terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Santo do Dia

São Nicolau

6 de Dezembro


São Nicolau O santo deste dia é São Nicolau, muito amado pelos cristãos e alvo de inúmeras lendas. Filho de pais ricos com profunda vida de oração, nasceu Nicolau no ano 275 em Pátara, na Ásia Menor. Tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.

São Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados. Certa vez, Nicolau sabendo que três pobres moças não tinham os dotes para o casamento e por isso o próprio pai, na loucura, aconselhou a prostituição, jogou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens. Daí que nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro.

Sagrado Bispo de Mira, Nicolau conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração, e carisma de milagres. Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado a morte, mas felizmente se salvou em 313, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.

São Nicolau participou do Concilio de Nicéia, onde Jesus foi declarado consubstancial ao Pai. Entrou Nicolau no Céu em 324 ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegasse ao povo.


São Nicolau, rogai por nós!

Evangelho do Dia

Evangelho (Mateus 18,12-14)

Terça-Feira, 6 de Dezembro de 2011
2ª Semana do Advento


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?
13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
Comentário: 
 O fato de encontrarmos um objeto que tínhamos perdido enche-nos de grande alegria a cada vez que isso ocorre. E essa alegria é maior do que a que experimentávamos antes de o perder, quando aquele objeto estava bem guardado. Mas a parábola da ovelha perdida fala mais da ternura de Deus do que da maneira como os homens habitualmente se comportam. Ela exprime uma verdade profunda: abandonar o que tem importância por amor do que há de mais humilde é próprio do poder divino, não da cobiça humana, porque Deus faz mesmo existir o que não é. Ele parte à procura do que está perdido, guardando o que deixou ficar para trás, e encontra o que se tinha transviado sem perder o que está à Sua guarda.

É por isso que este Pastor não é da terra, mas do céu. A parábola não é de forma alguma a representação de obras humanas, mas esconde mistérios divinos, como é demonstrado.
Cabalmente pelos números que menciona: “Se um de vós, diz o Senhor, tiver cem ovelhas e perder uma”. Como vê, a perda de uma só ovelha magoou o pastor, tanto como se o rebanho inteiro, privado da sua proteção, se tivesse metido por um caminho errado. É por isso que, deixando as outras noventa e nove, ele parte à procura de uma só – não se ocupa senão de uma só – a fim de encontrá-la e, nela, salvar a todas.
“Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha que estava perdida”. Quando chegou o tempo da misericórdia (cf. Sl 101,15), o Bom Pastor desceu de junto do Pai, tal como tinha sido prometido desde toda a eternidade. Veio procurar a única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela [ovelha] desde sempre, por causa dela foi enviado no tempo. Por ela nasceu e se entregou eternamente predestinado a ela. Ela é única, separada dos judeus e dos gentios, presente em todos os povos. É única no seu mistério, múltipla nas pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo espírito segundo a graça – numa palavra, uma única ovelha e uma multidão incontável. Portanto, poderíamos assim dizer que, no homem, Deus salva toda a criação.
Ora, aqueles que o Pastor reconhece como seus, “ninguém pode arrancá-los das suas mãos” (cf. Jo 10,28). Porque não se pode forçar a verdadeira potência, enganar a sabedoria, destruir a caridade. Por isso, Ele fala com segurança ao dizer: “Dos que me deste, Pai, não perdi um único” (Jo 18,9).
Ele foi enviado como verdade aos violentados, como estrada aos perdidos, como vida para os que estavam mortos, como sabedoria para os insensatos, como remédio aos doentes, como resgate para os cativos, como alimento aos que morriam de fome. Para todos esses, pode-se dizer que Ele foi enviado “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (cf. Mt 15,24), para que elas não se percam para sempre. Foi enviado como alma para um corpo inerte, para que à Sua vinda os membros se reanimassem e revivessem com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a primeira ressurreição (cf. Ap 20,5). Por isso, pode Ele mesmo declarar: “Vai chegar a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a tiverem ouvido viverão” (Jo 5,25). E pode, portanto, dizer das Suas ovelhas: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (cf Jo 10,27).
Como aquela ovelha, ergamos, pois as nossas mãos e deixemo-nos levantar, abraçar e colocar nos ombros do Bom Pastor para sermos salvos.
Padre Bantu Mendonça


Padre Bantu Mendonça