terça-feira, 10 de abril de 2012
Santo do Dia
Santa Madalena de Canossa
Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes. Por essas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis.
Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.
Os tristes acontecimentos do século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.
Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho do espírito e descobriu no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.
Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.
Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar andamento para a Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.
Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em 1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa, determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.
Aos dezessete anos, desejou consagrar sua vida a Deus e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação. No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio.
Os tristes acontecimentos do século, políticos, sociais e eclesiais, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam os rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.
Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho do espírito e descobriu no Cristo Crucificado o ponto central de sua espiritualidade e de sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.
Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o espírito a guiasse até os pobres de outras cidades italianas. Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo.
Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, as quais, após dezesseis anos, foram aprovadas pelo papa Leão XII. Mas só depois de várias tentativas mal-sucedidas Madalena conseguiu dar andamento para a Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, o primeiro oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos jovens e adultos.
Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-Feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas, no dia 10 de abril de 1835. As congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de irmãs e irmãos canossianos. Em 1988, o papa João Paulo II proclamou-a santa Madalena de Canossa, determinando o dia de sua morte para seu culto litúrgico.
Evangelho do Dia
Evangelho (João 20,11-18)
Terça-Feira, 10 de Abril de 2012
Oitava da Páscoa
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: ”Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.
16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: ”Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”.
16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Segundo Bento XVI, “a história de Maria de Magdala recorda a todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é quem, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de Lhe pedir ajuda, foi curado por Ele e O seguiu de perto, convertendo-se em testemunha do poder de Seu amor misericordioso, mais forte que o pecado”.
Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo. Ela já havia, contudo, constatado que ele estava vazio e havia anunciado o desaparecimento do Senhor. Por que se inclina, então, novamente? Por que quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar. O amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão. Obstina-se e acaba por descobrir.
No Cântico dos Cânticos, a Igreja dizia do mesmo Esposo: “No meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, vistes aquele que o meu coração ama?” (Ct 3,1-2). Duas vezes ela exprime a sua decepção: “Procurei-o, mas não o encontrei!” Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: “Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal os ultrapassei, encontrei aquele que o meu coração ama” (Ct 3,3-4).
Durante os breves repousos dessa vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redentor, nós O procuramos na noite, pois, apesar do nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só veem a Sua sombra. Mas, como não encontramos, nela, o Amado, levantamo-nos; percorremos a cidade, ou seja, a assembleia dos eleitos. Procuramos, de todo o coração, nas ruas e nas praças, ou seja, nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos. Abramos os olhos, procuremos os passos do nosso Bem-Amado!
Esse desejo fez Davi dizer: “A minha alma tem sede do Deus de vida. Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a Sua face” (Sl 42,3).
Lembro-me de que ver o Senhor é ver o nosso próprio destino. Nós fomos criados para a eternidade, para numa vida em comunhão com Deus. Chore, grite, apresente a Jesus a sua tristeza e necessidade, pois Ele lhe responderá, chamará o seu nome como chamou Maria. E dirá: “Por que choras? Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho as chaves de tudo nas mãos”.
E nós? Quando é que, nos nossos leitos, procuraremos o Amado? Por que choramos e a quem procuramos? Como a Maria Madalena, Jesus nos faz duas perguntas básicas: “Por que choramos?” e “A quem procuramos?”.
Não duvido que, muitas vezes, choramos por causa da nossa falta de fé e de confiança na Palavra do Senhor; procuramos Alguém que está muito perto de nós, mas ainda não O percebemos.
Conhecemos as Sagradas Escrituras, conhecemos as promessas de Deus, mas choramos, sem esperança, olhando somente para as “aparências”. Sofremos, muitas vezes, pela nossa incapacidade de “enxergar” as coisas do Senhor. O mundo espiritual está tão perto de nós, mas somos incapazes de percebê-lo, absortos que estamos em prestar atenção nas coisas e nas pessoas que nos rodeiam.
Confundimos a presença de Jesus com a presença de outras pessoas. Se percebêssemos a Sua presença viva e ressuscitada e ouvíssemos realmente a Sua voz que fala ao nosso coração, sairíamos em disparada – como fez Maria Madalena – a anunciar a todos: “Eu vi o Senhor!”
E você, já viu o Senhor? Relembre a sua experiência. Você já correu para contar sobre essa experiência do encontro pessoal com o Cristo Ressucitado a alguém? Jesus lhe envia, hoje, a proclamar a todos os homens e mulheres que Ele está vivo e ressuscitado. Seja a Sua testemunha e grite bem alto: “Eu vi o Senhor!”
Padre Bantu Mendonça
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