terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Salmo

Reflexão

Problemas? 


Esta é a história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas em sua fazenda. O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu do seu carro furou. A serra elétrica quebrou. Cortou o dedo. E, ao final do dia, o seu carro não funcionou. O homem que contratou o carpinteiro ofereceu-lhe uma carona para casa. Durante o trajeto do trabalho para casa, o carpinteiro nada falou. Quando chegaram em sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos. Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos de seu rosto transformaram-se num grande sorriso e ele abraçou seus filhos e beijou sua esposa. Um pouco mais tarde, depois de uma longa prosa e muitas risadas, o carpinteiro acompanhou sua visita até o carro. 

Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou: 
- Por que você tocou na árvore antes de entrar em casa? 
- Ah ! esta é a minha “Árvore de Problemas” respondeu o carpinteiro. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite eu deixo meus problemas nesta árvore antes que entrar em casa e os pego no dia seguinte. E você quer saber de uma coisa? Toda manhã quando passo pela árvore para retirar meus problemas do dia anterior, eles não são nem metade do que me lembro ter deixado. 
Faça você o mesmo que o carpinteiro. Não deixe os problemas do trabalho entrarem na sua casa. Abrace seus filhos, beije sua esposa (seu marido) e procure deixar todos os problemas na “árvore” antes de entrar e você verá que, no dia seguinte eles serão bem menores do que aparentavam ser no dia anterior. 



Comentário
Não desconte seus problemas dentro de sua casa ou em outras pessoas, porque elas não tem culpa do que acontece ou aconteceu com você.
Reze e peça a DEUS um caminho para soluciona-los, enfrente-os com força e perseverança, pois o Senhor está contigo e nunca te abandonará.

Santo do Dia




São Romano
Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses. 

Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos. 

A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual. 

Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados. 

A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463. 

O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 6,7-15)

Terça-Feira, 28 de Fevereiro de 2012
1ª Semana da Quaresma




— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 13e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
No tempo da Quaresma, a Igreja nos convida a viver em oração, penitência e caridade. Hoje, Jesus vem nos ensinar como realizar um destes três pilares: a oração.
Este tempo é bastante propício para reiniciarmos ou darmos continuidade às nossas orações, entretanto, elas não precisam ser proferidas em muitas e belas palavras. Não importa quantas e quais palavras utilizemos em nossas orações, Jesus nos garante no Evangelho: “Vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais”. Por isso, a forma mais simples e humilde de orar é com o “Pai Nosso”.
Todos conhecemos a oração do “Pai Nosso”, mas por conhecê-la muito bem, às vezes, oramos sem meditar sobre o que estamos falando. Esta oração é muito bonita e forte, mas de nada nos serve se for vazia de sentimento. Penso que este é o principal ponto da oração, ela deve sair do coração, não importando se é apenas uma frase: “meu Deus, eu O amo, tenha piedade de mim”.
Jesus nos ensina a rezar. Ele diz que não precisamos usar palavras bonitas ou difíceis, pois o Pai já sabe do que precisamos muito antes de abrirmos a boca para Lhe pedir.
Então, a nossa oração serve mais para nós do que para Deus? Veja que interessante: quando oramos ao Senhor, estamos lembrando a nós mesmos de que é Ele quem está no comando das nossas vidas. E é com essa segurança que “voamos” cada vez mais alto e “saltamos” cada vez mais longe, pois sabemos que Ele não vai nos desamparar.
Na oração do “Pai Nosso” também pedimos o alimento de cada dia e o perdão das nossas ofensas. Mas isso é algo do qual Deus só pode participar parcialmente, pois precisamos fazer a nossa parte, ou seja, para podermos comer, precisamos trabalhar, certo? Ou, pelo menos, alguém precisa.
Por último, o Evangelho nos faz refletir sobre o perdão: “De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.
O texto nos remete a uma passagem de Mateus 18,23-35 que se aplica muito bem a esses dois versículos. Na parábola, Jesus compara o Reino ao rei que perdoa a enorme dívida do seu servo, mas este, ao sair da vista do patrão, agarra e sufoca um de seus devedores, não lhe perdoando uma pequena dívida. Então, este empregado que foi perdoado, mas não perdoou, deverá prestar contas ao rei por sua maldade. Para poder ser perdoado, é preciso perdoar.
Quando fazemos a oração do “Pai Nosso”, temos a oportunidade de nos lembrar de que para poder corresponder a todos esses dons do nosso Pai do Céu precisamos sair do nosso comodismo, trabalhar e perdoar a quem nos ofendeu; assim, nos libertarmos de uma prisão que teimamos em construir em torno de nós mesmos.
Meus irmãos, precisamos orar, assim como precisamos respirar. Pela oração constante se estabelece com Deus profunda intimidade e, a partir dela, somos levados a moções, ou seja, situações da nossa vida que nos levam para perto do Senhor, aquilo que nos conduz a Ele, que nos faz amar mais, perdoar mais.
No entanto, quando estamos mergulhados nos “ruídos interiores”, há o ardil: situações que nos afastam de Deus e nos desvia de Seus caminhos. Mas persevere. Não desista de rezar. Prostre-se diante de Deus e Ele colocará a certeza da vitória em seu coração. Transforme esses ruídos interiores em perseverança, em oração. Abra o coração, fale com o Senhor, seja insistente na oração, esteja aberto a Sua vontade, aguarde a Providência Divina no momento certo da sua vida.
Peça ao Senhor a graça de descobrir as coisas que o abatem e não permitem que você persevere. Se necessário, chame e grite: “Pai Nosso!”.
Padre Bantu Mendonça