quarta-feira, 9 de maio de 2012

Santo do Dia




     

                                                                       São Pacômio
Pacômio nasceu no Egito, em 287, na Tebaida. Filho de pais pagãos, cheios de superstições e idolatrias, desde a infância mostrou grande aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade foi convocado para o exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes. Foi quando fez o seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então lhe era desconhecida.

À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos, que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles responderam: "Deus que está no céu". Nessa noite, Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se converteu e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo.

Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio, o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que deveria ficar.

Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o ensinou como deveria organizar o mosteiro.

Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele. Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza entre os pobres, uniu-se a ele.

Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica, no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus.

Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos e um feminino. Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor. Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 347, vítima de uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia, ainda, cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio.

São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica. Sua festa litúrgica ocorre no dia 9 de maio.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 15,1-8)

Quarta-Feira, 9 de Maio de 2012
5ª Semana da Páscoa

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
 
Podemos fazer coisas boas e maravilhosas, mas a verdadeira bondade – a qual nos projeta à santidade de vida – só encontramos n’Aquele que passou por esse mundo fazendo o bem.
Cristo, hoje, nos chama a seguir Suas pegadas. Ele se autoproclama a videira, cujo dono é Seu Pai: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor”. Existe uma estreita relação entre a simples árvore e o agricultor, ou seja, o dono dela. Ele trata a árvore com muito cuidado, esperando que, no devido tempo, ela possa dar uvas que produzam o delicioso vinho.
A metáfora que Jesus usa, nesse Evangelho, quer realçar, primeiro, a Sua íntima relação com o Pai, para, depois, destacar nossa ligação com Ele. Somos chamados a estar ligados, “enxertados” no Senhor para que possamos dar frutos.
A íntima inserção dos ramos, no tronco da videira, é uma sugestiva imagem da unidade entre o Senhor e Seus discípulos. Dar frutos é nosso grande desafio.
Não podemos nos conformar com uma paz aparente, só de “sombra e água fresca”, na qual a falta de coragem abunda decididamente, pois somos conhecidos pelos frutos que damos.
Cada um de nós – pois a responsabilidade é individual -, por vezes, tem a tendência de delegar a função de “fazer discípulos”, “pregar o bem” e “dar frutos” somente àqueles que, de uma forma generosa e mais aberta, consagraram sua vida a Deus. Mas não foi isso que Jesus nos disse. Ele foi taxativo.
Todos os ramos dessa videira devem produzir a mesma coisa, ou seja, bons frutos. O prolongamento da Videira Verdadeira, que é Cristo, não pode produzir maus frutos. A não ser que os ramos sejam maus! Se assim for, estes ramos terão que ser cortados e lançados ao fogo, pois não podem, de forma alguma, produzir frutos estéreis.
Pergunto-lhe: “Que tipo de fruto você tem dado ao seu pai, esposo, filho, ou à sua mãe, esposa,  filha, vizinha, colega? Em que tipo de videira você está enxertado?”.
Percebeu que, por haver uma relação indivisível entre Jesus e o Pai, Cristo passou por este mundo fazendo o bem? Deus é o Sumo Bem, Sua essência é a bondade. Portanto, Seu Filho não poderia ser diferente d’Ele! Seja também um com Cristo; assim, você produzirá bons frutos.
“Pai, reforce minha união com Seu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que espera de mim.
Padre Bantu Mendonça