segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aniversariantes do dia Vandressa,Deusiane,Lazaro e Cirlene do Grupo de Jovens Nova Geração

Parabéns !!!
Nós que fazemos parte do grupo de jovens Nova Geração,
te desejamos muitas felicidades e muitos anos de vida.
Que Deus te abençoe hoje e sempre!!!
Graça e Paz!!!

Santo do Dia



 
                                                      Santo Paulo Miki e companheiros
Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.

Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.

Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.

Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários.

Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.

A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

Evangelho do Dia

Evangelho (Marcos 6,53-56)

Segunda-Feira, 6 de Fevereiro de 2012
São Paulo Miki e Comps.


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
Depois dos discípulos terem acolhido o convite do Mestre, abandonaram a casa de Simão e partiram para outras regiões da redondeza. E, no Evangelho de hoje, vemos os discípulos fazendo a travessia do mar da Galileia com seu próprio barco e desembarcando em Genesaré. E logo o povo reconhece a Jesus.
O povo vai “em massa” atrás de Cristo. Eles vêm de todos os lados, carregando seus doentes e buscando ajuda. O que chama a atenção é o entusiasmo do povo que reconhece Jesus e vai atrás d’Ele. O que move essas pessoas nesta busca ao Senhor não é somente o desejo de se encontrarem com Ele, de estarem com Ele, mas também o desejo de obterem a cura das suas doenças e a solução de seus problemas.
A salvação é dirigida a essa multidão formada por gentios e judeus marginalizados. São os moradores dos povoados, cidades e campos por onde Jesus andava com Seus discípulos. O Messias realiza a Sua missão, sobretudo, entre as camadas mais sofredoras e abandonadas do povo, constituindo-se, assim, na única esperança dessa gente.
O enfoque é a presença física e libertadora de Jesus. As curas são conseguidas com o toque, ao menos na franja do manto d’Ele. A doença generalizada é fruto das barreiras e exclusão. A cura resulta da libertação da exclusão e é fruto da acolhida.
Assim como, fisicamente, o pão foi partilhado, o mesmo vale para o corpo. A comunicação não se faz apenas pela palavra. Faz-se também pela partilha do corpo. A presença física, o toque, o abraço, o sorriso acolhedor, o olhar compreensivo e atento e a compaixão complementam a força comunicadora da Palavra que liberta.
Desde o começo da Sua atividade missionária, Jesus anda por todos os povoados da Galileia para falar ao povo sobre o Reino de Deus, que estava chegando (cf. Mc 1,14-15). Onde encontra gente para escutá-Lo, Ele fala e transmite a Boa Nova de Deus, acolhe e cura os doentes, em qualquer lugar: nas sinagogas durante a celebração da Palavra aos sábados (cf. Mc 1,21; 3,1; 6,2); em reuniões informais na casa de amigos (cf. Mc 2,1.15; 7,17; 9,28; 10,10); andando pelo caminho com os discípulos (cf. Mc 2,23); ao longo do mar na praia, sentado num barco (cf. Mc 4,1); no deserto para onde se refugiou e onde o povo O procurava (cf. Mc 1,45; 6,32-34); na montanha, de onde proclamou as bem-aventuranças (cf. Mt 5,1); nas praças das aldeias e cidades, onde povo carregava seus doentes (cf. Mc 6,55-56); no Templo de Jerusalém, por ocasião das romarias, diariamente, sem medo (cf. Mc 14,49).
Curar e ensinar, ensinar e curar era o que Jesus mais fazia (cf. Mc 2,13; 4,1-2; 6,34). Era o costume d’Ele (cf. Mc 10,1). O povo ficava admirado (cf. Mc 12,37; 1,22.27; 11,18) e O procurava em grande número.
Na raiz desse grande entusiasmo do povo estavam, de um lado, o próprio Cristo, que chamava e atraía e, de outro lado, o abandono do povo, que era como “ovelha sem pastor” (cf. Mc 6,34). Em Jesus, tudo era revelação daquilo que O animava por dentro. Ele não só falava sobre Deus, mas também O revelava. Comunicava algo que Ele mesmo vivia e experimentava.
O Senhor não somente anunciava a Boa Nova do Reino, Ele mesmo era uma amostra, um testemunho vivo do Reino. N’Ele aparecia aquilo que acontece quando um ser humano deixa Deus reinar e tomar conta de sua vida. O que vale não são só as palavras, mas também e, sobretudo, o testemunho, o gesto concreto.
Pela fé, todos nós esperamos e sonhamos com o Reino de Deus, como um novo tempo, onde não haverá mais dor nem lágrimas. Ao curar muitas pessoas, Jesus mostra que Deus Pai reprova tudo o que faz o ser humano sofrer. Mergulhemos na certeza de que a nossa missão é seguir os passos do Mestre para construir este “novo tempo” entre nós.
Padre Bantu Mendonça