Evangelho (Marcos 8,1-10)
Sábado, 11 de Fevereiro de 2012
Nossa Senhora de Lourdes
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”.
4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”.
6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que o distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo.
7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não têm nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”.
4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”.
6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que o distribuíssem. E eles os distribuíram ao povo.
7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Deus Pai, na Sua infinita bondade, quis nos restituir a humanidade dando-nos o Seu Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, o Pão Vivo descido do Céu, que, a cada Eucaristia, nos alimenta e nos dá novo alento e perdão.Jesus partiu o pão. “Distribuiu-o e deu-o aos pobres”. Partiu-o por amor.
No “Sacramento do Altar”, o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1,27), fazendo-se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste Sacramento, Jesus torna-se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade. Uma vez que só “a Verdade pode nos tornar verdadeiramente livres” (cf. Jo 8,36), Cristo se faz alimento de Verdade para nós.
Com agudo conhecimento da realidade humana, Santo Agostinho pôs em evidência como o homem se move espontaneamente – e não constrangido – quando encontra algo que o atrai e nele suscita desejo. Perguntando-se ele, uma vez, sobre o que poderia em última análise mover o homem no seu íntimo, o santo bispo exclama: “Que pode a alma desejar mais ardentemente do que a Verdade?”
De fato, todo o homem traz dentro de si o desejo insuprimível da Verdade última e definitiva. Por isso, o Senhor Jesus “Caminho, Verdade e Vida” (cf. Jo 14,6), dirige-se ao coração do homem, que se sente peregrino e sedento, ao coração que suspira pela fonte da vida, ao coração mendigo da Verdade.
Com efeito, Jesus Cristo é a Verdade feito pessoa, que atrai a Si o mundo inteiro. Jesus é a “estrela polar” da liberdade humana: esta, sem Ele, perde a sua orientação, porque, sem o conhecimento da Verdade, a liberdade desvirtua-se, isola-se e reduz-se a um estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade volta a encontrar-se a si mesma.
No Sacramento da Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor, que é a própria essência de Deus. Esta é a verdade evangélica que interessa a todo o homem e ao homem todo. Por isso a Igreja, que encontra na Eucaristia o seu centro vital, esforça-se constantemente por anunciar a todos, em tempo propício e fora dele (cf. II Tm 4,2), que Deus é amor. Exatamente porque Cristo se fez alimento da Verdade para nós, a Igreja dirige-se ao homem convidando-o a acolher livremente o dom de Deus.
Bom Jesus, ainda hoje – se bem que tenhas partido o pão para nós, pobres pedintes – continuamos com fome. Parte, pois, a cada dia esse pão para aqueles que têm fome. É que hoje e todos os dias recolhemos algumas migalhas, e a cada dia precisamos novamente do nosso pão cotidiano. “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Lc 11,3). Se o Senhor não o der a nós, quem o dará? Na nossa privação, na nossa carência, não há ninguém para nos partir o pão, ninguém para nos alimentar, ninguém para nos refazer, ninguém senão o Senhor, nosso Deus. Em todo o consolo que nos manda, recolhemos as migalhas desse pão que parte para nós e saboreamos “como é doce a Sua misericórdia”.
Padre Bantu Mendonça
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