quinta-feira, 15 de março de 2012

Salmo

Santo do Dia

Santa Luísa de Marillac

Luísa nasceu em 12 de agosto de 1591, filha natural de Luís de Marillac, senhor de Ferrières, aparentado com a nobreza francesa, cujas posses permitiram dar à filha uma infância tranqüila. A menina aos três anos foi para o Convento Real de Poissy, em Paris onde recebeu uma educação refinada, quer no plano espiritual, quer no humanístico. 

Porém, seu pai morreu quando ela tinha treze anos, sem deixar herança e, felizmente, nem dívidas. Nessas circunstâncias Luísa foi tirada do Convento, pela tia Valença, pois os Marillac não se dispuseram custear mais sua formação. Ela desejava dedicar sua vida à Deus, para cuidar dos pobres e doentes, mas agora com a escassez financeira teria de esperar para atingir esse objetivo. 

Durante dois anos viveu numa casa simples de moças custeando-se com trabalhos feitos em domicílio, especialmente bordados Ela tentou ingressar no mosteiro das capuchinhas das Filhas da Paixão que acabavam de chegar em Paris, mas foi rejeitada pela aparência de saúde débil, imprópria para a vida de mosteiro. Depois disso viu-se constrangida a aceitar um casamento que os tios lhe arranjara. Foi com Antonio de Gràs, que trabalhava como secretário da rainha. Com ele teve um filho, Miguel Antonio. Viveu feliz, pois o marido a respeitava e amava a família. E se orgulhava da esposa que nas horas vagas cuidava dos deveres de piedade, mortificando-se com jejuns freqüentes, visitando os pobres, os hospitais e os asilos confortando a todos com seu socorro. Até que ele próprio foi acometido por grave e longa enfermidade e ela passou a se dedicar primeiro à ele sem abandonar os demais. Mas com isso novamente os problemas financeiros voltaram. 

Nesse período teve dois grandes conselheiros espirituais: Francisco de Sales e Vicente de Paulo, ambos depois declarados Santos pela Igreja. Foi graças à direção deles, que pôde superar e enfrentar os problemas que agitavam o seu cotidiano e a sua alma. Somente sua fé a manteve firme e graças à sua força, suplantou as adversidades, até o marido falecer, em 1625 e Miguel Antonio foi para o seminário. 

Só então Luísa pôde dedicar-se totalmente aos pobres, doentes e velhos. Isso ocorreu porque Vicente de Paulo teve a iluminação de colocar-la à frente das Confrarias da Caridade, as quais fundara para socorrer as paróquias da França, e que vinham definhando. Vicente encarregou-a de visita-las, reorganiza-las, enfim dinamiza-las, e ela o fez durante anos. 

Em 1634 Luísa, com ajuda e orientação de Vicente de Paulo, fundou a Congregação das Damas da Caridade, inicialmente com três senhoras da sociedade, mas esse núcleo se tornaria depois uma Congregação de Irmãs. Isso o porque serviço que estas Damas prestavam aos pobres era limitado pelos seus deveres familiares e sociais e pela falta de hábito aos trabalhos humildes e fatigantes. Era necessário colocar junto delas, pessoas generosas, livres e totalmente consagradas a Deus e aos pobres. Mas na Igreja não existiam porque a vida de consagração para as mulheres estava concebida apenas como vida de clausura. Então, Vicente e Luísa, em 1642 ousaram e, criam as Irmãs dos Pobres, as Filhas da Caridade, a quem foram confiados os doentes, os enjeitados, os velhos, os mendigos, os soldados feridos e os condenados às prisões. 

Nascia um novo tipo de Irmã, com uma missão inédita para aqueles tempos: uma vida consagrada em dispersão pelos caminhos do sofrimento humano, assim estava criada a Congregação das Irmãs Filhas da Caridade, em 1642. Na qual Luísa fez os votos perpétuos, sendo consagrada pelo próprio Vicente de Paulo. A obra, sob a direção dela foi notável. Quando Paris foi assolada pela guerra e peste, em 1652, as Irmãs chegaram a atender quatorze mil pessoas, de todas as categorias sociais, sendo inclusive as primeiras Irmãs a serem requisitadas para o atendimento dos soldados feridos, nos campos de batalhas. 

Luísa morreu em 15 de março de 1660. Foi beatificada em 1920, e canonizada pelo Papa Pio XI, em 1934. Suas relíquias repousam na Capela da Visitação da Casa Matriz das Irmãs da Caridade, em Paris, França. Santa Luísa de Marillac foi proclamada Padroeira das Obras Sociais e de todos os assistentes sociais, pelo Papa João XXIII, em 1960.

Evangelho do Dia


 Evangelho  (Lucas 11,14-23)  

Quinta-Feira, 15 de Março de 2012
3ª Semana da Quaresma




— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.
16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra.
18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.
20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou.
23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
“Jesus estava expulsando um demônio que era mudo” (Lucas 11,14). Diante disso, testemunhas oculares habituadas às  práticas ocultas se questionaram sobre “em nome e poder de quem” Jesus estaria atuando.
Cristo acabara de libertar aquele homem do poder de satanás. Vendo agora o homem curado e liberto, uma parte da multidão – impávida e pasmada – exclamava: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios” (Lucas 11,15).
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediram que Ele fizesse um milagre para mostrar que o Seu poder vinha de Deus.
A atitude de Jesus, como sempre, é oportuna. Ele age na hora e no momento certo. Portanto, “Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, afirma: ‘Todo o reino dividido acaba por se arruinar a si mesmo; a família que se divide em grupos que lutam entre si também acaba por ser destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Se vós dizeis é por Belzebu que eu expulso demônios. Por quem os expulsam os vossos mestres. Assim, os vossos seguidores provam que vós estais completamente enganados. Na verdade, é pelo poder de Deus que eu expulso demônios. O que prova que o Reino de Deus está no meio de vós’” (Lucas 11,17-20).
E Jesus ainda acrescenta: “Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele. Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando” (Lucas 11,21-23).
A prática libertadora de Jesus, restaurando a dignidade das pessoas, suscita, por um lado, a admiração das multidões; por outro, a repressão dos chefes religiosos de Israel.
Jesus afirma que veio para libertar todos que estão retidos sob o poder do maligno, pois é preciso que todos saibam que é em nome e no poder de Deus que Jesus veio, tornando presente o Reino de Seu Pai entre nós.
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 14 de março de 2012

Aniversariante do dia Cledineide do Grupo de Jovens Nova Geração

Parabéns Cledineide!!!
Nós que fazemos parte do grupo de jovens Nova Geração,
te desejamos muitas felicidades e muitos anos de vida.
Que Deus te abençoe hoje e sempre!!!
Graça e Paz!!!

Salmo

Santo do Dia


                                                                          Santa Matilde 


 
Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses. Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

Evangelho do Dia

Evangelho (Mateus 5,17-19)

Quarta-Feira, 14 de Março de 2012
3ª Semana da Quaresma


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra.
19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
Para Jesus a lei moral é obra da sabedoria divina. Por isso, podemos defini-la – em sentido bíblico – como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela descreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à bem-aventurança prometida pelo Senhor e lhe proíbe os caminhos do mal que o desviam de Deus e do Seu amor. Ao mesmo tempo, firme nos Seus preceitos e amável nas Suas promessas, eis a razão do porquê Jesus diz: “O céu e a terra passarão; porém, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento”.
Portanto, a questão da obediência aos mandamentos divinos – ou tudo quanto Deus ordena – não visará à salvação, pois entra no campo da santificação, e não da justificação. Entender o papel da Lei como meio de salvação seria um uso “ilegítimo” dela (cf. 1Timóteo 1,8).
O fracasso espiritual de Israel, que motivou sua rejeição como propriedade de Deus, não estava na Lei que é perfeita, santa, justa, boa, espiritual e prazerosa (Salmo 19,7; Romanos 7,12.14. 22), mas na atitude de autoconfiança do povo quanto às suas possibilidades de obedecê-la plenamente. Por isso é que Jesus, dirigindo-se ao povo, diz : “Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo“. Assim, Ele ressaltou os princípios básicos da Lei divina como sendo “amor a Deus sobre todas as coisas” e “amor ao próximo como a si mesmo” (Mateus 22,36-40).
Com pouca margem de erro, eu diria que há preceitos de caráter cerimonial, civil e moral na Lei divina, independentemente de ocorrer tal linguagem “técnica” nas páginas bíblicas, fato reconhecido por confissões de fé e autoridades cristãs de diferentes confissões do passado e do presente. Em toda a Lei está a defesa da vida que, afinal, é um dom de Deus.
No “Sermão da Montanha” (Mateus 5 a 7), bem como no “diálogo com o jovem rico” (Mateus 19,16ss), Cristo, ao tratar do verdadeiro espírito da Lei, nos lembra que Deus leva em conta não só a mera obediência a Seu texto, mas as reais e íntimas intenções do indivíduo quanto a tal obediência.
Nenhum dos mandamentos da Lei de Deus têm aplicação limitada a Israel. O próprio princípio do sábado foi estendido aos “filhos dos estrangeiros” (Isaías 56,2-8), e todas as pessoas de todas as nacionalidades têm necessidade de um dia regular de repouso, daí por que “o sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2,27).
No novo concerto, os princípios básicos da Lei divina são escritos por Deus nos corações e mentes dos Seus filhos – judeus ou gentios – nos moldes do que havia sido prometido ao antigo Israel em Ezequiel 36,26-27 e Jeremias 31,31-33.
Nos debates de Cristo com os escribas e fariseus sobre o sábado, o Senhor está corrigindo a prática extremada e insensível deles no que se refere ao Decálogo [dez mandamentos], mas não combatendo uma norma estabelecida por Ele próprio como Criador e Legislador (ver Mateus 12,1-12; Heb 1,2).
João, em Apocalipse 1,10 refere-se ao “Dia do Senhor” – que para nós católicos é o domingo – como sendo um dia especial dedicado a Deus. Portanto, Ele mantinha um dia especial de observância, como estabelecido no 3º mandamento da Lei de Deus: santificar os domingos e festas de guarda.
Padre Bantu Mendonça