sábado, 1 de setembro de 2012

Salmo


Santo do Dia

Santo Egídio
São poucos os dados que existem sobre a vida de Egídio. Mas com certeza sabemos que ele era grego e pertencia a uma rica família da nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais, decidiu ser um ermitão, para viver na pobreza e totalmente dedicado a Deus. Para isso distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu isolado na oração e penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com os dons especiais da cura, da sabedoria e dos milagres.

Um dos primeiros milagres a ele atribuídos diz que, certo dia, encontrou na porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado. Penalizado com a situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto e, naquele instante, um prodígio aconteceu: o homem, que até então agonizava, levantou-se completamente curado. Depois essas curas se repetiram e foram se multiplicando de tal forma que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a procurá-lo com freqüência, então Egídio decidiu partir. 

Em 683, viajou para a França. Conta a tradição que ele salvou o navio repleto de passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade teria desabado sobre a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em prece, ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras acalmaram-se na mesma hora e todos desembarcaram com segurança. 

Na França, viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja entrada era escondida por um arbusto espinhoso. Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de raízes e do leite de uma corsa, que, segundo a tradição, foi-lhe enviada por Deus. 

Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos, foi caçar nas proximidades da caverna de Egídio e, em vez de flechar uma corsa que se escondera atrás de um arbusto, flechou a mão do pobre ermitão, que tentava proteger o animal acuado. Foi descoberta, assim, a residência do eremita. O rei, para desculpar-se, passou a visitá-lo com seus médicos até sua cura completa. 

Depois disso, o rei continuou a visitá-lo com freqüência, presenciando vários prodígios que divulgava na Corte. Assim, a fama de santidade de Egídio ganhou vulto e ele passou a ter vários discípulos. O rei, então, mandou construir um mosteiro e uma igreja, que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro passou a ter uma disciplina própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu redor surgiu o povoado que deu origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi entregue aos beneditinos. 

A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 1º de setembro de 720. Logo após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de peregrinação. O seu culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos quatorze "santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 25,14-30)

Quarta-Feira, de de 2012
21ª Semana Comum



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 14“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco.
17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhes mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’.
21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’
24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’.
28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!’”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Iniciamos um novo mês, um dos quais mais gosto. Com ele uma nova estação, mudanças, a proposta de uma nova vida. Os dias são mais claros e mais floridos, pois será primavera. Mês que celebramos, de maneira mais especial, a Palavra de Deus em nossa vida, pois todos os dias devemos ser mudados e renovados pela Palavra.
No Evangelho de hoje, Jesus quer nos falar sobre o Reino de Deus. A vida que Ele nos oferece é descrita de maneira econômica: vigiar e realizar as tarefas determinadas por Ele. Isso significa, em primeiro lugar, ser uma pessoa empenhada na realidade do mundo a construir. Trata-se de um capital posto em nossas mãos por Deus, o qual o cristão não pode deixar improdutivo. Quem sabe administrar a própria vida, sabe administrar os negócios dos outros. Na verdade, essa é a questão: “Como foste fiel na administração de tão pouco, vem participar da minha alegria”.
Deus não espera de nós coisas grandiosas, que ultrapassam nossas capacidades reais, fogem de nossa realidade. Ele espera que sejamos sinceros e verdadeiros conosco e com Ele, administrando, com fidelidade, o pouco de cada dia. Uma coisa de cada vez! Ele conhece o nosso coração e a nossa reta e sincera intenção. Quantas coisas Deus põe em nossas mãos para administrar: a vida, a família, o trabalho, um mundo a construir! Temos de ter coragem, e não medo de Deus; sentimentos de filhos, e não de empregados, escravos, obrigados a trabalhar para o Senhor. Ele não nos pediria algo que não pudéssemos dar nem algo que Ele já tenha nos dado.
Somos filhos muito amados de Deus, o qual nos assiste com a Sua graça e não espera de nós passos que não conseguimos dar. É preciso ter a coragem de começar pequeno, simples, humilde, uma gota no oceano. Mas de quantas gotas é feito o oceano?
Não podemos enterrar os talentos que o Senhor nos deu. Nós temos talentos, valores que precisam ser colocados a serviço para render outros tantos. O “Banco de Deus” é o amor e a misericórdia no coração dos nossos irmãos. Vá poupando aos poucos, doando-se, começando por pequenos gestos e, quando você perceber, há uma enorme fortuna de gente, de vida, de fraternidade que você acumulou e Ele lhe dará mais.
Não tenha medo de Deus! Ele não é este “patrão severo” que nos cobra. Ele é Quem nos assiste e capacita, para nos acolher, em Seu Reino, e nos convidar para viver a Sua vida plena: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10).
Seja fiel no pouco e Deus lhe confiará mais. Mais talentos, mais virtudes, mais amor e capacidade de se doar.
Como você faz render aquilo que Deus lhe dá?
padre Luizinho
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova