quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Santa do Dia Santa Maria Bertilla Boscardin

Santa Maria Bertilla Boscardin

Uma simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça divina vai manifestar-se em cada detalhe da nossa vida.

A prova disso foi a beatificação de irmã Maria Bertilla pelo papa Pio XII, em 1952, quando ele disse: "É uma humilde camponesa". Maria nasceu em 6 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália, e recebeu o nome de Ana Francisca no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e das filhas de agricultores dessa época.

Aos dezessete anos, mudou o modo de encarar a vida e ingressou no Convento das irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, quando adotou o nome de Maria Bertilla. Paralelamente, estudou e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe.

Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na oração e na obediência. Isso se refletia na caridade com que se relacionava com todos: doentes, médicos e superiores. Mas era submetida a constantes humilhações por parte de uma superiora.

Depois, foi enviada para trabalhar no hospital de Treviso, mais ao norte do país. Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando, além de enfrentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma também. Logo foi operada de um tumor e, antes que pudesse recuperar-se totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra vez. As humilhações pessoais continuavam, agora associadas às dores físicas.

Na época, estourou a Primeira Guerra Mundial: a cidade de Treviso ocupava uma posição militar estratégica, estando mais sujeita a bombardeios. Era uma situação que exigia dedicação em dobro de todos no hospital. Irmã Maria Bertilla surpreendeu com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfermeira no tratamento dos feridos de guerra.

Porém seu mal se agravou e, aos trinta e quatro anos, sofreu a segunda cirurgia, mas não resistiu e morreu, no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso.

O papa João XXIII canonizou-a em 1961. O culto em sua homenagem ocorre no dia de sua morte. Junto à sua sepultura, na Casa-mãe da Congregação em Vicenza, há sempre alguém rezando porque precisa da santa enfermeira para tratar de males diversos, e a ajuda, pela graça de Deus, sempre chega.

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