sexta-feira, 29 de junho de 2012

Adoração ao Santíssimo Sacramento


Convidamos você jovem, para participar conosco que fazemos parte da família "Nova Geração", de mais uma reunião na casa de catequese. Logo após a partilha do evangelho, iremos para a igreja Matriz para a  adoração ao Santíssimo Sacramento. Será realizada hoje dia 29 de junho de 2012.

 Vamos ao encontro do Bom Pastor!!!
 Cristo espera por você!
Graça e Paz!




Evangelho (Mateus 8,1-4)


Sexta-Feira, 29 de Junho de 2012
12ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário

Estamos diante da cultura hebraica, herdeira da antiga cultura mesopotâmica, a qual considerava como lepra diversas afecções da pele, inclusive bolores que se manifestavam em roupas e paredes.
A lei judaica exigia que a lepra fosse considerada uma doença de excomunhão. Eis o porquê, depois da constatação da cura, de o curado ter de se apresentar ao sacerdote para ser purificado.
É nesse contexto que Jesus cita, expressamente, não só a cura, mas a purificação dos leprosos.
Mais do que a própria doença, o leproso também sofria a exclusão social, porque era considerado religiosamente impuro e pecador. Quem o tocasse se tornaria também impuro. A reintegração dele, após sua cura, era feita diante do sacerdote, mediante ofertas, de maneira semelhante a outros ritos de sacrifício por faltas contra a Lei, que eram qualificadas de pecado.
Nos nossos dias, há muitos leprosos feitos pela sociedade exclusivista. Eles clamam pela cura, querem se aproximar de Jesus, mas a situação social e até mesmo familiar os impede de fazê-lo.
No texto de hoje, o homem se aproxima em vez de se afastar, pois a pureza de Jesus é tão profunda que não pode ser atingida pelo contato exterior. O leproso, num ato de humildade e abandono, confiante e em sinal de adoração, suplicando se ajoelha: “Senhor, eu sei que pode me curar se quiser”.
Jesus, estendendo a mão, toca-o e lhe diz: “Sim, eu quero. Você está curado”. As palavras do Senhor marcam a iniciativa de se passar por cima da interdição da lei, a qual proibia qualquer contato com um leproso.
Ele não hesita em tocá-lo, ciente de que, longe de ser contaminado pelo leproso, é Ele quem purificará o impuro por Seu simples contato. Não é, aliás, do exterior que vem a impureza, mas sim do interior do coração. Não se trata de uma simples cura, mas de compaixão.
Cristo, com Sua prática libertadora e vivificante, acolhe este homem que se prostra diante d’Ele, tocando-o, livrando-o da doença e da exclusão. A acolhida e a identificação com o excluído restituem-lhe a dignidade, integrando-o na comunidade.
A quem entregar todas nossas perturbações? Os discípulos de Jesus colocam n’Ele todas as suas preocupações, pois só Ele é capaz de aliviá-los de suas dificuldades, aflições ou doenças. A pergunta que nos fazemos é: “Buscamos o Senhor com fé e total confiança como este leproso do Evangelho?” Ele não duvidou: “Senhor, eu sei que pode me curar se quiser”.
Assim como ele encontrou a cura pela fé, você também será alvo da misericórdia de Deus. Não diga que tudo está perdido, porque o Senhor já não o escuta, não o ouve nem o atende. Onde você pode apresentar as suas feridas ou à Quem pode entregar a sua difícil situação?
Você que vive a segunda união e quer comungar, mas não pode por causa de sua situação de vida, a resposta para você é: “Só em Deus encontrará refúgio, só n’Ele encontrá a paz, porque Ele o ama, acolhe-o e abraça.
Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Santo do Dia

Santo Irineu de Lyon

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna, no ano 130. Foi discípulo de Policarpo, outro Padre e santo da Igreja. Dele Irineu pôde recolher ainda viva a tradição apostólica, pois Policarpo fora consagrado bispo pelo próprio João Evangelista, o que torna importantíssimos os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por são Policarpo, que o enviou para a Gália, atual França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente. Lá, trabalhou ao lado de Fotino, o primeiro bispo de Lyon, que, em 175, o enviou a Roma para, junto do papa Eleutério, resolver a delicada questão doutrinal dos hereges montanistas. Esses fanáticos, vindos do Oriente, pregavam o desprezo pelas coisas do mundo, anunciando o breve retorno de Cristo para o juízo final.

Contudo tanto o papa quanto Irineu foram tomados pela surpresa da bárbara perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio. Rapidamente, em 177, ela atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé.

Um ano depois, Irineu retornou a Lyon, onde foi eleito e aclamado sucessor do bispo mártir, Fotino. Nesse cargo ele permaneceu vinte e cinco anos. Ocupou-se da evangelização e combateu, principalmente, a heresia dos gnósticos, além das outras que proliferavam nesses primeiros tempos. Obteve êxito, junto ao papa Vitor I, na questão da comemoração da festa da Páscoa, quando lhe pediu que atuasse com moderação para manter a união entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente.

A sua obra escrita mais importante foi o tratado "Contra as heresias", onde trata da falsa gnose, e depois, de todas as outras heresias da época. O texto grego foi perdido, mas existem as traduções latina, armênia e siríaca.

Importante não só do lado teológico, onde expôs já pronta a teoria sobre a autoridade doutrinal da Igreja, mas ainda do lado histórico, pois documentou e nos apresentou um quadro vivo das batalhas e lutas de então.

Mais tarde, um outro tratado, chamado "Demonstração da pregação apostólica", foi encontrado inteiro, numa tradução armênia. Além de vários fragmentos de outras obras, cartas, discursos e pequenos tratados.

Irineu morreu como mártir no dia 28 de junho de 202, em Lyon, e sua festa litúrgica ocorre nesta data. As relíquias de santo Irineu estão sepultadas, junto com os mártires da Igreja de Lyon, na catedral desta cidade.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 7,21-29)

Quinta-Feira, 28 de Junho de 2012
Santo Irineu

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.
24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
No fim dos tempos, todos passaremos pelo crivo do Senhor. Jesus nos explica que nem toda pessoa que diz “Senhor, Senhor” entra no Reino do Céu.
Para não termos razões para nos queixarmos, o Senhor nos demonstra quem entrará no Reino: “Mas somente quem faz a vontade do meu Pai entra no céu”. A expressão “Senhor, Senhor” se aplica a todos aqueles que chamam e evocam o nome de Jesus Cristo para defender seus interesses, a fim de roubar, matar e profanar o sagrado.
Como o mundo está repleto dessa gente, meu Deus!
O primeiro passo para fazer a vontade do Pai é a conversão e o recebimento de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
Expulsar demônios e curar doenças não é sinônimo de pertença ao Reino do Céu, porque nem sempre as curas têm origem divina; até o diabo faz milagres e realiza curas. Ele também invoca o nome de Jesus para fazê-lo. Nesta sequência, posso afirmar, sem medo de errar, que um milagre indica o uso do poder sobrenatural, mas este pode ser divino ou satânico.
O diabo pode revestir-se da pele do cordeiro e expulsar, provisoriamente, um demônio para impressionar a audiência, dando a ilusão que foi um ato divino.
Por isso, não basta ouvir as Suas palavras, é necessário pô-las em prática. Isto significa construir a casa sobre a rocha, sobre uma base firme e segura; assim, as tempestades da vida, por mais fortes que sejam, não lhe farão mal algum.
Num mundo onde se confia mais em coisas materiais do que nas palavras do Mestre, o qual fala diferente dos mestres da lei, é como um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Sem ter alicerce firme, vindo a tempestade a casa ruiu e foi levada pela enchente.
Portanto, quem não põe em pratica a Sua Palavra não tem defesa contra os insucessos e desventuras da vida que acarretarão a sua ruína total. Peçamos ao Senhor a graça de estarmos sempre atentos à Sua Palavra e traduzi-la em ações concretas no nosso dia a dia.
Padre Bantu Mendonça
 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Salmo


Santo do Dia


                                 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

 A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateus in Merulana..
Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o Auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 7,15-20)

Quarta-Feira, 27 de Junho de 2012
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhe­ce­reis”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
 
Jesus, no Evangelho de hoje, chama-nos a uma vigilância redobrada. Devemos estar sempre de sobreaviso com os falsos profetas: “Cuidado com os falsos profetas!”. Mas quem são eles e o que fazem? São pessoas que querem nos convencer de que há “novas mensagens” de Deus; o objetivo é tirar vantagens da nossa credulidade.
Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas, por dentro, são lobos selvagens. São todos aqueles que se disfarçam colocando uma “capa” de humildade e mansidão para se parecer com os verdadeiros crentes, mas, na realidade, são ferozes destruidores, cujo intuito é tirar proveito dos imaturos, dos instáveis e dos ingênuos que lhes dão ouvidos, afastando-os de Cristo e da Sua Palavra.
Se estivermos em atenção máxima, o Senhor no-los declara: “Pelos seus frutos os conhecereis”. Talvez possam parecer convincentes pelas suas palavras e pela sua falsa aparência, mas eles se revelarão pelo seu procedimento. Lembra-nos Jesus que os espinheiros não dão uvas e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas.
Aqueles que, realmente, são de Deus dão bons frutos. Segundo São Paulo, “o fruto do Espírito é a caridade, o gozo, a paz, a generosidade, a benignidade, a bondade, a fé, a mansidão, a temperança, a bondade, a justiça, e  a verdade”.
Os falsos profetas serão reconhecidos pela falta destas virtudes, e serão denunciados pela Palavra de Deus. Seu destino é serem lançados no fogo, a perdição eterna.
A vocês meus irmãos, eu me dirijo. Que tipo de árvore você é? Pelos seus frutos será reconhecido se você é bom ou mau profeta. O mundo está cheio de profetas da desgraça. Por isso, chega dos que já temos!
Neste Evangelho, Jesus quer lhe dar uma chance de mudar de vida. Enxerte-se n’Ele – a Videira que tem como agricultor Seu próprio Pai – a fim de que possa dar frutos bons.
Quero lembrá-lo de que o bom profeta não é aquele que diz e faz o que o povo gosta e quer ouvir e fazer. Mas sim aquele que diz o que o povo deve fazer e ouvir para poder se salvar. Isso, muitas vezes, o coloca em risco, em perigo e até o leva ao derramamento de sangue.
Padre Bantu Mendonça

terça-feira, 26 de junho de 2012

Santo do Dia


                                                       São José Maria Robles Hurtado
A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a nova Constituição anticlerical e anti-religiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu.

O clero católico foi objeto de perseguições, ora mais ora menos intensas, com muitos religiosos, leigos e sacerdotes sendo brutalmente assassinados, exclusivamente por serem cristãos. Diga-se, mesmo, que não existia processo, o julgamento era instantâneo e a sentença sumária.

Dentre esses mártires encontramos padre José Maria Robles Hurtado. Ele nasceu em Mascota, Jalisco, na diocese de Tepic, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tamanho era seu entusiasmo que escrevia pequenas orações e poesias, que distribuía entre os fiéis para enriquecer ainda mais o culto e louvar o Senhor.

Amado e querido pelo seu rebanho, constituído de camponeses pobres e muito carentes. Para melhor atendê-los, fundou a Congregação das "Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado".

Porém, no mês consagrado ao culto do Sagrado Coração de Jesus, em junho de 1927, a horrenda perseguição atingiu a sua paróquia em Tecolotlán, e ele foi levado e encarcerado.

Alguns dias, ou horas antes de ser morto, padre José Maria escreveu uma poesia, na qual expressou seus últimos desejos: "Desejo amar o teu Coração, Jesus meu, com participação total, desejo amá-lo com paixão, desejo amá-lo até o martírio. Com minh'alma te bendigo, meu Sagrado Coração; diga-me: aproxima-se o instante da feliz e eterna união?"

No dia 26 de junho de 1927, o padre José Maria, exatamente pelo grande amor à Cristo, foi amarrado numa árvore, na serra da Quila, em Jalisco, diocese de Autlan, e mantido assim até morrer. Dessa maneira, seguiu para a feliz e eterna união no Sagrado Coração de Jesus, coroado com seu martírio final.

O grupo de vinte e cinco mártires mexicanos no qual estava incluso foi beatificado, em 1992, pelo papa João Paulo II. Mais tarde, o mesmo pontífice, no ano de 2000, canonizou todos eles. A festa de são José Maria Robles Hurtado foi designada para o dia 26 de junho.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 7,6.12-14)

Terça-Feira, 26 de Junho de 2012
12ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
 
Estamos próximos da conclusão do Sermão da Montanha sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama seus ouvintes para fazer uma escolha e depois lhes dá a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”.
Essa norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação.
O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isto, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e uma terceira sobre dois alicerces.
Um local conhecido, hoje em dia, na cidade de Belém, é a Basílica da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido. A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para passar por essa pequena porta, a pessoa tem de se curvar, praticamente agachar. E a não há a possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem. O significado é claro: há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e essa porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10,7-9; João 3,16; João 14,6).
O discípulo devem rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos.
Todos procuram uma vida melhor e mais segura, por isto se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos, com cuidado e sabedoria, em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos que o Guia seguro que devemos buscar é Jesus Cristo.
A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.
“Pai, faz-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a Tua mensagem, de forma que eu semeie a Palavra a todo coração necessitado de Tua graça. Amém!”
Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Santo do Dia

São Tomás More
Tomás More nasceu em Chelsea, Londres, na Inglaterra, no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos de idade, ele foi trabalhar como mensageiro do arcebispo de Canterbury, que, percebendo a sua brilhante inteligência, o enviou para a Universidade de Oxford. Seu pai, que era um juiz, mandava apenas o dinheiro indispensável para seus gastos.

Aos vinte e dois anos, já era doutor em direto e um brilhante professor. Como não tinha dinheiro, sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante, tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor e uma devoção cristã arrebatadora. Chegou a pensar em ser um religioso, vivendo por quatro anos num mosteiro, mas desistiu. Tentou tornar-se um franciscano, mas sentiu que não era o seu caminho. Então, decidiu pela vocação do matrimônio. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Mas sua vocação ia além, estava na política e literatura.

Contudo Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais e pessoas humildes, preferindo a estes mais que aos ricos, evitando a vida sofisticada e mundana da corte. Sua esposa e seus filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante em qualquer situação. A sua contribuição para a literatura universal foi importante e relevante. Escreveu obras famosas, como: "O diálogo do conforto contra as tribulações", um dos mais tradicionais e respeitados livros da literatura britânica. Outros livros famosos são "Utopia" e "Oração para o bom humor".

Em 1529, Tomás More era o chanceler do Parlamento da Inglaterra e o rei, Henrique VIII.
No ano seguinte, o rei tentou desfazer seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para unir-se em novo enlace com a cortesã Ana Bolena. Houve uma longa controvérsia a respeito, envolvendo a Igreja, a Inglaterra e boa parte do mundo, que acabou numa grande tragédia. Henrique VIII casou com Ana, contrariando todas as leis da Igreja que se baseiam no Evangelho, que reconhece a indissolubilidade do matrimônio. Para isso usou o Parlamento inglês, que se curvou e publicou o Ato de Supremacia, que proclamava o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra.

A seguir, o rei mandou prender e matar seus opositores. Entre eles estavam o chanceler Tomás More e o bispo católico João Fisher, as figuras mais influentes da corte. Os dois foram decapitados: o primeiro foi João, em 22 de junho de 1535, e duas semanas depois foi a vez de Tomás, que não aceitou o pedido de sua família para renegar a religião católica, sua fé e, ainda, fugir da Inglaterra.

Ambos foram mártires na Inglaterra, os quais, com o testemunho cristão, combateram a favor da unidade da Igreja Católica Apostólica Romana, num tempo de violência e paixão. Suas lembranças continuam vivas em verso e prosa, nos teatros e nos cinemas. Seus exemplos são reverenciados pela Igreja, pois eles foram canonizados na mesma cerimônia pelo papa Pio XI, em 1935, que indicou o dia 22 de junho para a festa de ambos.

São Tomás More deixou registrada a sua irreverência àquela farsa real por meio da declaração pública que pronunciou antes de morrer: "Sedes minhas testemunhas de que eu morro na fé e pela fé da Igreja de Roma e morro fiel servidor de Deus e do rei, mas primeiro de Deus. Rogai a Deus a fim de que ilumine o rei e o aconselhe". O papa João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More Padroeiro dos Políticos.


Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 6,19-23)

Sexta-Feira, 22 de Junho de 2012
11ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado.23Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Continuamos nossa reflexão sobre as bem-aventuranças. O Evangelho de hoje nos faz duas recomendações sobre como devemos nos relacionar e usar os bens materiais.
Nos quarenta anos de deserto, o povo foi provado para ver se era capaz de observar a lei de Deus (Êxodo 16,4). A prova consistia na capacidade de recolher só o necessário de maná para cada dia, e não acumulá-lo para o dia seguinte.
Hoje, nessa mesma linha, Jesus nos diz: “Não acumuleis riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam” (Mateus 6,19).
O que significa acumular tesouros no céu? Trata-se de saber de onde viemos, o que fazemos aqui na terra e para onde vamos. Descobrir qual o fundamento da nossa existência e, nela, colocar a nossa confiança. Se a depositarmos nos bens materiais desta terra, sempre correremos o risco de perder o que acumulamos. Porém, se eles forem depositados em Deus, ninguém vai poder destruí-los e teremos a liberdade interior de partilhar com os outros os bens que possuímos.
Para que isto seja possível e visível, é importante que criemos uma convivência comunitária, a qual favoreça a partilha e a ajuda mútua, e na qual a maior riqueza ou tesouro não será a material, mas sim da convivência fraterna, nascida a partir da certeza trazida por Jesus de que Deus é o meu Pai e de todos. E se Ele é nosso Pai, todos nós somos irmãos.
A lâmpada do corpo são nossos olhos,  pois, como disse Jesus, “os olhos são como uma luz para o corpo”. Mas para entender o que Ele nos pede é necessário ter “olhos novos”. O Senhor é exigente e nos pede para não acumularmos riquezas nem não servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. Estas recomendações tratam daquela parte da vida humana, na qual as pessoas têm mais angústias e preocupações. É urgente que tenhamos olhos lúcidos, porque, se eles estiverem doentes, todo nosso corpo estará também debilitado.
Na realidade, a pior doença que podemos imaginar é quando uma pessoa se fecha sobre si mesma, sobre seus bens e confia só neles. É a doença da tibieza, da mesquinhez. Quem olha a vida com esse olhar vive na tristeza e na escuridão. O remédio para curar esta doença é a conversão, a mudança de mentalidade e de ideologia. Colocando o fundamento da vida em Deus, o olhar se torna generoso e a vida toda se torna luminosa, pois faz nascer a partilha e a fraternidade.
Jesus quer uma mudança radical, quer que vivamos como Deus. A imitação do Senhor nos leva à partilha justa dos bens e ao amor criativo, aquele que gera fraternidade verdadeira.
“Onde está sua riqueza, aí estará o seu coração.” Onde estão as nossas riqueza? Muitas pessoas idolatram o marido, a esposa, os filhos ou parentes, colocando-os acima de Deus. Outras colocam, em primeiro lugar, o dinheiro, os bens matérias, mas relegam para o segundo – ou o último lugar – Deus e a família. Esquecem-se de que é no Senhor e no amor ao próximo que está a fonte da vida.
Meu irmão, minha irmã, a vocês me dirijo e lhes pergunto: “Que luz vocês têm como referência? Para onde direcionam os seus olhos? Para as coisas do mundo ou para o Círio Pascal, fonte da luz sem ocaso? Ele é a luz no mundo, quem O segue não se engana nem na vida nem na morte.
Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mensagem


Reflexão


CONSTRUA COM SABEDORIA
Pr Valtair Freitas

Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao chefe seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família.
Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projeto como um favor.

O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira.
Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa.
E depois ele deu a chave da casa para o carpinteiro e disse:
"Essa é sua casa. Ela é o meu presente para você".

O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena!
Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez e muitas vezes fazendo
menos que o melhor possível na construção.
Depois com surpresa nós descobrimos que nós precisamos viver na casa que nós construímos.

Se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.

Você é o carpinteiro.
Todo dia você martela pregos, ajusta tábuas e constrói paredes.
Alguém disse que "A vida é um projeto que você mesmo constrói".
Suas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" que você vai morar amanhã.

Construa com Sabedoria!


Do livro: "Nos Laços do Calvário"

Santo do Dia

São Luís Gonzaga
Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia. 

Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja. 

Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes. 

Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado. 

Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade. 

Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo. 

O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.

Evangelho do Dia


 Evangelho  (Mateus 6,7-15) 

Quinta-Feira, 21 de Junho de 2012
São Luis Gonzaga


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.
11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
A oração mais perfeita e completa que temos é o Pai-Nosso. Muitos dos nossos irmãos evangélicos criticam nosso rezar, porque dizem que este se trata de palavras repetidas, não espontâneas. No entanto, eu lhe digo, meu irmão, se você entender a oração que Cristo nos deixou, se refletir cada palavra e, principalmente, se as viver, não precisará de mais nenhuma oração. Nela, encontramos tudo o que precisamos para sermos santos.
“Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome”. Você já reparou que Jesus não disse “meu Pai”? Deus é Pai de todos nós e temos de ter uma consciência comunitária em nossas orações. “Que estais no céu”, em toda parte, inclusive aqui, agora. “Santificado seja o Vosso nome”, significa que não só o nome, mas também Sua realidade divina, em três Pessoas, seja adorada, glorificada, conhecida e acreditada no mundo inteiro. Para que isso aconteça, precisamos fazer a nossa parte como anunciadores da mensagem de Jesus Cristo.
“Venha a nós o Vosso Reino”. É importante explicar aos nossos filhos e às crianças do Catecismo o que isso significa: “venha a nós o governo de Deus”, ou seja, precisamos permitir que o Senhor governe nossa vida. A oração do Pai-Nosso está no plural, porque toda oração que rezamos não deve ser apenas pessoal, mas realizada para todos.
“Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu” e não a nossa vontade, não a vontade de satanás nem do assaltante ou daqueles que querem nos prejudicar. Não a vontade dos que pretendem nos afastar do caminho, da verdade e da vida.
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. E amanhã, eu não vou comer? Sim, mas nós vamos rezar, agradecer e pedir novamente. Este é o procedimento, porque Deus nos aconselha a não nos preocuparmos com o dia de amanhã. Por isso, vamos pedir o pão somente para hoje.
Pão, aqui, não significa somente o pãozinho da padaria, mas sim o alimento, a saúde para trabalhar, o estudo que nos prepara para ganhar dinheiro, o emprego tão difícil de encontrar hoje em dia, etc.
“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”. Quando somos lesados, injustiçados, precisamos recorrer aos nossos direitos, porque se todo cristão ficar “bonzinho”, sem reclamar de nenhum abuso cometido pelos outros, todos vão se aproveitar de nós, fazendo-nos de bobos. No entanto, depois da tempestade vem sempre a calmaria, a paz. Fiquemos atentos, porque Jesus sempre nos orienta a fazer as pazes.
“E não nos deixeis cair em tentação”, porque são muitas as seduções que nos cercam no nosso dia a dia, tentando tirar-nos a paz e a amizade com Deus.
“Mas livrai-nos do mal”. São tantos os males desta vida: assaltos, roubos, acidentes, tentações, etc.
Temos a liberdade de chamar nosso Criador de Pai, mas não somente “meu Pai”. É o nosso Pai quem nos leva à unidade com os irmãos espalhados pelo mundo, os quais também oram o Pai-Nosso. Damos ao nome de Deus o devido respeito – santificado seja Seu nome – e pedimos que Seu Reino esteja entre nós. Entregamos nossa vida a Ele, quando pedimos que seja feita Sua vontade.
No centro da oração, mais uma vez, tratamos o Senhor como Pai, afinal quem é o responsável pelo nosso sustento, nosso pão de cada dia, senão Ele? Mostramo-nos arrependidos quando Lhe pedimos perdão pelos nossos pecados. E assumimos nossas fraquezas quando solicitamos Sua proteção e o livramento dos males que não podemos controlar.
Entretanto, pergunto-me: Será que vivemos em unidade com nossos irmãos? Será que, verdadeiramente, tratamos o nome de Deus com o devido respeito? Perdoamos aos nossos irmãos do mesmo modo que desejamos ser perdoados? Será que, muitas vezes, não facilitamos para que o mal entre em nossas vidas?
“Pai, livre-me de reduzir as palavras vazias, a oração que Jesus nos ensinou. Que eu saiba encontrar o sentido do Pai-Nosso centrando minha vida na filiação divina e na fraternidade. Amém!
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Salmo


Santo do Dia

Margarida Ebner
Margarida pertencia à família Ebner, muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Ela entrou no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de idade quando vestiu o hábito dominicano. 

Depois, de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência. 

Quando tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em 1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo,que logo se tornou o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias. Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347 foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus. 
Margarida Ebner foi, sem dúvida, a figura central do movimento espiritual alemão dos "amigos de Deus". A sua espiritualidade segue o ano litúrgico e concentra-se na pessoa de Jesus Cristo. 

O seu diário espiritual, escrito de 1312 até 1348, que chegou até os nossos dias, revela a vida humilde, devotada, caritativa e confiante em Deus de uma religiosa provada por muitas penas e doenças. Ela que viveu e morreu no amor de Deus, fiel na certeza de encontrar-se em plena comunhão com seu Filho Jesus, como sempre dizia: "Eu não posso separar-me de ti em coisa alguma". A beleza dessa alma inocente foi toda interior. 

A santa humanidade de Jesus foi o divino objeto da sua constante e amorosa contemplação e nela reviveu os vários mistérios no exercício da virtude, no holocausto ininterrupto dela mesma, no sofrimento interno e externo, todo aceito e ofertado com Jesus, para Jesus e em Jesus. Margarida Ebner morreu no dia 20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen, onde foi sepultada. 

Sem dúvida, entre os grandes místicos dominicanos do século XIV, brilha a suave figura desta religiosa de clausura que conquistou o apelido de "Imitadora Fiel da Humanidade de Jesus". Em 1979, o papa João Paulo II ratificou o seu culto com sua beatificação, cuja festa "ad imemorabili" o mundo católico reverencia no dia do seu trânsito.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18)

Quarta-Feira, 20 de Junho de 2012
11ª Semana Comum



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fi­queis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.
17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
O texto de hoje nos ajuda a fazer uma reflexão, uma introspecção. Estamos diante de um Evangelho que determina o nosso ser cristão. É, diria eu, o termômetro da nossa própria fé católica. E não poderia existir passagem melhor do que esta de hoje.
A prática da justiça, no sentido religioso, significava a busca de justificação diante de Deus. As mais consagradas eram: a esmola, a oração e o jejum. Por esta prática, os judeus julgavam-se justo diante de Deus. Com atitude ostensiva, os líderes religiosos do templo e das sinagogas afirmavam seu prestígio e poder.
A penitência, muitas vezes, vista como uma prática de sofrimento, na verdade tem o caráter modificador, que nos transforma e nos faz perceber que podemos viver sem certas coisas do mundo.
Compreendemos que os sacrifícios feitos deverão, portanto, ser fonte de crescimento, de amadurecimento espiritual e não motivo de promoção pessoal. Por isso não devem ser expostos ao mundo, pois é interioridade, é intimidade com Deus.
Isso vale para todos os nossos atos religiosos ou aparentemente humanitários. Não podem ser forma de se vangloriar de sua bondade, mas de promover sua espiritualidade e também o bem de outras pessoas.
“Sê assíduo à oração e à meditação. Disseste-me que já tinhas começado. Isso é um enorme consolo para um Pai que te ama como Ele te ama! Continua, pois, a progredir nesse exercício de amor a Deus. Dá todos os dias um passo: de noite, à suave luz da lamparina, entre as fraquezas e na secura de espírito; ou de dia, na alegria e na luminosidade que deslumbra a alma.
Se conseguires, fala ao Senhor na oração, louva-o. Se não conseguires, por não teres ainda progredido o suficiente na vida espiritual, não te preocupes: fecha-te no teu quarto e põe-te na presença de Deus. Ele ver-te-á e apreciará a tua presença e o teu silêncio. Depois, pegar-te-á na mão, falará contigo, dará contigo cem passos pelas veredas do jardim que é a oração, onde encontrarás consolo. Permanecer na presença de Deus com o simples fito de manifestar a nossa vontade de nos reconhecermos como seus servidores é um excelente exercício espiritual, que nos faz progredir no caminho da perfeição.
Quando estiveres unido a Deus pela oração, examina quem és verdadeiramente; fala com Ele, se conseguires; se te for impossível, detém-te, permanece diante dele. Em nada mais te empenhes como nisso”. (Padre Pio de Pietrelcina)
Essa é, justamente, a verdadeira oração, porque “ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor’ senão por influência do Espírito Santo” (1Cor 12, 3). O que seria a oração da Igreja se não fosse a oferenda daqueles que, ardendo com grande amor, se entregam ao Deus que é amor?
Jesus nos mostra, neste texto, ao falar da oração, jejum e caridade de forma consciente o momento e o ato mais importante da nossa íntima união com Ele. E nos faz saber que estes atos devem ser livres e desimpedidos, desinteressados de reconhecimento. A partir do momento em que vivemos estas três lições de Cristo – oração, jejum e penitência -, em nossas vidas, tudo em nós será um eterno aleluia. Jesus terá verdadeiramente ressuscitado em nós.
Espírito de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai e mereça a recompensa divina.
Padre Bantu Mendonça

terça-feira, 19 de junho de 2012

Santo do Dia


                                                                 Santa Juliana Falconieri
Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 5,43-48)

Terça-Feira, 19 de Junho de 2012
11ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvis­tes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’ 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos.
46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário 
 
Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores é o conselho de Jesus. Por isso, não podemos nos limitar a amar somente aqueles que nos amam, pois, desta forma, não haveria mérito.
Não somos obrigados a gostar ou admirar todas as pessoas, mas Jesus ordena que as  amemos. E amar é querer o bem, é ajudar, reconhecer que todas as pessoas são objetos do amor de Deus. À primeira vista, nós não encontramos nenhuma coerência nem sentido em rezar pelos inimigos, mas, se nos dizemos filhos do Pai que está no céu e se, de fato, quisermos sê-lo, não podemos agir de outra maneira.
Aqui na terra, quando os nossos pais são pessoas de bem, nós alimentamos o propósito de imitá-los. Mais ainda nós precisamos copiar o Senhor perfeito do céu, que nos ama como somos e não nos cobra nada, mas nos perdoa mesmo quando somos filhos e filhas ingratos.
A perfeição, a grandeza e o poder de Deus estão no amor que foi derramado em nossos corações pelo poder do Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos.
O amor perfeito! Assim é o amor de Deus, porque passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos’. Mas eu lhes digo: ‘Amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu’” (cf. Mateus 5,44-45).  Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Jesus, hoje, nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Esse texto nos ajuda a compreender que Mateus vê, no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.
As Palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver. A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e Sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam. Dividem o mundo em dois grupos: os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles. A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Ele, por Seu lado, não reage de acordo com a maneira como O tratam; pelo contrário, “Ele é bom até para os ingratos e os maus” (Lucas 6,35).
Jesus chama, assim, a atenção para a característica essencial do nosso Deus, fonte transbordante de bondade. Ele não se deixa condicionar pela maldade de quem está à Sua frente. Diferente dos homens, o Senhor está sempre pronto a nos perdoar: “Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos” (Isaías 55,7-8). O profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor lhe dizer: “Não desafogarei o furor da minha cólera, porque sou Deus e não um homem (cf. Oséias 11,9).
A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de Deus ser fonte de bondade, mas de que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!” (Lucas 6,36). Pela vinda de Seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, “filhos do Altíssimo” (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, cheio do Espírito Santo, termine com estas palavras: “Senhor, não lhes atribua este pecado” (Actos 7,60).
Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.
Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.
Pai, faça-me Seu imitador, que eu aprenda a amar perfeitamente como o Senhor amou a mim e aos outros. Não me deixe cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos sem qualquer distinção.
Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Coincidência ou providência? Você decide.

O FARMACÊUTICO E O MENINO


João era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante inteligente mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa além do seu mundo material.Um certo dia, estava ele fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos dizendo que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria morrer.
Muito nervoso, e após a insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia pra pegar o remédio. Sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio mesmo no escuro, entregou-o à criança, que agradeceu e saiu dali às pressas.

Minutos depois percebeu que havia entregado o remédio errado pra criança e, se aquela mãe o tomasse, seria morte instantânea.
Desesperado tentou alcançar a criança mas não teve êxito. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se realmente existia um Deus que não o deixasse passar por assassino.
De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar deparou- se com a criança a dizer:

"Senhor, por favor não brigue comigo, mas é que caí e quebrei o vidro do remédio, dá pro senhor me dar outro ?"


 

Salmo


Santo do Dia

 
                                                                                                                                                      São Gregório João Barbarigo
 Gregório João Barbarigo nasceu em Veneza, no dia 16 de setembro de 1625, numa família rica da aristocracia italiana. Aos quatro anos de idade ficou órfão de mãe, sendo educado pelo pai, que encaminhou os filhos no seguimento de Cristo. Foi tão bem sucedido que Gregório, aos dezoito anos de idade, era secretário do embaixador de Veneza.

Em 1648, acompanhou o embaixador à Alemanha para as negociações do Tratado de Vestefália, referente à Guerra dos Trinta Anos. Na ocasião, conheceu Fábio Chigi, o núncio apostólico, que o orientou nos estudos e o encaminhou para o sacerdócio.

Quando o núncio foi eleito papa, com o nome de Alexandre VII, nomeou Gregório Barbarigo cônego de Pádua; em 1655, prelado da Casa pontifícia e dois anos mais tarde foi consagrado bispo de Bérgamo. Finalmente, em 1660, tornou-se cardeal.

O papa sabia o que estava fazendo, pois as atividades apostólicas de Gregório Barbarigo marcaram profundamente a sua época. Dotou o seminário de Pádua com professores notáveis, provenientes não só da Itália, mas também de outros países da Europa, aparelhando a instituição para o estudo das línguas orientais. E fundou uma imprensa poliglota, uma das melhores que a Itália já teve.

Pôde desenvolver plenamente seu trabalho pastoral, fundando escolas populares e instituições para o ensino da religião, para orientação de pais e educadores. Num período de peste, fez o máximo na dedicação ao próximo. Cuidou para estender a assistência à saúde para mais de treze mil pessoas.

Gregório Barbarigo fundou, ainda, inúmeros seminários, que colocou sob as regras de são Carlos Borromeu, e constituiu a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antônio. Foi um dos grandes pacificadores do seu tempo, intervindo, pessoalmente, nas graves disputas políticas de modo que permanecessem apenas no campo das idéias.

Depois de executar tão exuberante obra reformista, morreu em Pádua no dia 18 de junho de 1697. Foi canonizado por seu conterrâneo, o papa João XXIII, em 1960, que, como afirmou no seu discurso na solenidade, elevou são Gregório João Barbarigo ao posto que ele merecia ocupar na Igreja.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 5,38-42)

Segunda-Feira, 18 de Junho de 2012
11ª Semana Comum


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
  Estamos diante da lei do Talião: “Ouvistes o que foi dito: olho por olho, dente por dente”, embora, à primeira vista, esta lei pareça alimentar um sentimento de vingança, ela justamente deseja frear um ímpeto de vingança individual.
Vivemos numa época caracterizada pela ilegalidade, mal que tem invadido nossa sociedade a um grau imprevisto e sem precedentes. Os que fazem da lei a sua profissão estão sendo convocados para repensar o propósito desse conjunto de regras na sociedade. Em nossos dias o indivíduo exige o direito de agir como bem entender, manifestando pouca ou nenhuma consideração ao efeito de seus atos  sobre o outro.
Encontramos esse princípio em todo o Novo Testamento. Vejamos o que Paulo diz: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12,9-10). O justo manifesta amor, que é atencioso e altruísta. Como se revela esse sentimento?
São Paulo declarou: “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram”. “Não vos vingueis a vós mesmos, amados [não vos apegueis a vossos direitos, não demandeis pelo que vos é devido], mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor”. Se for cometido algum erro, o entregue ao Senhor. Não se vingue, não busque seus próprios direitos. “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
O apóstolo dos gentios mostrou-nos o que Nosso Senhor afirmou no capítulo 5 de Mateus: A pessoa tem direitos. Seus direitos foram violados. Ela pode exigir indenização. Mas o justo deixa esse problema com Deus, e demonstra amor e perdão até mesmo aos seus inimigos. Isso é justiça em ação.
Paulo menciona de novo este mesmo princípio em I Coríntios 6. Aqui ele luta com o problema de um crente recorrer ao tribunal contra outro crente para cobrar o que de direito lhe pertence. Certo homem insistia em seus próprios direitos, e o apóstolo criticou o descrédito que esse testemunho trazia ao mundo incrédulo: “Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?” O apóstolo nos ensinou que o sinal do homem piedoso é abrir mão de seus direitos para que possa manifestar o amor altruísta de Cristo.
O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”, diz o apóstolo Paulo em Romanos 13,10.
A lei nos dá direitos, mas também nos dá a liberdade de renunciar a eles, e assim manifestar a justiça de Cristo. Temos nossos direitos, e a Palavra de Deus os protege. Temos, também, a liberdade de renunciar a eles para demonstrar o amor de Cristo. Não é a demanda por seus direitos que caracteriza o justo, mas sim o desistir deles, em prol de um bem maior. Esse homem agrada a Deus.
Jesus, no Evangelho de hoje, com palavras, vai progressivamente nos conduzindo a ultrapassar essa lei. Fazendo-nos reconhecer o valor do não revidar: oferecer a outra face; deixar também o manto; caminhar com ele dois mil passos. Cristo apresenta uma referência baseada não na lei da justiça judaica, isto é, o que é devido a cada um, mas na lei da graça e do amor. “Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá uma tapa na face direita, oferece-lhe também à esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir e não vires às costas a quem te pede emprestado”.
Desta maneira, Ele nos leva ao mandamento da caridade, não só para melhor compreendê-lo, mas também como concretamente vivê-lo. O Senhor nos ordena a dar a todos tudo o que eles nos pedem: que todos sejam cumulados, por nossa generosidade, de tudo o que lhes falta.
Façamos tudo ao nosso alcance de modo que eles não sofram nem de sede, nem de fome, nem da falta de vestes. E então, seremos considerados dignos de obter os bens que nos faltam e que pedimos a Deus, pois o costume de dar nos merecerá obtê-los. Ademais, há mais alegria em dar do que em receber.
É urgente que aos nossos ouvidos soem as palavras de Jesus: vencer o mal com o bem, e tornar concreto em nosso agir o mandamento do amor fraterno.
Peçamos ao Senhor que encha nossos corações com as graças do Seu Espírito Santo; com amor, alegria, paz, paciência, bondade e humildade. E nos ensine a amar os que nos odeiam; a rezar pelos que nos perseguem. E com o Seu auxílio, a renunciar aos prazeres deste mundo e a desejar uma nova terra e novos céus.
Pai, não permita que a violência tome conta do meu coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz o mal.
Padre Bantu Mendonça

sábado, 16 de junho de 2012

Salmo


Santo do Dia

Imaculado Coração de Maria
Esta festa do Imaculado Coração de Maria celebra-se no sábado, após a festa do Sagrado Coração de Jesus 
A história da devoção ao Coração de Maria tem seu fundamento no próprio Evangelho. 
A profecia de Simeão abriu o caminho e apresentou na imagem do coração traspassado com uma espada, uma das representações mais populares. 
Outra passagem bíblica que ilustra a devoção está em Lucas, que por duas vezes diz que Maria guardava e meditava todas as palavras de Jesus em seu coração. 
No Evangelho, Isabel proclama Maria bem-aventurada porque acreditou nas palavras do anjo. O próprio Jesus diz: "Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática". 

No século XVII, São João Eudes propagou a devoção ao Coração de Maria e a tornou pública. Instituiu várias sociedades religiosas para defesa e promoção da devoção, que são citadas no seu livro "Coração Admirável", publicado em 1681.

Depois de repetidos pedidos, em 08 de dezembro de 1942, vigésimo quinto aniversário das aparições em Fátima, o Papa Pio XII dedicou a Igreja e o gênero humano ao Coração Imaculado de Maria. 
Instituiu a festa do Imaculado Coração de Maria no sábado, após a Festa do Sagrado Coração de Jesus. 

Oração ao Imaculado Coração de Maria 
Papa Pio XII 

Oh! Rainha do Santíssimo Rosário, auxilio dos cristãos, refugio do gênero humano, vencedora de todas as batalhas de Deus! 

Ante vosso trono nos prostramos suplicantes, seguros de impetrar misericórdia e de alcançar graça e oportuno auxilio e defesa nas presentes calamidades, não por nossos méritos, mas sim unicamente pela imensa bondade de vosso maternal Coração. 

Nesta hora trágica da história humana, a vós, a vosso Imaculado Coração, nos entregamos e nos consagramos, não apenas em união com a Santa Igreja, corpo místico de vosso Filho Jesus, que sofre e sangra em tantas partes e de tantos modos atribulada, mas sim também com todo o mundo dilacerado por atrozes discórdias, abrasado em um incêndio de ódio, vítima de suas próprias iniqüidades. 

Que vos comovam tantas ruínas materiais e morais, tantas dores, tantas angústias de pais e mães, de esposos, de irmãos, de crianças inocentes; 

Tantas vidas cortadas em flor, tantos corpos despedaçados na horrenda carnificina, tantas almas torturadas e agonizantes, tantas em perigo de perderem-se eternamente. 

Vós, Oh! Mãe de misericórdia, consegui-nos de Deus a paz; e, ante tudo, as graças que podem converter-se em um momento os humanos corações, as graças que reparam, conciliam e asseguram a paz. 

Rainha da paz, rogai por nós e dai ao mundo em guerra a paz por quem suspiram os povos, a paz na verdade, na justiça, na caridade de Cristo. 

Dai a paz das armas e a paz das almas, para que na tranqüilidade da ordem se dilate o reino de Deus. 

Concedei vossa proteção aos infiéis e a quantos jazem ainda nas sombras da morte; concedeis a paz e fazei que brilhe para eles o sol da verdade e possam repetir com nós ante o único Salvador do mundo: glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. 

Dai a paz aos povos separados pelo erro ou a discórdia, especialmente a aqueles que vos professam singular devoção e nos quais não havia casa onde não se achasse honrada vossa venerada imagem (hoje quiçá oculta e retirada para melhores tempos), e fazei que retornem ao único redil de Cristo sob o único verdadeiro Pastor. 

Obtende paz e liberdade completa para a Igreja Santa de Deus; contei o dilúvio inundante do neopaganismo, fomentai nos fiéis o amor à pureza, a prática da vida cristã e do zelo apostólico, a fim de que aumente em méritos e em número o povo dos que servem a Deus. 

Finalmente, assim como foram consagrados ao Coração de vosso Filho Jesus a Igreja e todo o gênero humano, para que, postas nele todas as esperanças, fosse para eles sinal e prenda de vitória e de salvação; 

De igual maneira, Oh! Mãe nossa e Rainha do Mundo, também nos consagramos para sempre a Vós, a vosso Imaculado Coração, para que vosso amor e patrocínio acelerem o triunfo do Reino de Deus, e todas as gentes, pacificadas entre si e com Deus, Vos proclamem bem-aventurada e entoem convosco, de um extremo a outro da terra, o eterno Magníficat de glória , de amor, de reconhecimento ao Coração de Jesus, no qual apenas se podem achar a Verdade, a Vida e a Paz.