sábado, 28 de janeiro de 2012

Aniversariante do dia Amanda do Grupo de Jovens Nova Geração


Parabéns Amanda!!!
Nós que fazemos parte do grupo de Jovens Nova Geração, 
te desejamos um feliz aniversário e muitos anos de vida.
Deus te abençoe!!!
Graça e Paz!

Frases cristãs

“Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o amor divino cria o bem na criatura amada” (Tomás de Aquino).

Santo do Dia

Santo Tomás de AquinoSão Tomas de Aquino
Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?". 

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino. 

Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou. 

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus. 

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado "Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico. 

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 4,35-41)




Sábado, 28 de Janeiro de 2012
Santo Tomás de Aquino

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher.38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?” 39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Muitas vezes, costumamos usar frases como “estou passando por uma tempestade” para falar que estamos passando por uma situação difícil. E quantas vezes também dizemos que nossa comunidade está navegando em “águas tranquilas” ou de “vento em popa”. Com isso, queremos dizer que no momento não há dificuldades, que tudo vai bem, as pessoas se entendem e de fora não há maiores ameaças que possam destruir o espírito comunitário.
Mas, é assim que sentimos normalmente a comunidade? Ou existem outras figuras que explicam melhor o que se passa? Por exemplo: parece que “o barco está afundando” ou uma “tempestade” atingiu nossa comunidade, ou ainda, tem muita “onda brava” querendo nos arrasar. Que significa isso? Significa que o “mar” da nossa sociedade está tão cheio de perigos e de ameaças que a gente não consegue mais se defender. Ou que os “ventos” do espírito de egoísmo e consumismo invadem tudo.
E nós? Ficamos com medo ou resistimos com confiança e coragem? Como sentimos a presença de Jesus que acalma a tempestade?
São Marcos usa essa mesma linguagem para mostrar como a comunidade cristã estava 37 anos após a Morte e Ressurreição de Jesus. Explico-me melhor:
Quando surgiu o Evangelho de Marcos, por volta do ano 70 d.C., a comunidade cristã estava sendo perseguida pelo Império Romano. A situação de medo, pavor e intranquilidade fez com que Marcos comparasse essa comunidade com um barquinho perdido no mar da vida, açoitado por ventos fortes e impedido de chegar ao porto.
Para os judeus o mar era o lugar da morada dos monstros e dos poderes da morte, onde a frágil vida do homem estava em constante perigo. Para os cristãos daquela época Jesus parece estar dormindo, pois não aparece nenhum poder divino para salvá-los das perseguições. É em vista desta situação de desespero que Marcos, na hora de escrever o seu Evangelho, como resposta positiva para as comunidades se animarem, recolhe vários episódios da vida que revelam qual o Jesus presente no meio da comunidade cristã.
Com esse episódio, Marcos procura abrir os olhos dos cristãos para mostrar-lhes que o contrário da fé não é a incredulidade, mas sim o medo. E que o medo impede de compreender Jesus como o Senhor da vida, que triunfa sobre a morte. Jesus é vencedor! Não há motivo para os cristãos terem medo. Este é o motivo do relato da tempestade acalmada.
Foi um dia pesado, de muito trabalho. Terminado o discurso das parábolas, Jesus diz: “Vamos para o outro lado!”. Do outro lado do mar da Galileia ficava uma região de gente “pagã”, que não pertencia ao povo israelita. Os discípulos sentiam medo de entrar em contato com essa gente. Do jeito que Jesus estava, eles O levam no barco, de onde tinha feito o discurso das parábolas. De tão cansado, Cristo deita e dorme. Esse é o quadro inicial que o evangelista pinta. Quadro bonito, bem humano.
O mar era um lugar que dava medo. O povo daquele tempo pensava que no mar moravam grandes monstros e onde o demônio andava solto. Quem mandava no mar eram os demônios. Por isso, na Bíblia, muitas vezes, mar não tem só o sentido de grande extensão de água, mas também símbolo de perigo e das forças do mal.
Só que muita gente não sabe que o “mar” da Galileia, na verdade, não passava de um grande lago cercado por altas montanhas. Às vezes, por entre as fendas das rochas, o vento cai em cima do lago e provoca tempestades repentinas provocando as inúmeras interpretações, como as que já vimos.
Vento forte, mar agitado, ondas… São também símbolos de agitação, ligados ao mar. Quando a primeira comunidade cristã refletia sobre essa passagem do Evangelho, lembrava-se das dificuldades e ameaças de destruição que enfrentava.
Os discípulos eram pescadores experientes. Se eles acham que vão afundar, então a situação é perigosa mesmo! A barca era um instrumento para navegar. Mas era também um símbolo da comunidade dos primeiros cristãos. Eles sentiam a sua caminhada como um barco navegando pelo mar.
Jesus nem sequer acorda e continua dormindo. Este sono profundo não é só sinal do grande cansaço, é também expressão da confiança tranquila que Ele tem em Deus. O contraste entre a atitude de Cristo e a dos discípulos é grande!
Os primeiros cristãos, muitas vezes, achavam que as dificuldades e perseguições eram maiores do que as suas forças. Jesus, que tinha prometido estar sempre junto deles, parecia estar dormindo.
Jesus Nazareno acorda, não por causa das ondas, mas por causa do grito desesperado dos discípulos. Primeiro, Ele se dirige ao mar e diz: “Fique quieto! Cale-se! Acalme-se!” E logo o mar se acalma. Não se trata de uma ordem do Senhor que tem efeitos mágicos. Marcos não quer mostrar que Jesus pode mudar as leis da natureza, quer mostrar que Ele é uma presença que vence os poderes do mal e traz de novo coragem e confiança para os seguidores que estão assustados com as dificuldades e perseguições.
Em seguida, se dirige, aos discípulos e diz: “Por que vocês têm medo? Ainda não têm fé?” A impressão que se tem é que não é preciso acalmar o mar, pois não havia nenhum perigo. É como quando você chega a uma casa e o cachorro, ao lado do dono, late muito. Aí não precisa ter medo, pois o dono está lá e controla a situação. O episódio evoca o êxodo, quando o povo, sem medo, passava pelo meio das águas do mar (cf. Ex 14,22). Evoca o profeta Isaías que dizia ao povo: “Quando passares pelas águas eu estarei contigo!” (Is 43,2). Jesus refaz o êxodo e realiza a profecia anunciada pelo Salmo 107 (106).
E acalma o mar e diz: “Então, vocês não têm fé?” Os discípulos não sabem o que responder e se perguntam: “Quem é este homem a quem até o mar e o vento obedecem?” Jesus parece um estranho para eles! Apesar da longa convivência, não sabem direito quem Ele é.
“Quem é este homem?” Com esta pergunta na cabeça, a comunidade cristã daquela época continuava sua leitura. E até hoje, é esta mesma pergunta que nos leva a continuar a leitura do Evangelho. É o desejo de conhecer sempre melhor o significado de Jesus para nossas vidas.
Padre Bantu Mendonça