segunda-feira, 2 de julho de 2012
Santo do Dia
São Bernardino Realino
Bernardino
nasceu no dia 1o de dezembro de 1530, na rica e nobre família dos
Realino, na ilha de Capri, em Nápoles. O jovem Bernardino aprofundou-se
nas ciências humanísticas, estudando na academia de Modena e depois na
Universidade de Bolonha, formando-se em filosofia, medicina, direito
civil e eclesiástico.
Com vinte e cinco anos de idade, enveredou por uma carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão, um cardeal amigo pessoal de seu pai. Bernardino ocupou cargos importantes, social e politicamente. Foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles.
Todavia abandonou tudo, pois, quando doente, recebeu a aparição de Nossa Senhora carregando o Menino Jesus nos braços. Era o ano de 1564. Desde então, com a ajuda de um padre jesuíta que se tornou seu orientador espiritual, Bernardino assumiu definitivamente a vida religiosa. Aos trinta e cinco anos de idade, ele foi ordenado padre jesuíta. Além de continuar o trabalho social em favor dos pobres, que sempre realizara, tornou-se um perfeito pastor de almas: evangelizador e confessor.
Possuindo o dom da cura e do conselho, era procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.
Em 1574, foi enviado a Lecce para fundar um colégio jesuíta, onde exerceu o apostolado durante quarenta e dois anos. A sua atuação na comunidade foi tão vital para todos, que, quando estava no seu leito de morte, ele se viu cercado pelo Conselho Municipal, que pedia sua proteção eterna para a cidade.
Equivale a dizer que estavam lhe pedindo ainda em vida que aceitasse ser o padroeiro daquela diocese, tal a sólida fama de sua santidade. Talvez um fato único já registrado pelos católicos. Isso porque santo protetor toda cidade escolhe um. Eleger um santo patrono antes mesmo de este ser canonizado também não é uma situação nova na história das comunidades cristãs. Mas pedir permissão pessoalmente a um homem para que aceite de viva voz ser o padroeiro de uma cidade, realmente, é um raro acontecimento na Igreja.
Ele morreu aos oitenta e seis anos de idade, no dia 2 de julho de 1616, em Lecce. Cultuado em vida como santo, foi beatificado, em 1895, pelo papa Leão XIII e canonizado pelo papa Pio XII em 1947. São Bernardino Realino é o padroeiro das cidades de Lecce e Capri.
Com vinte e cinco anos de idade, enveredou por uma carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão, um cardeal amigo pessoal de seu pai. Bernardino ocupou cargos importantes, social e politicamente. Foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles.
Todavia abandonou tudo, pois, quando doente, recebeu a aparição de Nossa Senhora carregando o Menino Jesus nos braços. Era o ano de 1564. Desde então, com a ajuda de um padre jesuíta que se tornou seu orientador espiritual, Bernardino assumiu definitivamente a vida religiosa. Aos trinta e cinco anos de idade, ele foi ordenado padre jesuíta. Além de continuar o trabalho social em favor dos pobres, que sempre realizara, tornou-se um perfeito pastor de almas: evangelizador e confessor.
Possuindo o dom da cura e do conselho, era procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.
Em 1574, foi enviado a Lecce para fundar um colégio jesuíta, onde exerceu o apostolado durante quarenta e dois anos. A sua atuação na comunidade foi tão vital para todos, que, quando estava no seu leito de morte, ele se viu cercado pelo Conselho Municipal, que pedia sua proteção eterna para a cidade.
Equivale a dizer que estavam lhe pedindo ainda em vida que aceitasse ser o padroeiro daquela diocese, tal a sólida fama de sua santidade. Talvez um fato único já registrado pelos católicos. Isso porque santo protetor toda cidade escolhe um. Eleger um santo patrono antes mesmo de este ser canonizado também não é uma situação nova na história das comunidades cristãs. Mas pedir permissão pessoalmente a um homem para que aceite de viva voz ser o padroeiro de uma cidade, realmente, é um raro acontecimento na Igreja.
Ele morreu aos oitenta e seis anos de idade, no dia 2 de julho de 1616, em Lecce. Cultuado em vida como santo, foi beatificado, em 1895, pelo papa Leão XIII e canonizado pelo papa Pio XII em 1947. São Bernardino Realino é o padroeiro das cidades de Lecce e Capri.
Evangelho do Dia
Evangelho (Mateus 8,18-22)
Segunda-Feira, 2 de Julho de 2012
13ª Semana Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”.
20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Estamos diante de dois fatos importantíssimos como cristãos chamados a seguir as pegadas do Mestre: “Tu vens e segue-me”. A opção de seguir Jesus não é minha iniciativa pessoal. É Ele que me chama e consagra para a missão.
No Evangelho de hoje vemos, primeiro, um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional a Jesus: “Mestre, estou pronto para seguir o Senhor a qualquer lugar aonde for”. A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Cristo apela para o abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: “As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar”.
Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiar-se tão somente nas mãos providentes de Deus. Jesus, ao afirmar que o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça, quer nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.
O segundo episódio – narrado no Evangelho de hoje – é o caso de um dos discípulos que quer “ganhar tempo” e pede que Jesus lhe permita enterrar o pai: “Senhor, deixe-me primeiro ir enterrar meu pai”.
“Pai”, aqui, não se aplica no sentido biológico, mas na permanência das tradições judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao invés de salvar e libertar o homem, mata e escraviza. Para nós significa estar preso às nossas idéias egoístas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na tibieza, enfim, nas inúmeras “desculpas” que damos no nosso dia a dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.
Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem, assim insiste comigo e contigo: “Deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me”. O chamado de Jesus não está no futuro, mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os “espiritualmente” mortos cuidem dos seus próprios mortos.
Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e você, meu irmão, não temos nem o poder, nem o dever, tão pouco o direito de dizer ‘não’. Portanto, levante-se e siga a Jesus! Ele é o seu Deus e Senhor.
Pare de dar “desculpas furadas”. Quero que saiba que, quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.
Rompa, pois, com todas as barreiras que vedam os seus olhos para não enxergar o projeto de Deus sobre você. Entenda que o “seguir Jesus” significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida, e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Padre Bantu Mendonça
No Evangelho de hoje vemos, primeiro, um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional a Jesus: “Mestre, estou pronto para seguir o Senhor a qualquer lugar aonde for”. A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Cristo apela para o abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: “As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar”.
Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiar-se tão somente nas mãos providentes de Deus. Jesus, ao afirmar que o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça, quer nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.
O segundo episódio – narrado no Evangelho de hoje – é o caso de um dos discípulos que quer “ganhar tempo” e pede que Jesus lhe permita enterrar o pai: “Senhor, deixe-me primeiro ir enterrar meu pai”.
“Pai”, aqui, não se aplica no sentido biológico, mas na permanência das tradições judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao invés de salvar e libertar o homem, mata e escraviza. Para nós significa estar preso às nossas idéias egoístas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na tibieza, enfim, nas inúmeras “desculpas” que damos no nosso dia a dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.
Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem, assim insiste comigo e contigo: “Deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me”. O chamado de Jesus não está no futuro, mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os “espiritualmente” mortos cuidem dos seus próprios mortos.
Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e você, meu irmão, não temos nem o poder, nem o dever, tão pouco o direito de dizer ‘não’. Portanto, levante-se e siga a Jesus! Ele é o seu Deus e Senhor.
Pare de dar “desculpas furadas”. Quero que saiba que, quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.
Rompa, pois, com todas as barreiras que vedam os seus olhos para não enxergar o projeto de Deus sobre você. Entenda que o “seguir Jesus” significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida, e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Padre Bantu Mendonça
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