terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 1,21b-28)




Terça-Feira, 10 de Janeiro de 2012
1ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

21bEstando com seus discípulos em Cafarnaum, Jesus, num dia de sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “Que é isso? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Com este gesto de expulsão do demônio, Jesus deixa-nos uma promessa e a certeza de que “estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas” (Marcos 16,17). Por outro lado, que também muitas coisas do mal podem influenciar o nosso dia a dia, como, por exemplo, a mentira, a inveja, o orgulho, a infidelidade com o irmão, a falsidade, entre outros. Tudo isso é ação do mal dentro de nós, se nos deixarmos ser conduzidos por estes sentimentos e por essas más inclinações ficaremos longe de Deus e, ao ficarmos longe do Senhor, o nosso dia tende a ser péssimo. E se o dia é péssimo, a semana também pode ser. E, assim, o mês e o ano também podem ser péssimos!
No Evangelho de hoje, Jesus expulsa o mal de um homem. Trata-se de uma possessão e o Senhor ordena que o espírito mau se cale e, no mesmo instante, o homem é liberto. Cristo nos deixou a graça de lutarmos contra o mal, quando percebemos que estamos agindo de forma errônea devemos também repreender esse mal dentro nós. Quando começo a mentir, quando começo a sentir inveja de alguém, quando começo até mesmo a me desanimar e a me culpar eu devo dizer assim: “Senhor Jesus, em Teu nome eu repreendo todo espírito de desânimo, mentira, inveja, etc!”
Percebam que o nome de Jesus deve vir em primeiro lugar, assim evitaremos lutar diretamente contra o mal. Por isso, dizemos o nome de Jesus “em primeiro lugar”, pois assim O colocamos à nossa frente. Desse modo, o próprio Senhor vai combater o espírito mau que nos guia para fazer uma ação contra alguém ou contra nós mesmos.
Podemos também repreender em nome de Jesus todas as pragas lançadas contra nós, todos os olhares que são lançados contra nós, dizendo: “Senhor Jesus, em Teu nome eu repreendo essas palavras e esses olhares”.
O ensinamento de hoje é muito importante para o nosso dia a dia, devemos colocar Jesus sempre à frente, se assim não o fizermos acumularemos fracassos, derrotas atrás de derrotas, porque estaremos aceitando o mal em nós e nosso dia será ruim e assim sucessivamente. Razão pela qual Jesus nos disse que todos esses milagres acompanharão aqueles que acreditarem em Seu nome. Por isso a partir de hoje proclame o nome de Jesus na sua vida, em tudo repreenda a ação do mal “e o inimigo fugirá de vós”(Tiago 4,7).
A autoridade com que Jesus falava e realizava milagres chamava a atenção das pessoas. Embora houvesse muitos mestres e se tivesse notícia de indivíduos capazes de operar prodígios, Ele se distinguia de todos os demais. Não era um “milagreiro” qualquer, nem um rabi como tantos outros. Em que consistia a originalidade de Cristo?
As palavras e as ações de Jesus apontavam para algo que O superava. Não correspondiam àquilo que se podia esperar de um ser humano comum. Por exemplo, o modo como se defrontava com os espíritos imundos, e os submetia destemidamente, tinha algo de insólito. O segredo de tudo isso é que Jesus era detentor de um poder recebido de Deus. Era o Pai mesmo quem agia por meio do Filho. Por isso, o povo percebia existir algo de especial no que Ele fazia. O próprio Jesus afirmava não agir por conta própria, e sim, por iniciativa divina. Jamais dissera estar n’Ele a fonte de Seu poder. Antes, buscava sempre levar Seus ouvintes e espectadores a atribuir a Seu Pai tudo o que viam e ouviam. As ações do Mestre eram verdadeira revelação do Pai.
Ao constatar que Jesus ensinava, com autoridade, uma doutrina nova, as pessoas podiam reconhecer, logo, a ação de Deus no meio delas.
E quando você fala, o que as pessoas reconhecem nas suas palavras?
Padre Bantu Mendonça

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