segunda-feira, 30 de julho de 2012

Santo do Dia

São Pedro Crisólogo
Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. 

Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, freqüentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. 

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. 

Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões. 

Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia. 

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento. 

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 13,31-35)

Segunda-Feira, 30 de Julho de 2012
17ª Semana Comum



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”. 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo’.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário

A preocupação com o crescimento na gerência de empresas geralmente envolve uma fascinação por números e estatísticas. As empresas gostam de mostrar, com tabelas e gráficos, as vendas e a clientela crescentes. Jesus fala do crescimento em Seu Reino. Não o tipo de crescimento que pode ser medido com gráficos, mas, antes, com o crescimento interno dos discípulos e uma influência que ultrapassa as estatísticas: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas”(Mt 13,31-32).
O grão de mostarda que Jesus tinha em mente era, provavelmente, a mostarda preta, uma árvore que cresce até uma altura de aproximadamente cinco metros. Entre os rabinos, um “grão de mostarda” era uma expressão comum para qualquer coisa muito pequena. Era uma verdadeira maravilha que uma árvore bastante grande – para que as aves repousassem em seus ramos – pudesse sair de uma semente tão pequena.
Poucos, nos dias de Jesus, poderiam ter imaginado como Ele e Seu não promissor grupo de apóstolos, virariam o mundo de “cabeça para baixo” dentro de poucos anos e mudariam o curso da história mundial com Suas palavras inspiradas, as quais contém o centro da vida. Para a semente de mostarda produzir uma grande árvore, ela precisa conter a maravilhosa fonte de vida.
Ainda que a Palavra de Deus pareça insignificante para alguns, ela contém a fonte da vida espiritual que determina uma transformação radical na vida dos que creem.
Ao pensar no desenvolvimento do Reino, alguns raciocinam em termos sectários e concentram a atenção no crescimento do número de indivíduos associados numa aliança de igrejas. O Reino, porém, não tem nada a ver com uma associação de igrejas locais. Antes, envolve o domínio de Cristo nos corações dos indivíduos. Portanto, o desenvolvimento do Reino pode ser mais bem visto não em crescimento estatístico numa “lista de Igrejas”, mas nas mudanças poderosas nos indivíduos que são libertados de vidas vazias e egoístas, para se tornarem potências para o bem no mundo.
“O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa”. A parábola do fermento mostra o modo penetrante pelo qual o Reino influencia tudo o que toca. Quando o fermento do Reino está em nossos corações, colegas de trabalho ou da escola perceberão a influência transformadora proveniente desse fermento em nossa vida.
Concluindo: assim como os maravilhosos segredos da vida estão além de nossa compreensão, assim também está a ação da Palavra de Deus no coração de uma pessoa. Tanto numa como noutra, revela-se o Reino de Deus, realmente presente no mundo, na sua dimensão de humildade e simplicidade, mas que se torna universal.
Padre Bantu Mendonça