segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Boa Noite


 
O caminho que percorres pode ser maravilho ou de muito sacrifício, a diferença esta em como você aproveita a sua jornada...

Reflitam!!

Tinham ouvido falar de uma terra maravilhosa, onde havia ouro e prata e toda a sorte de riquezas; e mais: lá não havia dor, nem ódio, nem tristeza. Quem a descobrisse teria descoberto o paraíso.

E partiram, cada qual com o seu mapa, que cada qual julgava o mais preciso. No caminho decidiram separar-se, já que um não acreditava no mapa nem no projeto de caminhada do outro.

Cada qual foi arranjando outros companheiros e espalhando que o mapa dos outros era falso e não levava à terra prometida. O mapa deles, sim, era o certo.
E lá se foram aqueles grupos em caravanas à procura do paraíso na terra, que seria porta de entrada para o paraíso no céu.

Cantavam seus hinos, recitavam seus versos, tinham sua linguagem própria e apostavam na sua versão do mapa. Tinham o verdadeiro roteiro.

Às vezes cruzavam seus caminhos, quase sempre para se acusarem de desvios.
Mas a terra maravilhosa parecia cada dia mais impossível. Chegavam aos oásis, achavam que era, mas não era.

Seus mapas precisavam ser interpretados e em geral, eram mal interpretados. Mil vezes disseram: chegamos. Mil vezes tiveram que admitir que ainda não era o que buscavam.

Um dia um especialista em mapas e caminhos convocou uma reunião de todos. Queria ver os três mapas e checá-los com o original.
- Como? Que original? Original é o nosso!
- Não, disse ele, os três são traduções. O original está comigo.
- Como, com você?
- Fui eu que fiz o mapa. Quero ver o que vocês andaram fazendo com ele. Na ânsia de serem os mais certos, muitos de vocês andaram introduzindo coisas neles que eu jamais coloquei.

Aceitaram ir e na reunião o caminhante disse:
- A terra maravilhosa não existe aqui neste mundo, mas o caminho pode ser maravilhoso. Preocupados em chegar lá primeiro, vocês nem perceberam que a beleza do roteiro estava em caminhar juntos. E por não terem aprendido a caminhar juntos não aproveitaram nada dos seus mapas e por isso mesmo não chegaram.

Dito isso, o caminhante desapareceu e os três descobridores descobriram muito tarde que, ou se busca junto um aprendendo com o mapa do outro ou ninguém chega.

(David L. Weatherford)


Fonte:Velho Sábío

Santo do Dia

                              

  São Roque González e companheiros mártires

  Com alegria celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo. Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas. São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas - bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta - tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização. Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste. Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.

  

Evangelho do Dia


Evangelho (Lucas 18,35-43)

Segunda-Feira, 19 de Novembro de 2012
Ss. Roque G., Afonso R., João del Castillo


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. 37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41“Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. 42Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
Jesus se aproxima de Jericó, etapa final de sua subida a Jerusalém, distante cerca de vinte quilômetros. Há um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmola. Sabendo que Jesus passa, grita por Ele, identificando-O como Aquele que lhe pode dar tudo o que precisava para curar a sua cegueira e grita:  “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
A cegueira quando acomete o indivíduo perfeito e o torna deficiente é muito amarga. A vida daquele homem havia mudado drasticamente pelo fato de a cegueira o haver acometido há algum tempo atrás. O homem era a personificação da infelicidade: não podia enxergar.
Lucas nos relata que ele passava suas horas, seus dias, sentado à beira do caminho que levava a Jericó. Por certo, uma passagem obrigatória de todos os viajantes que se dirigiam àquela cidade ou de lá saíam. Ele, o cego, conhecia cada caravana só pelo tropel de seus camelos, as risadas e os gritos de cada cavaleiro. E, sentado à beira do caminho, pedia esmola.
Na manhã dos acontecimentos narrados pela pena de Lucas, o caminho de Jericó parecia diferente. O pobre mendigo cego chegou cedo, como de costume. Afinal, não se podia perder a oportunidade de arrecadar o máximo possível da bondade dos transeuntes daquele lugar. Algo, entretanto, “cheirava diferente” para ele.
A fama de Jesus já havia corrido por todos os lados daquela região. Por onde quer que Ele fosse, uma multidão O acompanhava. Gente de todas as raças e lugares. O colorido era visto de longa distância. Assim era a fama de Jesus: gente de todos os lugares, de todas as cores e raças. Inclusive, as “raças de víboras” que João Batista falara tanto.
Um grande som, diferente, se ouvia dos lados de Jericó. O que representava aquele barulho diferente? O cego não podia identificar. E chegava cada vez mais perto, a ponto de agora, poder-se ouvir perfeitamente as vozes alegres de pessoas caminhando.
Aquele cego ouvia a tudo aquilo, mas não sabia do que se tratava. Aliás, o pecador, cego, sem Jesus, ouve muito bem, até mesmo a respeito de Jesus, mas não sabe quem Ele é.
Intrigado com algo tão inusitado, pois naquele caminho os sons que ele estava acostumado a ouvir eram diferentes, ele interpela alguém que se aproxima dele. A notícia da chegada de Jesus alvoroça o coração do homem! Ele agora toma consciência do fato. Sabe ser aquela a sua única e grande chance. Sim, porque não quer permanecer a vida toda na cegueira. Jesus, para ele, agora se tornou a grande esperança de felicidade.
Há dias ele ouvira falar que aquele homem tinha feito muitos milagres entre os samaritanos e até pensou que, se pudesse, iria ao encontro dele. Que felicidade! Jesus veio ao seu encontro. Mas não era bem assim… Jesus estava passando. Mas aquele momento era decisivo. Não poderia deixar passar a oportunidade. Então, ele toma a mais importante decisão de sua vida: clama por Jesus. Algumas pessoas o recriminam, impedem-no até. Mas, se houvesse cura para ele, aquela era sua única chance. Clama mais alto: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
Que fato interessante! Jesus que tudo sabe, não se importou com aquele cego. Ia passando. É claro que Jesus sabia da sua profunda necessidade. Estava apenas aguardando o momento certo. E, aos gritos, o cego insistia: “Tem piedade de mim!” Jesus ouviu. Desde o primeiro instante, Jesus ouviu. Como ouve a todos.
Ordenou que trouxessem o cego. E faz a pergunta: “Que queres que eu faça por ti?” Sua necessidade era física. Era a cura. Disse o cego: “Senhor, eu quero enxergar de novo”.
Para Jesus, a necessidade dele ia mais além: ele necessitava da cura espiritual. Igual a todo pecador que, sem Jesus, necessita da cura espiritual para enxergar a salvação.
Entretanto, Jesus notou naquele cego – além do profundo desejo de cura física – uma fé sem limites. Fé que o levou a clamar por compaixão, não se importando com todos os obstáculos que estivessem a sua frente. Essa tamanha fé leva Jesus a afirmar: “A tua fé te salvou”.
O resultado dessa fé foi imediatamente notada, pois, agora curado, aquele homem sai exultante dando glória a Deus. O povo que ia junto a Jesus, vendo isto, também glorificou a Deus. O pecado cega o homem. Deixa-o a margem da estrada, mendigando, implorando por migalhas da compaixão do mundo.
Coberto por esta capa imunda que Satanás lhe ata sobre os ombros, segue a passos largos rumo ao inferno. Mas Jesus, o Filho de Deus, pode dar luz, vida e salvação. A visão mais desejada deve ser a visão espiritual.
Seja você também como aquele cego e grite bem alto: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!” E Jesus, assim como curou e salvou a ele, respondendo também lhe dirá: “Vai em paz! Veja, a tua fé te salvou”.
Padre Bantu Mendonça

Fonte:Liturgia Diária