segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Santo do Dia

São Roberto Belarmino


Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram doze filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.

O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida.

Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.

Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.

Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de cinqüenta idiomas.

Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por vinte e sete dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os vinte e dois anos seguintes.

Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, conseqüência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.

Evangelho do Dia


Evangelho (Lucas 7,1-10)
Segunda-Feira, 17 de Setembro de 2012 
24ª Semana Comum



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte.
3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado.
4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.
6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz”.
9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Meus irmãos, São Paulo escrevendo à comunidade de Corinto, faz uma exortação bem atual: “Irmãos, no que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois vossas reuniões não têm sido para o vosso bem, mas para o mal. Com efeito, e em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em parte, acredito” (I Cor 11,17-18).
A Eucaristia não divide, ela nos une. E isto é muito sério! Será que – como ensina o apóstolo – as nossas celebrações podem ser elogiadas? Será que, quando vamos celebrar a Eucaristia, não temos nos fechado, de forma  egoísta em nosso “mundinho”?
A Palavra de Deus vem nos questionar neste início de semana. A palavra “Eucaristia” significa “ação de graças”. Temos participado da Eucaristia com um coração agradecido?
Não podemos nos apresentar diante do Senhor com um coração soberbo. Faz-se necessário a humildade diante d’Aquele que detém todo o poder: Deus. É o que vemos no Evangelho de hoje.
Aquele oficial romano sabia que não era digno de se encontrar com o Senhor. De fato, ele tinha uma autoridade própria decorrente da sua atividade como oficial militar, mas ele não se apegou a isso. Aquele homem vivia uma fé humilde.
Eu peço, hoje, ao Senhor esta graça: uma fé humilde como a daquele oficial romano.
Hoje é um dia para refletirmos sobre como temos trabalhado nossa fé. Se, de fato, ela é uma fé humilde, de confiança. E esta fé exige também um esforço da nossa parte, portanto, nada de “moleza”, meus irmãos!
Quantos são aqueles que vão participar da Santa Eucaristia com uma pressa enorme! O mundo em que vivemos nos leva a sermos apressados. E, infelizmente, trazemos toda essa pressa também para a nossa vida espiritual. Conheci uma pessoa que disse conseguir rezar as “Mil Ave-Marias” em apenas uma hora. Meu Deus! O que é isso?
Essa pressa toda é prejudicial à fé. Porque somos tão apressados, não conseguimos mais esperar em Deus.
Hoje, refletindo sobre tudo isso, que você possa dizer a exemplo daquele oficial romano: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa” (Lc 7,6). Abra as portas do seu coração e deixe o Senhor agir do jeito d’Ele e não do seu jeito. Peça a graça de ter um coração aberto à humildade, a graça da disposição em viver bem a Santa Missa. E não queira nada apressadamente. Saiba “degustar” tudo aquilo de maravilhoso que o Senhor lhe oferece neste dia.
Padre Toninho - Comunidade Canção Nova