Santos: os heróis de Deus!
Imitai-lhes o exemplo
“Considera os exemplos dos santos de todos os tempos, de ambos os sexos, de todos os estados! Que não fizeram eles para amar a Deus com um devotamento completo? Considera os mártires inquebrantáveis em suas resoluções; quantos tormentos preferiram eles sofrer a transgredir num só ponto! Olha para essas pessoas tão belas e florentes, ornamentos do sexo devoto, mais cândidas que o lírio, por sua pureza, e mais rubicundas que a rosa, por sua caridade. Umas na idade de doze, treze e quinze anos, outras com vinte e cinco anos, sofreram diversos martírios por não mudar de resolução, não só em matéria de fé, mas também no tocante à devoção, seja quanto à virgindade ou ao serviço dos pobres desamparados, seja quanto ao consolar os condenados ao suplício ou ao sepultar os mortos! Ó meu Deus, que constância mostrou esse sexo fraco em ocasiões semelhantes!
Considera os milhares de santos confessores: com que força de espírito desprezaram o mundo! Que invencível foi a sua firmeza! Nada conseguiu quebrá-la. Abraçaram sem reserva as suas resoluções e as mantiveram sem exceção. Meu Deus, que não disse Santo Agostinho de sua mãe! Com que constância observou ela seu propósito de servir a Deus fielmente, no estado matrimonial e na viuvez. Quantos impedimentos, obstáculos e acidentes sustentou e combateu Santa Paula, a filha espiritual de São Jerônimo, como ele nos refere! E que devemos nós fazer ante exemplos tão magníficos? Os santos eram o que nós somos, faziam tudo pelo mesmo Deus e trabalharam por adquirir as mesmas virtudes. Por que, pois, não faremos outro tanto em nossa condição e segundo a nossa vocação para manter o nosso propósito e protesto de pertencer só a Deus?”
(São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, Parte V, Cap. XII).
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