quarta-feira, 18 de abril de 2012

Salmo

Santo do Dia

São Galdino

Galdino nasceu em 1096 e cresceu em Milão, na Porta Oriental, no início do século XII, e ali também se tornou religioso, passando logo a auxiliar diretamente o arcebispo Oberto de Pirovano. Juntos enfrentaram um inimigo pesado, o antipapa Vitor IV, que, apoiado pelo imperador Frederico, o Barbaroxa, oprimia violentamente para dominar o mundo. 

Como Milão fazia oposição, a cidade foi simplesmente arrasada em 1162. O arcebispo e Galdino só não morreram porque procuraram abrigo junto ao papa oficial, Alexandre III. 
Mas logo depois Oberto morreu, e o arcebispado precisava de alguém que continuasse sua luta. O papa não teve nenhuma dúvida em nomear o próprio Galdino e consagrou-o bispo, pessoalmente, em 1166. 

Galdino não decepcionou sua diocese católica. Praticava a caridade e instigava todos a fazê-lo igualmente. Pregava contra os hereges, convertia multidões e socorria também os pobres que se encontravam presos por causa de dívidas, geralmente vítimas de agiotagem. 

A esses serviu tanto que suas visitas de apoio receberam até um apelido: "o pão de são Galdino". Uma espécie de "cesta básica" material e espiritual, pois dava pão para o corpo e orações, que eram o pão para o espírito. Foi uma fonte de força e fé para lutar contra os opressores. 

Mas tudo isso era feito paralelamente ao trabalho político, pois no plano da diplomacia defendia seu povo e sua terra em tudo o que fosse preciso. Morreu no dia 18 de abril de 1176, justamente no instante em que fazia, no púlpito, um sermão inflamado contra os pecadores, os hereges, inimigos da Igreja, e os políticos, inimigos da cidade. Quando terminou o sermão emocionado, diante de um grande número de fiéis e religiosos, caiu morto de repente.

Evangelho do Dia

Evangelho (João 3,16-21)

Quarta-Feira, 18 de Abril de 2012
2ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Ao contrário do que pensamos, muitas vezes, Jesus não veio ao mundo para condenar nossas más ações, mas para nos ajudar a não mais cometê-las. A nossa salvação implica, porém, na necessidade de O acolhermos e não O rejeitarmos.
No Evangelho de hoje, Jesus afirma, categoricamente, que Ele não vai nos condenar. Antes, somos nós quem nos condenamos quando não acreditamos em Suas Palavras: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado” (João 3,18).
“Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas, pois as suas obras eram más”. Quem rejeita a luz vive nas trevas e é condenado pelas suas próprias obras. Quem não crê em Jesus e d’Ele não se aproxima, rejeita essa luz e tem medo de que a verdade seja revelada, porque as suas ações são más.
Jesus é o enviado pelo Pai para nos salvar. Luz que iluminou – e continua iluminando com a ajuda dos missionários de hoje – as nossas mentes, conduzindo-nos a seguir o verdadeiro caminho da verdade e da vida em abundância.
A luz de Cristo é tão forte, tão penetrante e ofuscante que, às vezes, fugimos dela para que ninguém veja a nossa sujeira, representada por nossa inveja, nosso egoísmo, nossa ganância por mais riqueza. Então, ficar “no escuro”, no esconderijo, disfarçado e fugindo da Igreja são as sugestões de satanás para que não sejamos iluminados.
É por isso que o Mestre disse: “Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo 3,20).
Jesus veio iluminar nossa mente e nosso caminho. Ele nos mostrou, de várias maneiras, que não há felicidade longe de Deus. O Senhor nos convidou a segui-Lo, mostrou-nos que Ele era o próprio Deus para que acreditássemos n’Ele e tivéssemos a vida eterna. Porém, muitos recusaram e, ainda hoje, continuam recusando o Seu convite.
Ele nos faz um convite, porque respeita a nossa decisão, a nossa escolha, o nosso ‘sim’ ou ‘não’. Mas não  podemos nos esquecer de rezar pela conversão, principalmente daqueles a quem dirigimos a Palavra de Deus. Peçamos a Jesus que nos perdoe e nos proteja. Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine a fim de que possamos levar essa luz para o maior número de pessoas possível.
No entanto, se confiarmos em Jesus, as nossas boas ações serão evidenciadas, porque são realizadas em Deus, pelo poder do Seu Espírito Santo. Com efeito, a fé em Jesus Cristo é o meio mais eficaz para que nos aproximemos da luz divina, pois ela esclarece, tira-nos da ignorância, nos dá o norte, a direção.
Praticar o mal é não crer em Jesus, é não se aproximar da Sua luz nem aderir ao Seu projeto de salvação. A Palavra de Deus nos assegura tudo isso. Ainda há tempo para que o mundo seja salvo. Ajudemos, portanto, a iluminá-lo com a luz divina que recebemos no nosso batismo.
Você crê em Jesus como luz para a sua vida? Como é que nós podemos iluminar o mundo com a luz de Cristo? Qual é a virtude em você que mais revela ao mundo essa luz? Você tem tido a coragem de ficar debaixo dela, mesmo que a sua verdade seja descoberta? Qual seria o primeiro passo para você fazer isso? Questione-se sobre isso no dia de hoje.
Padre Bantu Mendonça