quinta-feira, 31 de maio de 2012

Salmo


Santo do Dia

São Félix de Nicósia
Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade". 

Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. 

Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo. 

Afirma o padre Florio Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito". 

Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.

Evangelho do Dia


Evangelho (Lucas 1,39-56)

Quinta-Feira, 31 de Maio de 2012
Visitação de Nossa Senhora



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!” 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre.45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
46Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem.
51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia,55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário

Maria é a portadora da fonte da alegria e cada cristão é também convidado a sê-lo. “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador” (Lc 1,46). Com estas palavras, a Virgem Santíssima reconhece, em primeiro lugar, os dons singulares que Lhe foram concedidos e enumera, depois, os benefícios universais com que o Senhor favorece, continuamente, o gênero humano.
Glorifica o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e ao serviço a Deus; pela observância dos mandamentos, mostra que está pensando sempre no poder da majestade divina.
“… porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo” (Lc 1, 49). Maria nada atribui aos seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar Seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes.
Logo, acrescentou: “E santo é o seu nome” para fazer notar, aos que a ouviam e mesmo para ensinar a quantos viessem a conhecer suas palavras, que, pela fé em Deus e pela invocação do seu nome, também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação, segundo a palavra do Profeta: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2,21). É, precisamente, o nome a que Maria se refere ao dizer: “E o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”.
Enquanto a Igreja aguarda a jubilosa esperança da vida eterna, introduz, na sua liturgia, o costume belo e salutar de cantar todo este hino de Maria, na salmodia vespertina, para que o espírito dos fiéis, ao recordar assiduamente o mistério da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade.
Como Maria, que de nossa boca brotem apenas as palavras de gratidão que traduzem o sentir mais profundo do nosso coração: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Salmo


Reflexão


AMANHÃ PODE SER TARDE
 
  
Se está bravo com alguém e ninguém faz alguma coisa    
   
para consertar a situacão ...conserte você.    
  
Talvez hoje, aquela pessoa ainda queira ser seu amigo,    
  
e se você não consertar isto logo, talvez amanhã seja muito tarde.
Se está apaixonado por alguém, mas a pessoa não sabe  
  
 ...diga a ela. 
   
 Talvez hoje, aquela pessoa também esteja apaixonado por você   
  
 e se você não falar isto hoje, talvez amanhã seja muito tarde.


Se você morre de desejos de dar um beijo em
  
alguém... então dê.   
  
Talvez essa pessoa também queira seu beijo, se  você    
  
não der isto a ela hoje, talvez amanhã seja muito tarde.
Se você ama alguém e acha que esse alguém lhe esqueceu
...entao diga a ele.   
  
Talvez essa pessoa sempre o tenha amado e se você não lhe disser isso hoje,
talvez amanhã seja muito tarde.  
 Se você precisa de um abraço de um amigo
... você deve lhe pedir.

  Talvez ele precise isto mais que você, e se você não lhe pedir hoje,
amanhã pode ser muito tarde.

Se você realmente tem amigos, aos quais aprecia 
... conte isto a eles.   
  
Talvez eles também  o apreciem, e se eles partem ou  vão embora,   
  
talvez amanhã seja muito tarde.   

PASSE ESTA MENSAGEM A PESSOAS QUE VOCE QUER BEM    
passe hoje... talvez amanhã seja muito tarde.

Santo do Dia

Santa Joana d'Arc
Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas. 

Ouvia as "vozes" do arcanjo Miguel, das santas Catarina de Alexandria e Margarida de Antioquia, avisando que ela teria uma importante missão pela frente e deveria preparar-se para ela. Os pais, no início, não deram importância , depois acharam que estava louca e por fim acreditaram, mas temeram por Joana. 

A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto. 

Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus. 

E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão. 

Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa. 

A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen. 

Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé.

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 10,32-45)


Quarta-Feira, 30 de Maio de 2012
8ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 32discípulos estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Jesus chamou de novo os Doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: 33“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. 34Vão zombar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias ele ressuscitará”.
35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. 36Ele perguntou: “Que quereis que eu vos faça?” 37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda quando estiveres na tua glória!” 38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” 39Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”.
41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João.42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
A Paixão de Jesus está presente nas paixões de tantas pessoas que vivem nas comunidades, nas pastorais, nos movimentos sociais e testemunham, radicalmente, o projeto libertador de Jesus de Nazaré. Assim, os anúncios da Paixão se tornam o centro, o núcleo da fé cristã na perspectiva da Ressurreição. Esta é a força motivadora para superarmos as contradições, as dificuldades e os desafios da caminhada.
Estão subindo para Jerusalém e, embora já saibam qual será o destino de Jesus, acontece o anúncio: “…o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles O condenarão à morte e O entregarão aos pagãos. Vão caçoar d’Ele, cuspir n’Ele, torturá-Lo e matá-Lo. Depois de três dias, Ele ressuscitará”.
Esse último anúncio mostrará, claramente, que o seguimento de Jesus não tem privilégios como pensavam os discípulos, porque a caminhada não é marcada apenas de glória, mas pela coragem de deixar tudo para suportar a opção de vida que os levará ao longo do caminho. A estrada de Jesus será marcada de rejeição, perseguição, luta e sofrimento. Essas são as condições para chegar à glória. Para, definitivamente, segui-Lo é preciso estar curado da surdez e da cegueira que estavam presente durante todo o percurso. Essa era a razão pela qual os apóstolos tinham dificuldade de compreender a mensagem de  Cristo sobre Sua Paixão como condição para segui-Lo.
O Senhor nos anuncia que o seguimento a Ele deverá passar pela cruz, pois  seguimento e cruz são inseparáveis. Porém, os apóstolos não compreenderam e, entre si, discutiram quem era o maior (9,34).
Jesus lhes mostrará que o maior é aquele que serve; o primeiro deve ser o último, mudando assim, completamente, a lógica da caminhada.
Padre Bantu Mendonça

terça-feira, 29 de maio de 2012

Salmo


Santo do Dia

Santa Úrsula Ledochowska
Júlia Ledochowska pertencia a uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto-geral dos jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses que residiam na Áustria. 

Até o final da adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula em 1899. 

Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua segurança. Em 1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma casa das Ursulinas. 

A sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou para o seu convento na Polônia. 

Atendendo um antigo anseio interior, em 1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças. 

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês. 

Madre Úrsula Ledochowska faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que conserva as suas relíquias. O papa João Paulo II, em 1983, a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 10,28-31)

Terça-Feira, 29 de Maio de 2012
8ª Semana Comum



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.
31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
No texto do Evangelho de hoje, quero crer que, nas palavras de Pedro, não só estavam as dos outros apóstolos como também estão as nossas. Essas são as palavras de todos nós quando nos despimos dos nossos orgulhos, vaidades e soberbas. Assim como Pedro, no Evangelho, tomava decisões em nome da comunidade dos apóstolos, também ele continua, nos dias de hoje, falando por nós e nos representando.
É necessário que façamos a mesma escolha do discípulo, ou seja, abandonar o apego ao bem privado e gozar do bem partilhado, comunitário. Aliás, a partilha, o abandonar-se a si mesmo e o tomar a cruz, todos os dias, para seguir Jesus é o caminho certo para a construção do mundo novo de justiça e paz.
Cristo nos chama para nos justificar sem cessar; cada vez mais, Ele quer nos santificar e nos glorificar. Veja o que Ele diz: “aquele que, por causa de mim e do Evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições”.
Devemos compreendê-Lo, mas somos lentos ao nos dar conta dessa grande verdade: Cristo caminha, de alguma forma, no meio de nós e, com Sua mão, Seus olhos e Sua voz, Ele nos faz sinal para que O sigamos.
O chamado do Senhor é atualíssimo e nos propõe a vida em plenitude. Ele é a concretização de uma nova criação e de uma paz total dos homens entre si e com Deus.
Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Aniversariante do Dia Marcelo do Grupo de Jovens Nova Geração


Parabéns
 Marcelo
!
Nós que fazemos parte do grupo de jovens Nova Geração, 
desejamos a vocês muitas felicidades e muitos anos de vida.
Que Deus vos abençoe hoje e sempre!
Graça e Paz!!

Salmo


Santo do Dia



                                                                       São Germano de Paris
Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 10,17-27)

Segunda-Feira, 28 de Maio de 2012
8ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”
18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”
20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”
22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”
24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”
26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
 
A figura de destaque, no dia de hoje, é um jovem, cujo atributo é ser muito rico. Trata-se de alguém muito importante – humanamente falando – e que também poderia ser aproveitado para uma grande obra como era o Reino de Deus. O episódio mostra que o Reino não consiste em bens materiais como também exige o desprendimento deles. O diálogo entre Jesus e o jovem é profundo, exigente e amável, é o olhar do Senhor, ao qual Marcos se refere por três vezes.
O próprio jovem começa por colocar a questão mais profunda, a qual ninguém se pode esquivar: a salvação: “Bom Mestre, que hei de fazer para alcançar a vida eterna?”. Jesus olha novamente para ele e responde como se não fosse bom:  “Por que você me chama de bom? Só Deus é bom e mais ninguém. Você conhece os mandamentos: ‘Não mate, não cometa adultério, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, não tire nada dos outros, respeite o seu pai e a sua mãe’”.
O jovem cumpria os mandamentos: “Mestre, desde criança eu tenho obedecido a todos esses mandamentos”. Por isso insiste: “O que me falta ainda?”.
Se de um lado vemos a preocupação do jovem pela sua salvação, por outro observamos que não basta observar a Lei para ser apto ao Reino de Deus. Falta ao jovem muito mais do que ele poderia imaginar: “Falta mais uma coisa para você fazer: vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga”. Faltava o desprender-se das riquezas, a entrega, a generosidade, a alegria profunda de dar e  “dar-se” sem impôr condições.
A cena do jovem, que se retirou triste, oferece uma ocasião para Jesus voltar a expor a doutrina da pobreza evangélica e do desprendimento. Mas não se limita a insistir no perigo das riquezas para ser bom à maneira de um sábio grego: “É impossível que um homem extraordinariamente bom seja extraordinariamente rico” (Platão). Jesus fala da impossibilidade de entrar no Reino de Deus, o que deixa os discípulos assombrados a ponto de se perguntarem: “Então, quem é que pode se salvar?”.
Jesus, no entanto, insiste e lhe indica a infalibilidade de Deus nas Suas promessas: “a Deus tudo é possível”, pois Ele pode conceder a graça de uma pessoa usar bem as riquezas ou até mesmo de renunciar radicalmente aos bens terrenos.
Exige-se de nós uma profunda reflexão do que somos e temos. Tanto ricos quanto pobres precisam ir à busca das coisas do Alto. Precisamos viver o desprendimento, independentemente do estilo de vida que levamos. Que aqueles que se fizeram pobres amem a sua pobreza, porque “deles é o reino de Deus”. Que aqueles que nasceram ou se tornaram ricos descubram o valor da misericórdia, da generosidade, da partilha, da solidariedade e, sobretudo, lembre-se que “de nada adianta ganhar o mundo, se depois se perde a própria alma”.
Padre Bantu Mendonça
 

domingo, 27 de maio de 2012

Salmo


Santo do Dia

Santo Agostinho da Cantuária
Um século após são Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado. 

Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas. 

Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos. 

A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente. 

No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele. 

A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos. 

Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604, sendo sepultado na igreja da Cantuária, que hoje recebe o seu nome e ainda guarda suas relíquias. O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho da Cantuária no dia 27 de maio.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 20,19-23)


Domingo, 27 de Maio de 2012
Pentecostes


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.




- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar, é o centro da nossa fé, o começo e o fim da nossa existência. Se falarmos do nascimento de Jesus, estaremos já nos preparando para o momento da Ressurreição. Se mencionarmos Sua morte, será para aderirmos à Sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolhê-lo e vivê-lo na fé.
O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade: “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”. Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e não sabe mais a quem recorrer.
“Jesus aparece e se coloca no meio deles”. Os discípulos ficaram contentes ao ver o Senhor e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobriram o Mestre como centro de referência. D’Ele receberam as coordenadas que os levaram a superar o medo e a incerteza. Diante dos “sinais de Suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte ou a violência do mundo poderão detê-los.
Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito Santo, os discípulos constituem a comunidade da Nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade. Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados será integrado na comunidade de Cristo que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.
A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos. Assim, gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado, ela se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.
É bom lembrar que na celebração do Pentecostes cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier, dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a).
Reconhecer essa presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e, testemunhando, anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos, no hoje da nossa história, a alegria plena pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.
Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades pelo Pai e pelo Filho glorificado.
À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo. Com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!
Quanto mistério nos envolve! Quanta presença de Deus nos foi manifestada durante esses dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja. Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério.
É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus. Por Ele somos configurados ao Senhor e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito que, como dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória por meio da cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.
Hoje, somos como Maria, aquela que acolhe o anúncio e, imediatamente, se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos iguais a Maria Madalena, cujo coração foi transformado pelo amor do seu Senhor para, no amor d’Ele, transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos.
Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos, por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus.
O dom do Pai, que vai nos transformar e testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencer ao Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.
Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com Deus, pela certeza de Sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no mistério divino, vamos anunciar, pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós.
Padre Bantu Mendonça

sábado, 26 de maio de 2012

Salmo


Santo do Dia

São Filipe Néri
"Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça." Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças abandonadas do que nessa disposição? A frase bem-humorada é de Filipe Néri, que assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados faziam, enquanto aprendiam com ele ensinamentos religiosos e sociais. 

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Filipe Rômolo Néri pertencia a uma família rica: o pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrécia, morreu cedo. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Filipe, na infância, surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando regularmente a igreja. 

Aos dezoito anos foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos, filosofia e teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral. 

Filipe começou a chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a Confraternidade da Santíssima Trindade, para assistir os pobres e peregrinos doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. 

Tão grande era a sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A iniciativa deu tão certo que depois o grupo, de tão numeroso, passou à Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos. 

Filipe se preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Tudo o que fez no seu apostolado foi nessa direção, até mesmo utilizar sua vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e orientação, encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na história da Igreja e depois foram inscritos no livro dos santos.

Mas somente quando completou setenta e cinco anos passou a dedicar-se totalmente ao ministério do confessionário e à direção espiritual. Viveu assim até morrer, no dia 26 de maio de 1595. São Filipe Néri é chamado, até hoje, de "santo da alegria e da caridade".


Evangelho do Dia


Evangelho (João 21,20-25)


Sábado, 26 de Maio de 2012
São Filipe Néri


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?”
22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?”
24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Nesse texto final do Evangelho de São João, recordamos o discípulo amado, aquele que é modelo entre os seguidores de Jesus. João é aquele que ama e, por amar, conduz as pessoas ao Senhor.
Nesta Palavra, Jesus quer que façamos uma clara distinção entre morrer e permanecer. A morte é passageira, porém a permanência no amor, em Jesus e no Pai, é eterna. Para o fortalecimento da fé dos leitores, o autor garante que é testemunha de todas as coisas narradas.
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Meu novo olhar é do compromisso missionário de toda a comunidade. Que sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reentroduzí-los na Igreja e convidá-los a, novamente, se envolver com ela. Faça sua reflexão, meu irmão e minha irmã, pois a vida, neste mundo, é breve.
Só com o amor do Pai, na pessoa de Seu Filho amado, teremos a vida eterna, ou seja, permaneceremos vivos eternamente.
“Senhor, conduza meu olhar e me ajude a reconhecer os meus preconceitos. Ensina-me a expulsar todo desprezo de meu coração para que aprecie a alegria de viver na unidade. Amém.”
Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mensagem

Pensamento do Dia:
A unidade é um dom, mas constitui ao mesmo tempo tarefa e responsabilidade.
Juan Bosh Navarro


Pelos sem voz
Possa eu te apresentar, Senhor, pedido especial por aqueles que não têm voz.
São milhares e milhares nesses espaços pobres a na periferia miserável dos países ricos. Sem direito de fazer ouvir dizer sua voz, sem possibilidade de reclamar e de protestar, os sem casa, sem comida, sem roupas, sem saúde, sem esperança. Nós que exigimos a conversão dos outros, se nos interessássemos por eles daríamos exemplo autêntico de profunda conversão interior! Pai, que cada vez mais sejamos como teu Filho. Que Cristo veja por nossos olhos, ouça por nossos ouvidos, fale por nossos lábios. Envia, Senhor, teu Espírito, ele e somente ele poderá quebrar os egoísmos. Somente ele poderá nos ajudar a construir um mundo mais humano e mais cristão.
Dom Hélder Câmara

Pentecostes Dias 26/05 e 27/05

Venham participar conosco!!!

Salmo


Santo do Dia

Santa Maria Madalena de Pazzi
Batizada com o nome de Catarina, ela nasceu no dia 2 de abril de 1566, crescendo bela e inteligente em sua cidade natal, Florença, no norte da Itália. Tinha a origem nobre da família Pazzi, com acesso tanto à luxúria quanto às bibliotecas e benfeitorias da corte dos Médici, que governavam o ducado de Toscana. Sua sensibilidade foi atraída pelo aprendizado intelectual e espiritual, abrindo mão dos prazeres terrenos, o luxo e as vaidades que a nobreza proporcionava. 

Recebeu a primeira comunhão aos dez anos e, contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis anos entregou-se à vida religiosa, ingressando no convento das carmelitas descalças. Ali, por causa de uma grave doença, teve de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena. 

A partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito Santo, vivendo sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia nessas ocasiões. 

Um volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois foi publicado com o nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de teologia mística. Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas dirigidas a papas e príncipes contendo ensinamentos e orientações para a inteira renovação da comunidade eclesiástica. 

Durante cinco anos foi provada na fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Até que, no dia de Pentecostes do ano 1690, a luz do êxtase voltou para a provação final: a da dor física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que provocavam dores terríveis. A tudo suportou sem uma queixa sequer, entregando-se exclusivamente ao amor à Paixão de Jesus. 

Morreu com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607, no convento Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença. Apenas dois anos mais tarde foi canonizada pelo papa Clemente IX. O corpo incorrupto de santa Maria Madalena de Pazzi repousa na igreja do convento onde faleceu. Sua festa é celebrada no dia de seu trânsito.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 21,15-19)


Sexta-Feira, 25 de Maio de 2012
7ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”.
16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”.
19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
O que mais atrai sobre nós a benevolência do Alto é a nossa solicitude com Jesus na pessoa do próximo. Foi por isso que Cristo exigiu de Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” A resposta de Pedro, por outro lado, não esconde sua satisfação e opção por Jesus. “E então responde: ‘Sim, Senhor, tu bem sabes que eu te amo’. E Jesus lhe diz: ‘Apascenta as minhas ovelhas’”.
Por que, deixando os outros apóstolos de lado, Jesus se dirige a Pedro? Porque Ele era o primeiro entre os apóstolos, o que falava em nome deles, o chefe do grupo, tanto que o próprio Paulo vem consultá-lo, um dia, e não os outros. Jesus se dirige a Pedro para demonstrar a ele que podia confiar plenamente e porque sua negação fora anulada. O Senhor lhe dá, agora, a primazia entre seus irmãos.
Cristo não menciona que Pedro o negou nem o envergonha com seu passado. “Se tu me amas – diz Ele – tome conta das minhas ovelhas que também são seus irmãos”, ou seja, permaneça a frente deles e dê provas, agora, daquele amor apaixonado que sempre demonstrou por mim com tanta alegria. A vida, que dizia estar pronto a dar, em meu favor, eu quero que a dê pelas minhas ovelhas.
Essa exigência é feita também a nós, meus irmãos. Se amamos Deus, devemos manifestar este amor ao nosso próximo.
Interrogado uma primeira vez e depois uma segunda, Pedro apela para o testemunho d’Aquele que conhece o segredo dos corações. Interrogado uma terceira vez, ele se perturbou e o temor o dominou. Lembre-se de que, outrora, ele fez afirmações solenes que os acontecimentos haviam desmentido. E é por isso que procura, agora, apoiar-se em Jesus: “O Senhor sabe tudo e sabe que eu o amo!”
É como se Pedro dissesse: “Senhor, Tu conheces tudo! Conheces tanto o presente quanto o futuro”. Veja como Pedro se tornou melhor e mais humilde, como perdeu sua arrogância e seu espírito de contradição! Perturbou-se ao pensamento de que podia ter a impressão de amar sem amar realmente. “Tanto estava seguro de mim mesmo no passado – pensa ele – como agora me sinto confuso”.
Jesus o interroga três vezes e três vezes lhe dá a mesma ordem: “Apascenta as minhas ovelhas”. Demonstra, assim, o apreço que tem pelo cuidado de Suas ovelhas, pois faz de tal cuidado Sua maior prova de amor.
Depois de ter falado a Pedro deste amor, Jesus prediz o martírio que lhe está destinado. Manifesta, desse modo, toda a confiança que deposita nele. Para nos dar um exemplo de amor e mostrar a melhor forma de amar, diz Ele: “Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir”.
Era, aliás, o que Pedro tinha querido e desejado outrora. Por isso é que Jesus lhe fala assim. Pedro dissera, com efeito: “Eu darei a minha vida por ti!” (Jo 13,37). E também:“Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei!” (Mt 26,35; Mc 14,31). Jesus consente o seu desejo. Fala-lhe desse modo não para amedrontá-lo, mas para reanimar seu ardor. Conhece seu amor e sua impetuosidade. Pode anunciar-lhe o gênero de morte que lhe reserva no futuro.
Pedro sempre desejara enfrentar perigos por Cristo. “Tem confiança, diz Jesus, teus desejos serão satisfeitos. O que não suportaste em tua mocidade suportará na velhice”. E, para nos chamar a atenção, São João acrescenta: “Jesus disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus”. E esta Palavra nos ensina que nossa honra e glória está em dar a vida por Cristo em nossos irmãos e irmãs.
Pai, torna cada vez mais consistente o meu amor por Seu Filho Jesus na pessoa de todos aqueles que estão privados da sua dignidade em ser criado à Sua imagem e semelhança. Confirma a minha condição de discípulo e missionário do Seu Filho para que, no poder e na força do Espírito Santo, todos tenham vida e a tenham em plenitude. Amém.
Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Aniversariante do Dia Maria de Jesus do Grupo de Jovens Nova Geração



Parabéns Maria de Jesus!
Nós que fazemos parte do grupo de jovens Nova Geração, 
desejamos a vocês muitas felicidades e muitos anos de vida.
Que Deus vos abençoe hoje e sempre!
Graça e Paz!!

Salmo


Reflexão


 PEQUENOS GESTOS ...

É curioso observar como a vida nos oferece resposta aos mais variados questionamentos do cotidiano... Vejamos:
A mais longa caminhada só é possível passo a passo...
O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra...
Os milênios se sucedem, segundo a segundo...
As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes...
A imponência do pinheiro e a beleza do ipê começaram ambas na simplicidade das sementes...
Não fosse a gota e não haveria chuvas...
O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos e a mais bela construção não se teria
efetuado senão a partir do primeiro tijolo...
As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia...
Como já refere o adágio popular, nos menores frascos se guardam as melhores fragrâncias...
É quase incrível imaginar que apenas sete notas musicais tenham dado vida à "Ave Maria", de Bach, e à "Aleluia", de Hendel...
O brilhantismo de Einstein e a ternura de Tereza de Calcutá tiveram que estagiar no período fetal e nem mesmo Jesus, expressão maior de Amor, dispensou a fragilidade do berço...
... Assim também o mundo de paz, de harmonia e de amor com que tanto sonhamos só será construído a partir de pequenos gestos de compreensão, solidariedade, respeito, ternura, fraternidade, benevolência, indulgência e perdão, dia a dia...
Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele:
esta parcela que chamamos de "Eu".
Não é fácil nem rápido...
Mas vale a pena tentar!