quarta-feira, 14 de março de 2012

Aniversariante do dia Cledineide do Grupo de Jovens Nova Geração

Parabéns Cledineide!!!
Nós que fazemos parte do grupo de jovens Nova Geração,
te desejamos muitas felicidades e muitos anos de vida.
Que Deus te abençoe hoje e sempre!!!
Graça e Paz!!!

Salmo

Santo do Dia


                                                                          Santa Matilde 


 
Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

Evangelho do Dia

Evangelho (Mateus 5,17-19)

Quarta-Feira, 14 de Março de 2012
3ª Semana da Quaresma


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra.
19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
Para Jesus a lei moral é obra da sabedoria divina. Por isso, podemos defini-la – em sentido bíblico – como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela descreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à bem-aventurança prometida pelo Senhor e lhe proíbe os caminhos do mal que o desviam de Deus e do Seu amor. Ao mesmo tempo, firme nos Seus preceitos e amável nas Suas promessas, eis a razão do porquê Jesus diz: “O céu e a terra passarão; porém, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento”.
Portanto, a questão da obediência aos mandamentos divinos – ou tudo quanto Deus ordena – não visará à salvação, pois entra no campo da santificação, e não da justificação. Entender o papel da Lei como meio de salvação seria um uso “ilegítimo” dela (cf. 1Timóteo 1,8).
O fracasso espiritual de Israel, que motivou sua rejeição como propriedade de Deus, não estava na Lei que é perfeita, santa, justa, boa, espiritual e prazerosa (Salmo 19,7; Romanos 7,12.14. 22), mas na atitude de autoconfiança do povo quanto às suas possibilidades de obedecê-la plenamente. Por isso é que Jesus, dirigindo-se ao povo, diz : “Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo“. Assim, Ele ressaltou os princípios básicos da Lei divina como sendo “amor a Deus sobre todas as coisas” e “amor ao próximo como a si mesmo” (Mateus 22,36-40).
Com pouca margem de erro, eu diria que há preceitos de caráter cerimonial, civil e moral na Lei divina, independentemente de ocorrer tal linguagem “técnica” nas páginas bíblicas, fato reconhecido por confissões de fé e autoridades cristãs de diferentes confissões do passado e do presente. Em toda a Lei está a defesa da vida que, afinal, é um dom de Deus.
No “Sermão da Montanha” (Mateus 5 a 7), bem como no “diálogo com o jovem rico” (Mateus 19,16ss), Cristo, ao tratar do verdadeiro espírito da Lei, nos lembra que Deus leva em conta não só a mera obediência a Seu texto, mas as reais e íntimas intenções do indivíduo quanto a tal obediência.
Nenhum dos mandamentos da Lei de Deus têm aplicação limitada a Israel. O próprio princípio do sábado foi estendido aos “filhos dos estrangeiros” (Isaías 56,2-8), e todas as pessoas de todas as nacionalidades têm necessidade de um dia regular de repouso, daí por que “o sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2,27).
No novo concerto, os princípios básicos da Lei divina são escritos por Deus nos corações e mentes dos Seus filhos – judeus ou gentios – nos moldes do que havia sido prometido ao antigo Israel em Ezequiel 36,26-27 e Jeremias 31,31-33.
Nos debates de Cristo com os escribas e fariseus sobre o sábado, o Senhor está corrigindo a prática extremada e insensível deles no que se refere ao Decálogo [dez mandamentos], mas não combatendo uma norma estabelecida por Ele próprio como Criador e Legislador (ver Mateus 12,1-12; Heb 1,2).
João, em Apocalipse 1,10 refere-se ao “Dia do Senhor” – que para nós católicos é o domingo – como sendo um dia especial dedicado a Deus. Portanto, Ele mantinha um dia especial de observância, como estabelecido no 3º mandamento da Lei de Deus: santificar os domingos e festas de guarda.
Padre Bantu Mendonça