terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Missa em honra à Santa Luzia

Na noite de hoje, 13 de Dezembro dia da Virgem e Mártir Santa Luzia, a paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos juntamente com o Grupo de Jovem Nova Geração e outras pastorais, festejaram esta grande santa. As 19:00hs foi celebrada a Missa por nosso Pároco Frei Hélio Júnior OFMcap, em honra a Santa Luzia seguida de procissão ao redor da praça Pe.João Maria, após a procissão foi dada a benção final da Santa Missa.

Confira as fotos:



























Graça e Paz!

AVISO

Avisamos aos jovens do Grupo Nova Geração, que hoje logo após a missa haverá uma importante reunião na igreja Matriz de Nossa Senhora dos Aflitos. A presença de todos será importante pra definirmos a confraternização do Natal.
                               Graça e Paz a todos!

Santa Luzia


Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Nápoles. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família napolitana de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 21,28-32)


Terça-Feira, 13 de Dezembro de 2011
Santa Luzia

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O Filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo, que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Breve Comentário

A parábola está unida à pergunta dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo com a pergunta: “Com que autoridade fazes estas coisas?” ou seja, “Quem te concede essa autoridade?” (cf. Mt 21,23). Jesus não a responde diretamente, mas indica que Seus inimigos não estão em condições para aceitar essa autoridade. Já que negaram a João como profeta de Deus, seria difícil que O aceitassem também como profeta.
A vontade de Deus, para eles, resultava secundária diante dos fins particulares que se ocultavam sob a aparência de religiosidade. O texto de hoje distingue o verdadeiro do falso e simboliza, nas duas condutas contraditórias, o que na realidade estava ocorrendo entre os judeus da época.
Cristo começa o seu discurso com a pergunta: “Que vos parece?” A pergunta é uma chamada de atenção para um exemplo que imita, em breves parágrafos, a realidade vivida nesses instantes. Vejo aqui não uma proposta, mas sim um mandato a trabalhar na vinha. Os dois respondem a esta ordem.
A resposta do primeiro filho foi um “não quero”. Mas logo se arrependeu e foi. Legalmente ele não cumpriu seu dever; mas, na realidade, ele acatou a vontade do pai e fez o que devia ter feito.
A resposta do segundo filho – aparentemente – foi de total conformidade. Mas seus atos desmentiram sua palavra.
Qual dos dois fez a vontade do pai? Evidentemente, a resposta não poderia ser outra a não ser a daquele filho que finalmente foi trabalhar na vinha. E Jesus agora responde à pergunta com que autoridade Ele havia expulsado os vendedores do Templo, pois comenta a resposta dos chefes dos fariseus e dos anciãos afirmando rotundamente: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele”.
Tendo em vista que os publicanos e as prostitutas acreditaram em João e se converteram. Basta saber a pergunta dos publicanos que vieram a ser batizados por João: “Mestre, que devemos fazer?” (Lc 3,12). A palavra “Mestre” indica que eles acreditavam na palavra de João. Nada temos sobre as prostitutas. Sabemos, sim, que muitos publicanos e pecadores escutavam com agrado as palavras de Jesus como declara o Evangelho de Mateus 9,10 e, especialmente, em Lucas 15,1: “Todos os publicanos e pecadores estavam se aproximando para ouvi-lo”. Isso indica que estavam, no mínimo, interessados no Reino através de Jesus; o que não acontecia com os dirigentes judeus, escribas e fariseus, que só buscavam uma desculpa para poder condená-lo (Lc 6,7).
A parábola indica que os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos da justiça humana. Segundo esta, não haveria muitas possibilidades para um arrependido se tornar um novo homem. Tudo indica que os bons têm posto e lugar preferível na sociedade em todos os tempos. São os privilegiados. Porém, segundo os planos de Deus, talvez sejam os mais afastados os primeiros a escutar o Seu convite, que logicamente oferece o desejo de uma conversão: “Não vim chamar os justos; mas sim os pecadores ao arrependimento” (Lc 5,32).
Os que se consideram bons são como o fariseu que Jesus compara com o publicano na sua parábola: agradecem por serem diferentes dos demais homens numa sociedade constituída por ladrões, malfeitores e adúlteros (cf. Lc 18,11). Mas são estes últimos os que recebem a luz da fé e a justiça da conversão, os que realmente se veem a si mesmos à luz da verdade divina, que nos olha a todos como pecadores (cf. Rm 5,19) e busca nosso remédio de modo paternal (cf. Lc 15,20). Por isso, aqueles serão rejeitados e estes últimos, que imploram o perdão, serão justificados (cf. Lc 18,14).
A verdadeira justiça é um dom de Deus dado a quem sente necessidade desta virtude. Se temos dúvidas sobre a conduta divina é bom escutar as palavras de Jesus em Mateus 23, 13ss: “Ai de vós escribas e fariseus hipócritas…” Muitas dessas maldições talvez possam se dirigir a todos nós que estamos no lugar de destaque como correspondia às classes dirigentes na época de Jesus. Que devemos fazer? Admitir que nossa conduta deve se guiar pelos caminhos de Deus, ou seja, pelos caminhos da justiça.
Somos coerentes com a nossa palavra, ou pelo contrário, o nosso ‘sim’ pode ser ‘não’ e o nosso ‘não’ pode ser ‘sim’? Agir desta forma é exatamente o oposto do que fez Jesus. Ele que disse ‘sim’ ao ‘sim’ e ‘não’ ao ‘não’ (cf. Mt 5,37). Porque, se uma coisa má em si não pode ser boa apesar das boas intenções, uma intenção distorcida pode converter uma boa ação em pura hipocrisia (cf. Mt 5,2) ou em corrupta iniquidade (cf. Mt 23,28).
Agora eu lhe pergunto: com qual dos filhos você se identifica? Que autoridade você dá a Jesus em sua vida? Sua palavra é a Palavra de Deus ou a sua própria palavra é a última em suas decisões? Pense nisso. Especialmente em questão dos sete pecados capitais. Não basta dizer ‘sim’ à Palavra de Deus. É sobretudo fundamental que o meu ‘sim’ seja ‘sim’. E o meu ‘não’ seja ‘não’.
Padre Bantu Mendonça