila e Filipe Néri. 

Hoje, ele é comemorado como protetor dos trabalhadores do campo, dos desempregados e dos índios. Enfim, de todos aqueles que acabam sendo marginalizados pela sociedade em nome do progresso. Santo Isidoro Lavrador é o padroeiro de Madri.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 16,5-11)

Terça-Feira, 15 de Maio de 2012
6ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Jesus, com Sua partida para o Céu, consola Seus discípulos e firma Seus passos com a ajuda de Deus. Por isso, prepara-os para receber a força que virá. Afinal, Sua ida é certa e necessária: “No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei” (Jo 16,7). É bom que Jesus vá, porque o Defensor – o Espírito Santo – enviado aos discípulos, unidos em comunidade, dará continuidade histórica ao ministério de Jesus, restaurador da vida.
Jesus fala aos discípulos de Sua partida e eles se entristecem. Ele, porém, os exorta para que sintam alegria, pois somente com Sua partida virá o Paráclito. O discípulo, deixando-se guiar pelo Defensor, estará no caminho seguro. A fé é a confiança plena no Deus da vida que, por Seu Espírito, nos inspira no caminho certo, no qual não somos seduzidos pelas ilusões frágeis e passageiras do mundo.
Agora, os próprios discípulos, unidos ao Espírito, são os protagonistas da missão restauradora e vivificante. O Espírito Santo, que já estava presente em Jesus,  é colocado em destaque a partir da ocultação do Jesus visível e sensível. O Espírito é uma presença tão forte entre nós como era a presença de Cristo no momento histórico de Seu ministério. O Paráclito atualiza a presença do Senhor na comunidade dos discípulos. Sua ação é reconhecida pela fé em todo ato de amor que remove a injustiça, promove a vida e constrói a comunhão e a paz.
É, portanto, bom que Jesus vá, pois o Defensor – enviado aos discípulos unidos em comunidade – tornará continuada a obra redentora e o ministério vivificante de Jesus.
E uma vez presente o Espírito de Deus, os discípulos – unidos a Ele – são os protagonistas da missão vivificante. Com a presença atuante e operante do Espírito Santo, Jesus passa a ter uma presença escondida “física e humanamente falando”.
Podemos assim dizer que o Espírito Santo atualiza a fé dos discípulos na presença de Jesus, na sua Igreja formada pelos apóstolos em primeira mão, depois pelos discípulos e, consequentemente, por toda a comunidade de fiéis nos nossos dias. Ele nos unge para a missão de questionar o mundo quanto ao pecado, à justiça e ao julgamento. Assim sendo, é nossa tarefa como missionários denunciar as estruturas injustas, o mundo do pecado que alimenta e sustenta a máquina que promove a “cultura de morte” em nosso meio. É nossa missão anunciar e testemunhar o mundo novo, onde a vida prevalece e triunfa sobre a morte.
Isso só acontecerá na nossa vida se pedirmos a força que vem do Alto. Portanto, rezemos! Peçamos ao Pai Celeste que nos conceda o dom do Espírito Santo, para que tenhamos o Protetor, o Advogado, o Defensor, o Intercessor, o Consolador a nos dar forças, a fim de podermos enfrentar – e vencer! – o mundo, usando sempre como instrumento de trabalho o selo cunhado com o “carimbo do céu”: Jesus Cristo. Ele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Padre Bantu Mendonça