sexta-feira, 9 de março de 2012

Salmo

Santo do Dia

                                  

                                                           Santa Francisca Romana
Francisca Romana tem uma importância muito grande na história da Igreja, por ser considerada exemplo de mulher cristã a ser seguido por jovens, noivas, esposas, mães, viúvas e religiosas, pelo modelo que foi.

Francisca Bussa de Buxis de Leoni nasceu em 1384, em uma nobre e tradicional família romana cristã e, desde jovem, manifestou a vocação para uma vida de piedade e penitência. Queria ser uma religiosa, mas seu pai prometeu-a em casamento ao jovem Lourenço Ponciano, também cortejado por ser nobre e muito rico. Contudo, era um bom cristão e os dois se completaram, social e espiritualmente. Tiveram filhos, cumpriam suas obrigações matrimoniais com sobriedade e serenidade, respeitando todos os preceitos católicos de caridade e benevolência. Dedicavam tanto tempo aos pobres e doentes que sua rica casa acabou se transformando em asilo, ambulatório, hospital e albergue, para os necessitados e abandonados.

O casal teve seis filhos que deveriam ser apenas fontes de felicidade para os pais, porém acabaram por se tornar a origem de muita dor e sacrifício. Numa sucessão de acontecimentos Francisca viu morrer três de seus filhos. Roma, naquela época, atravessou períodos terríveis de sua história, sendo flagelada por duas guerras, revoluções, epidemias, fome e miséria. Francisca ainda assistiu outro dos filhos ser feito refém, enquanto o marido se tornava prisioneiro, depois de ferido na guerra. Mesmo assim, continuou sua obra de caridade junto aos necessitados, vendendo quase tudo que tinha para mantê-la. Foi justamente nesse período que recebeu o título de "Mãe de Roma".

Freqüentava a igreja de padres beneditinos de Santa Maria Nova e ali reuniu as ricas amigas da corte romana para trabalharem em benefício da sociedade. Mesmo sem vestirem hábito algum, sem emitirem votos e sem formarem uma família religiosa, pois, viviam uma vida normal de mães e donas de casa, mas encontrando tempo para se dedicarem à comunidade carente. Quando o marido morreu, Francisca entregou-se de maneira definitiva à vida religiosa, fundando com algumas dessas companheiras, também viúvas, a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova.

Tinha cinqüenta e seis anos quando morreu, no dia 09 de março de 1440, depois de ser eleita superiora pelas companheiras de convento. Sua biografia oficial registra ainda várias manifestações da graça do Senhor em sua vida, como a presença constante e real de um anjo da guarda.

Foi proclamada Santa Francisca Romana em 1608 e considerada mística, pela Igreja. Narram os registros que, quando morreu, foram necessários três dias para que toda a população de Roma pudesse visitar seu caixão, de tanto que era admirada e querida pelo povo, devotos e fiéis.

Evangelho do Dia

Evangelho (Mateus 21,33-43.45-46)

Sexta-Feira, 9 de Março de 2012
2ª Semana da Quaresma


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos.
35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.
38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses vinhateiros?”
41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.
42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” 43Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos.
45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava falando deles. 46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
“Os judeus, a quem Jesus se dirige no átrio do Templo, compreendem muito bem a parábola que o Senhor lhes conta, inspirada na alegoria da vinha” (cf. Is 5,1-7).
Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o privilégio de cultivar a vinha predileta do Senhor, o povo de Israel. Estes vinhateiros, hoje, somos nós, a quem Jesus encarrega da missão de cuidar da vinha de Deus, Seu Pai.
Lembro-me de  que, no momento da colheita, ao invés de apresentarem os frutos ao dono, os vinhateiros quiseram se apropriar deles e maltrataram os profetas que lhes foram enviados. Hoje acontece a mesma coisa. Apropriamo-nos da vida de outra pessoa ao invés de protegê-la e fazê-la crescer em estatura e graça, segundo o projeto do Criador. Roubamos, traímos, mentimos e cometemos inúmeros pecados.
No Evangelho, Jesus nos fala abertamente: “o Reino nos será tirado e entregue à outros se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e vaidades; se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a justiça e o bem!”.
Finalmente, Deus nos enviou Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Esta é a última oportunidade que Ele nos oferece para que nos tornemos seus colaboradores na obra da salvação.
Veja que, como os viticultores conduzidos habilmente por Jesus, os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo tiraram as conclusões das consequências de tal ato: “o dono, que é Deus, ‘dará morte eterna aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que Lhe entregarão os frutos na altura devida’”. Assim, nós precisamos tomar consciência de que, se não fizermos render os talentos que recebemos do Senhor, teremos o mesmo destino.
Os “novos vinhateiros” constituem-se pecadores que, convertidos e acolhendo a mensagem da Quaresma – que os chama a rasgar os seus corações, mas não as vestes; a fazer penitência com jejum e oração por causa dos seus pecados -, tornam-se verdadeiramente os cultivadores da vinha do Senhor. Eles anunciam a Boa Nova, são eles os defensores da Igreja, dando a Deus abundantes frutos, ora cem, ora sessenta, ora trinta por um!
Oxalá, meu irmão, que eu e você não tenhamos a mesma sorte dos viticultores retratados por Jesus neste Evangelho. Mas sim a sorte daqueles que, assumindo a sua vocação, tornam-se realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica.
Padre Bantu Mendonça