domingo, 4 de março de 2012

Pensamento do Dia

Ninguém nasce por acaso ou por descuido. Cada ser humano tem uma missão a desempenhar neste mundo.
 Beth Guedes

Salmo

Aniversariante do Dia Milena Eduarda do Grupo de Jovens Nova Geração

Parabéns!
     Nós que fazemos parte do grupo de Jovens Nova Geração,
       Te desejamos muitas felicidades e muitos anos de vida.
                 Que DEUS te abençoe hoje e sempre!!! 
                                         Graça & Paz!!!


Reflexão

VALORIZE
Certa vez, o dono de um pequeno sítio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

         - Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?

         Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:

         "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".

         Meses depois, o poeta encontra o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

         - Nem pense mais nisso, disse o homem.  Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!

         Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros. Valorize o que você tem, os amigos que estão perto de você, o emprego que Deus lhe deu, o conhecimento que você adquiriu, a sua saúde, o sorriso do seu filho.

         Esses são os verdadeiros tesouros.

Santo do Dia

                                 São Casimiro
Casimiro nasceu na Croácia no dia 03 de outubro de 1458 e era o décimo terceiro filho do rei da Polônia, Casimiro IV, e da rainha Elisabete d'Asburgo. Ele poderia muito bem colocar sobre a cabeça uma coroa e reinar sobre um território, como todos os seus doze irmãos o fizeram. Porém, apesar de possuir os títulos de príncipe da Polônia e grão-duque da Lituânia, não seguiu esse caminho. Desde pequeno abriu mão do luxo da corte, suas ricas festas e todas as facilidades que a nobreza proporcionava. Fez voto de castidade e vivia na simplicidade do seu quarto, que transformou numa cela como a de um eremita, dedicando-se à oração, disciplina, penitência e solidão. 

Quando os húngaros se rebelaram contra o seu rei, Mateus Corvino, e ofereceram ao jovem príncipe Casimiro, então com treze anos, a coroa, ele a renunciou tão logo soube que seu pai havia se declarado contra a deposição daquele rei e a imposição pela força de outro, no caso ele. O príncipe tinha de fato apenas uma ambição, se é que assim pode ser chamada, dedicar-se ao ideal da vida monástica. 

Entretanto não fugia dos deveres políticos, tendo ajudado o pai nos negócios do reino desde os dezessete anos, principalmente nos problemas referentes à Lituânia, onde era muito querido pelo povo. Com a conversão do rei da Hungria que abdicou para entrar num mosteiro, o rei Casimiro IV, seu pai, herdou esses domínios que incluíam além da Hungria a Prússia. Porém, isso também não entusiasmou o jovem príncipe a se coroar. Desde a infância levava uma vida ascética, muito humilde, jejuando continuamente e dormindo no chão, por isso sua saúde nunca foi perfeita. 

Dessa forma, jovem príncipe acabou contraiu a tuberculose. Mesmo assim seu pai lhe cofiou a regência do reino, por um breve período. O rei desejando ampliar ainda mais os domínios do já imenso império, pretendia firmar um contrato de matrimonio para o filho com a bela e rica herdeira de Frederico III, cujas fronteiras passariam as ser mar Báltico e o mar Negro, realizando seu velho sonho. Por isso precisava se ausentar, pois queria tratar pessoalmente de tão delicado assunto. 

Casimiro, como príncipe regente, não se furtou às obrigações junto ao seu amado povo. Cumpriu a função com inteligente política, todavia sem se deixar seduzir pelo poder. Depois, o rei teve de se conformar, porque Casimiro preferiu o celibato e o tratado do matrimônio foi desfeito. Ele preferiu ser lembrado por ficar entre os pobres de espírito, entre aqueles que receberam o reino de Deus, do que ser recordado entre os homens famosos e poderosos que governaram o mundo. 

Morreu aos vinte e cinco anos de idade e foi sepultado em Vilnius, capital da Lituânia, em 04 de março de 1484. Logo passou a ser venerado por todo o povo polonês, lituano, húngaro, russo. Seu culto acabou sendo introduzido na Europa ocidental através dos peregrinos que visitavam sua sepultura. Menos de quarenta anos após sua morte já era canonizado pelo Papa Leão X. São Casimiro foi declarado padroeiro da Lituânia e da juventude lituana; também da Polônia, onde até hoje é considerado um símbolo para os cristãos, que o veneram como o protetor dos pobres.

Evangelho do Dia

 Evangelho (Marcos 9,2-10)   

Domingo, 4 de Março de 2012
2º Domingo da Quaresma



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.
3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.
4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.
5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo.
7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”
8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles.
9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos.
10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
A “Festa da Transfiguração do Senhor” remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o Papa Calisto III.
Presente Pedro, João e Tiago, Jesus se transfigura diante deles. Seu corpo ficou luminoso e suas vestes resplandecentes. Com isto, Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus enviado pelo Pai.
Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus. Ele é o “Deus conosco”, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A Sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai O ressuscitar e O fizer sentar-se à Sua direita, na Glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica: luz, brancura, glória, nuvem… que indicam a presença de Deus.
Jesus nos revela um Deus que surpreende. Fala da Glória. Todavia, nos mostra que o caminho necessário para ela é o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.
Já o profeta Daniel ficou surpreendido ao ver entrar na Glória e receber realeza divina – com poder eterno – alguém semelhante a qualquer “filho do homem”.
Surpreendidos ficaram também os três apóstolos no Tabor, ao verem Jesus tão divinamente transfigurado, estando precisamente a rezar preocupado, como qualquer homem, com o que ia sofrer em Jerusalém.
Na Liturgia de hoje, o evangelista afirma que Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João a um monte elevado e se transfigurou diante deles, tornando-se resplandecente de tal brancura que “lavadeiro algum da terra poderia branquear as suas vestes assim”. É neste mistério de luz que hoje a Liturgia nos convida a fixar o nosso olhar.
No rosto transfigurado de Jesus brilha um raio da luz divina que Ele conservava no Seu íntimo. Esta mesma luz resplandecerá no rosto de Cristo no dia da Ressurreição. Neste sentido, a Transfiguração manifesta-se como uma antecipação daquilo com que nos revestiremos quando tudo se consumar em todos. Aí sim celebraremos o mistério pascal!
A Transfiguração convida-nos a abrir os olhos do coração para o mistério da luz de Deus, presente em toda a história da salvação. Já no início da criação, o Todo-Poderoso diz:“Faça-se a luz!” (Gn 1,3), e verifica-se a separação entre a luz e as trevas.
Como as outras criaturas, a luz é um sinal que revela algo de Deus. É como o reflexo da Sua glória, que acompanha as Suas manifestações. Quando Deus aparece, “o seu esplendor é como a luz, das suas mãos saem raios” (Hab 3,4s.). Como se afirma nos Salmos, a luz é o manto com que Deus se reveste (cf. Sl 104,2). No Livro da Sabedoria, o simbolismo da luz é utilizado para descrever a própria essência de Deus. A sabedoria, efusão da glória de Deus, é “um reflexo da luz eterna”, superior a todas as luzes criadas (cf. Sb 7,26.29s.).
No Novo Testamento, é Cristo que constitui a plena manifestação da luz de Deus. A Sua ressurreição aboliu para sempre o poder das trevas do mal.
Com Cristo ressuscitado a verdade e o amor triunfam sobre a mentira e o pecado. Nele, a luz de Deus já ilumina definitivamente a vida dos homens e o percurso da história. “Eu sou a luz do mundo” – afirma Ele no Evangelho – “Quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Marcos, no Evangelho de hoje, recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, faz uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o Seu projeto de salvação em favor dos homens através do dom da vida.
Para você que muitas vezes está desanimado e assustado, Jesus diz que o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Seguir a Cristo é a garantia da vitória final.
Portanto, nesse 2º Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova. E este não é senão o caminho da escuta atenta de Deus e dos Seus projetos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.
Padre Bantu Mendonça