domingo, 27 de maio de 2012
Santo do Dia
Santo Agostinho da Cantuária
Um século após são Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado.
Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.
Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.
A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.
No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.
A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.
Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604, sendo sepultado na igreja da Cantuária, que hoje recebe o seu nome e ainda guarda suas relíquias. O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.
Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.
Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.
A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.
No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.
A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.
Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604, sendo sepultado na igreja da Cantuária, que hoje recebe o seu nome e ainda guarda suas relíquias. O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.
Evangelho do Dia
Evangelho (João 20,19-23)
Domingo, 27 de Maio de 2012
Pentecostes
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar, é o centro da nossa fé, o começo e o fim da nossa existência. Se falarmos do nascimento de Jesus, estaremos já nos preparando para o momento da Ressurreição. Se mencionarmos Sua morte, será para aderirmos à Sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolhê-lo e vivê-lo na fé.
O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade: “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”. Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e não sabe mais a quem recorrer.
“Jesus aparece e se coloca no meio deles”. Os discípulos ficaram contentes ao ver o Senhor e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobriram o Mestre como centro de referência. D’Ele receberam as coordenadas que os levaram a superar o medo e a incerteza. Diante dos “sinais de Suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte ou a violência do mundo poderão detê-los.
Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito Santo, os discípulos constituem a comunidade da Nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade. Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados será integrado na comunidade de Cristo que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.
A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos. Assim, gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado, ela se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.
É bom lembrar que na celebração do Pentecostes cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier, dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a).
Reconhecer essa presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e, testemunhando, anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos, no hoje da nossa história, a alegria plena pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.
Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades pelo Pai e pelo Filho glorificado.
À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo. Com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!
Quanto mistério nos envolve! Quanta presença de Deus nos foi manifestada durante esses dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja. Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério.
É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus. Por Ele somos configurados ao Senhor e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito que, como dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória por meio da cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.
Hoje, somos como Maria, aquela que acolhe o anúncio e, imediatamente, se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos iguais a Maria Madalena, cujo coração foi transformado pelo amor do seu Senhor para, no amor d’Ele, transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos.
Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos, por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus.
O dom do Pai, que vai nos transformar e testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencer ao Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.
Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com Deus, pela certeza de Sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no mistério divino, vamos anunciar, pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós.
Padre Bantu Mendonça
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