terça-feira, 25 de outubro de 2011
Santos: os heróis de Deus!
Imitai-lhes o exemplo
“Considera os exemplos dos santos de todos os tempos, de ambos os sexos, de todos os estados! Que não fizeram eles para amar a Deus com um devotamento completo? Considera os mártires inquebrantáveis em suas resoluções; quantos tormentos preferiram eles sofrer a transgredir num só ponto! Olha para essas pessoas tão belas e florentes, ornamentos do sexo devoto, mais cândidas que o lírio, por sua pureza, e mais rubicundas que a rosa, por sua caridade. Umas na idade de doze, treze e quinze anos, outras com vinte e cinco anos, sofreram diversos martírios por não mudar de resolução, não só em matéria de fé, mas também no tocante à devoção, seja quanto à virgindade ou ao serviço dos pobres desamparados, seja quanto ao consolar os condenados ao suplício ou ao sepultar os mortos! Ó meu Deus, que constância mostrou esse sexo fraco em ocasiões semelhantes!
Considera os milhares de santos confessores: com que força de espírito desprezaram o mundo! Que invencível foi a sua firmeza! Nada conseguiu quebrá-la. Abraçaram sem reserva as suas resoluções e as mantiveram sem exceção. Meu Deus, que não disse Santo Agostinho de sua mãe! Com que constância observou ela seu propósito de servir a Deus fielmente, no estado matrimonial e na viuvez. Quantos impedimentos, obstáculos e acidentes sustentou e combateu Santa Paula, a filha espiritual de São Jerônimo, como ele nos refere! E que devemos nós fazer ante exemplos tão magníficos? Os santos eram o que nós somos, faziam tudo pelo mesmo Deus e trabalharam por adquirir as mesmas virtudes. Por que, pois, não faremos outro tanto em nossa condição e segundo a nossa vocação para manter o nosso propósito e protesto de pertencer só a Deus?”
(São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Parte V, Cap. XII).
Frases cristãs
Fiel à graça divina, que alimentemos viva
consciência do nosso nada e nos deixemos
atrair pelo tudo da cruz. (Frei Galvão)
consciência do nosso nada e nos deixemos
atrair pelo tudo da cruz. (Frei Galvão)
Santo do Dia Santo Antônio de Sant´Anna Galvão
Frei Galvão
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.
Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.
Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.
Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.
Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.
Evangelho do Dia
Evangelho (Lucas 13,18-2
1)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus?21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus?21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Breve comentário
Jesus usava os exemplos mais simples possíveis. Em outra passagem, chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque eles não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo. Então, eles tinham mais dificuldade de entender e, às vezes, se confundiam.
Hoje, Jesus se desafia. “Com que poderei comparar o Reino dos Céus?” Primeiro, Ele o compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, mas que gera uma árvore enorme. E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus, a semente é o Evangelho, o terreno é o nosso coração e a árvore que vai crescendo, a partir daquela semente, é a nossa vida, é próprio Reino dos Céus onde as aves fazem ninho. As crianças de todas as idades se aconchegam onde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus, onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados. E mesmo quando vem o lenhador e corta os seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.
A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com três porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto! Existe todo um processo para fazer ele penetrar na massa.
Eu fico imaginando aquelas mulheres quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação. A farinha é o nosso ser e o fermento é o amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada e remodelada para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que, no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual.
Nós também precisamos ser amassados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, será preciso amassá-la e sovar um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual sem áreas deformadas pela falta do fermento.
Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazê-lo entender o que é o Reino dos Céus e desejar – com todas as forças – fazer parte dele.
Senhor, faça com que eu seja instrumento de Seu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, principalmente aos pobres e marginalizados.
Padre Bantu Mendonça
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