terça-feira, 24 de abril de 2012

Salmo


Reflexão


Explicando Deus


"Um certo dia, a professora perguntou as crianças quem saberia explicar quem é Deus?

Uma das crianças levantou o braço e disse:
- Deus é o nosso pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele.

A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viram?

A sala ficou toda em silêncio...

Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs, eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor. Deus existe e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica...sem sabor.

A professora sorriu, e disse:
- Muito bem Pedro, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas você me ensinou algo mais profundo que tudo o que eu já sabia. Eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!

Deu-lhe um beijo e saiu surpresa com a resposta daquela criança."

A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de DEUS em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de DEUS não existe ainda, nem mesmo nos melhores açúcares...

Tenha um bom dia e não se esqueça de colocar "AÇÚCAR" em sua vida.

Santo do Dia

São Fidelis de Sigmaringen

Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. 

Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar. 
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. 

Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé. 

Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622. 
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.

Evangelho do Dia


Evangelho  (João 6,30-35) 


Terça-Feira, 24 de Abril de 2012
3ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30 “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.
32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.
34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário


A multidão que participou do milagre da multiplicação dos pães, na montanha, e, depois, seguiu Jesus até Cafarnaum, acabou percebendo que Ele propôs algo novo. Pedem-lhe, então, um sinal para crer, pois não entenderam o gesto da partilha. Querem uma prova extraordinário como o de Moisés e o maná. É o apego do Judaísmo às suas tradições, fechado à novidade de Jesus. Querem um Messias poderoso, mesmo que seja opressor e explorador. Então, Cristo revela a Sua verdadeira identidade, bem como a daqueles que O recebem dignamente: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (Jo 6,35).
Ele é o verdadeiro Pão que desceu do céu. Diferente do maná, alimento que Deus enviou por meio de Moisés, a fim de avalizá-lo diante do povo como profeta enviado por Senhor. Mas Jesus é o próprio Filho de Deus que se deu como alimento para os homens peregrinos. É o primeiro e o último sinal. É a primeira e última Palavra do Pai, por quem tudo começou a existir. Sem Ele nada seria criado nem salvo. Por Ele todos nós alcançamos graça sobre graça, pois onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus.
Por duas vezes, no Evangelho de hoje, repete-se o tema do maná no discurso de Jesus sobre o pão da vida. É um tipo ou referência fundamental para a comparação que se estabelece entre Moisés e Jesus, entre o alimento que nos leva à morte e o pão da vida eterna. O maná apareceu para saciar a fome dos israelitas, perdidos no deserto enquanto caminhavam, reclamando e com saudades das “cebolas do Egito”. Infelizmente, a crença popular judaica esperava que, na era messiânica, voltasse a repetir-se o “milagre” do maná. Jesus faz-lhes um desafio ao lhes apresentar não um pão, mas o pão. Eis aqui um alimento material que simboliza outro superior e mais completo: o pão da vida que é o próprio Cristo.
Por isso, Jesus instrui a multidão acerca da verdadeira natureza do pão do céu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6,32-33).
A expressão “pão descido do céu” nos remete, hoje, ao Pão Eucarístico que é o Corpo de Jesus. Ele é o pão da vida. Então, as pessoas, de acordo com a interpretação material do pão mencionado por Cristo – tal como a samaritana a respeito da água viva (Jo 4,14) – , dizem a Ele: “Senhor, dá-nos sempre desse pão” (Jo 6,34).
Esse pedido propicia a grande autorrevelação na qual Jesus se identifica com o pão em questão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. Jesus é o alimento que, tal como a água viva, satisfaz para sempre a fome e a sede daquele que n’Ele crê. É Jesus quem alimenta a vida eterna em nós por Sua Palavra, Seu amor e testemunho.
Assim, o sinal que devemos pedir e receber, o qual precisamos acolher de Deus, não deve ser outro senão o próprio Jesus. Ele é o resgate e o cultivo da existência. É a transformação das pessoas que, acolhendo o Seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros.
Jesus deixa claro que as coisas do Alto vêm do céu, vêm do Pai. É Ele quem dá o verdadeiro pão do céu, aquele que dá vida ao mundo. Este pão é Jesus. Quem O ouve se sensibilizam de modo semelhante à samaritana, quando Jesus lhe oferece a fonte d’água, da qual quem beber nunca mais terá sede.
Os que ouviram as Palavras do Mestre pedem desse pão para sempre. Como aquele povo, digamos, hoje, com fé: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
Padre Bantu Mendonça