sábado, 29 de outubro de 2011

Santo do Dia São Caetano Errico

                      São Caetano Errico

A cidade de Secondigliano, grande e populosa, do norte de Nápoles, Itália, é mais conhecida como uma região de mafiosos do que de santos.

Os problemas dos seus habitantes são inúmeros, entre os quais estão as facções da máfia, a corrupção social e política que, somados, desestruturam o sistema de serviços e a consciência, propiciando a formação de gangues de todos os tipos de tráficos. Mas ela também tem boas obras. Como a de padre Caetano Errico, que fundou, em 1833, a Congregação dos "Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria".

A estátua de padre Caetano é bem visível de qualquer ângulo da cidade. Com a mão direita, ele abençoa; com a esquerda, empunha o crucifixo. A sua figura é imponente, não apenas pela beleza plástica da escultura. Ele era, realmente, um homem grande, alto e bem forte, um gigante na santidade e na figura humana.

Em 1791, essa cidade era pequena, uma planície com muito ar puro e úmido no final da tarde, chamada de Casale Régio da Cidade de Nápoles. Foi nesse ano que Caetano Errico nasceu, no dia 19 de outubro, o segundo dos nove filhos de Pasqual, modesto fabricante de macarrão, e de Maria. Quando mostrou vocação para a vida religiosa, logo obteve apoio da família. Aos dezesseis anos, ingressou no seminário e, em 1815, recebeu a ordenação sacerdotal.

Desde então, seu apostolado foi todo feito na igreja paroquial de São Cosme e São Damião, da sua cidade natal.

Em 1818, durante a pregação, teve inspiração divina para fundar uma congregação religiosa. Iniciou, imediatamente, pela construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores. Entre inúmeras dificuldades, a igreja foi erguida e abençoada doze anos depois, em 1830. Mas teve de esperar outros cinco anos para adquirir a imagem de madeira de Nossa Senhora das Dores e colocá-la no altar, onde permanece até hoje.

Além do trabalho pastoral da igreja, agora Caetano se ocupava com a construção da Casa para abrigar a nova congregação de padres. Decidiu que seria dedicada em honra dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. E nela empenhou toda a sua vida, que durou sessenta e nove anos de idade. Morreu em 29 de outubro de 1860.

Padre Caetano Errico foi homem de oração, de penitência, dedicava muito tempo ao atendimento das confissões e auxiliava materialmente, com suas obras, os marginalizados e pobres de toda a cidade e redondeza. Hoje, essa herança é distribuída através dos padres Missionários dos Sagrados Corações. Mas a memória e veneração a padre Caetano está muito presente e ainda é muito forte na população.

O culto e as graças atribuídas à sua santidade começaram quando ele ainda estava no seu leito de morte. Tanto que no interior da Casa-mãe da Congregação foi preciso instalar um museu para abrigar as doações dos elementos testemunhais dos devotos, que lembram as graças alcançadas. E é curioso como o povo não permite que a imagem do fundador seja retirada do altar, onde foi colocada, para a sua simples apresentação, quando chegou. Era para ficar no museu, mas todos a querem ver ali, ao lado de Nossa Senhora das Dores.

O papa João Paulo II proclamou bem-aventurado Caetano Errico em 2002, e designou o dia de sua morte para a homenagem litúrgica.

Evangelho do Dia

Lucas 14,1.7-11
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.


Breve comentário
Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido: “Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente”. Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios, hipocrisia e falsidade. Com estes significados negativos, o termo fariseu passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.
Semelhante ideia dos fariseus não é correta. No entanto, entre eles havia, certamente, muitos elementos que respondiam a esta imagem, por isso Cristo os enfrentou. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3,1; 7,50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e, certamente, era uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5,34ss).
As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da Lei. Alguns, como neste caso, inclusive O convidam para uma refeição em sua casa. Hoje, considera-se que mais do que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.
Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo fariseu em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.
Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos convidados e outro para o anfitrião. Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de Seus discípulos): “Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…”. É o que o próprio Jesus fez, quando convidou para o grande banquete do Reino os pobres, os aflitos, os humildes, os famintose os perseguidos.
Nesta ocasião, quero deter-me a meditar sobre o que Jesus disse aos convidados: “Se o convidam a um banquete de bodas, não se coloque no primeiro lugar…”. Jesus não quer dar conselhos de boa educação nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe em uma fila com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.
Na vida, Jesus escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais do que a Si mesmo. Seja modesto na hora de avaliar seus méritos, deixe que sejam os demais quem os reconheçam e não você – “ninguém é bom juiz em causa própria”, – e já desde esta vida Deus lhe exaltará. Ele lhe exaltará com Sua graça, lhe fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de Seu Filho, que é o que realmente importa.
Ele lhe exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus “se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo” (cf. Salmo 107,6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera, conquista e faz com que a pessoa seja amada, faz com que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja acolhida.
Vivemos numa sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez “pisoteando” – sem escrúpulos – a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por muitos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.
“Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por Ti”.
Padre Bantu Mendonça




sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Hoje faz um mês da criação desse blog!


1° mês, e mais de 1.300 acessos Deus seja louvado!
Deus abençoe a cada um de vocês que com muito carinho segue e acessa esse blog!

Graça e Paz!

Convite


Hoje por ser a última sexta feira
 do mês como de costume,
Convidamos você para junto conosco
 vivenciar um belíssimo momento de oração
 e adoração ao Santíssimo Sacramento.
Será ás 19:00hs na casa de catequese.

Venham participem! 
Jesus espera por você!
Graça e Paz!

Santo do Dia São Judas Tadeu

São Judas Tadeu

Judas, apóstolo que celebramos hoje, para não ser confundido com Judas Iscariotes, "apóstolo da perdição", o traidor de Jesus, foi chamado nos evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa festejado. Tadeu quer dizer peito aberto, destemido, melhor ainda, magnânimo.

Era natural de Caná da Galiléia, na Palestina, filho de Alfeu, também chamado Cléofas, e de Maria Cléofas, ambos parentes de Jesus. O pai era irmão de são José; a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto Judas era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus.

Os escritos cristãos dessa época revelam mesmo esse parentesco, uma vez que Judas Tadeu seria um dos noivos do episódio que relata as bodas de Caná, por isso Jesus, Maria e os apóstolos estariam lá.

Na Bíblia, ele é citado pouco, mas de maneira importante. No evangelho de Mateus, vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Enquanto nas escrituras de João ele é narrado mais claramente. Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu-lhe que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres.

Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo Evangelho. Depois, foi para a Samaria e, próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos.

Conta a tradição que percorreram juntos as doze províncias do Império Persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte, os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens.

Ao certo, o que sabemos é que o apóstolo Judas Tadeu tornou-se um mártir da fé, isto é, morreu por amor a Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que os pagãos se convertiam. Os sacerdotes pagãos, furiosos, mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70.

Os restos mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois na França, agora são venerados em Roma, na Basílica de São Pedro. Considerado pelos cristãos o santo intercessor das causas impossíveis, foi a partir da devoção de santa Gertrudes que essa fama ganhou força no mundo católico. Ela, em sua biografia, relatou que Jesus lhe aconselhou invocar são Judas Tadeu até nos "casos mais desesperados". Depois disso, aumentou o número de devotos do seu poder de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido.

A festa de são Judas Tadeu é celebrada no dia 28 de outubro, tanto na Igreja ocidental como na oriental. No Brasil, é um evento que altera toda a rotina do país, pois são multidões de católicos que querem agradecer e celebrar o querido santo padroeiro nas igrejas.

Evangelho do Dia

LUCAS 6,12-19
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.


Breve comentário
A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía d’Ele e curava a todos.
Ao longo da história, tivemos homens que gozaram de muitos prestígios entre suas nações. Temos como exemplo concreto a festa dos santos de hoje: Simão e Judas Tadeu, membros da equipe que Jesus escolheu, a quem Ele deu o nome de apóstolos.
Mas, afinal, por que estes homens – e tantos outros – seguiram Jesus? Porque Ele é o Senhor, porque Jesus é o amor. Ele, o único Deus que desceu até nós, curou-nos de todas as imundícies do mundo. Jesus foi e é o único dentre todos que morreu em uma cruz por nós. Por isso, não devemos ter outro Senhor além d’Ele!
As pessoas procuravam tocar em Jesus para serem curadas, exorcizadas e libertas de todo mal.
Onde estava e de onde saía a força que curava a todos? Esta força que a todos curava não estava nem saía de braços ou de armas, mas estava no amor que existia e existe dentro de Cristo. Assim como os apóstolos e toda a multidão, somos chamados a tomar posse deste amor.
Se realmente queremos ser curados e salvos, é preciso tocar em Jesus nos nossos dias. Você poderá me perguntar: “Mas como tocá-Lo nos dias de hoje?” Eu lhe responderei:“Podemos, sim, e devemos tocá-Lo na Eucaristia, pois Deus se fez pão para se dar em alimento. Morto, matou de uma vez por todas a nossa morte. Ressuscitando, restaurou-nos para a vida eterna!”
De fato, nós custamos caro a Deus. O preço da nossa redenção foi o sangue de Seu próprio Filho. Por isso, quando deixamos de buscar Jesus para buscarmos outros que não nos podem dar a salvação, nós O desagradamos profundamente. Quando nos apegamos em outras religiões, em outras filosofias de vida, é o mesmo que dizer a Jesus que não valeu a pena Ele ter morrido numa cruz por nós.
Jesus é o único Senhor de nossas vidas. Abandone tudo aquilo que o afasta d’Ele! Eu citei líderes e fundadores de religiões, mas, dentro de nós, também criamos nossas próprias religiões como o álcool, o cigarro, as baladas, as drogas, a mentira, o adultério, o apego aos bens materiais… Tudo isso e muito mais, aos poucos, vai tomando o lugar que deveria ser de Jesus.
Ore comigo: “Jesus, quanto amor o Senhor tem por mim! Ninguém no mundo derramou tanto amor, tanta alegria nos corações como o Senhor. Que bom que existiram, ao longo dos séculos, homens bons que moveram nações, porém, nenhum deles foi ou é capaz de ensinar o verdadeiro caminho, de dar-nos a verdadeira salvação, de dar-nos a vida em abundância. Jesus, és o meu único Senhor! Ajuda-me neste caminho em busca do céu. Ajuda-me a alcançar a santidade, a ser mais santo e a viver sua Palavra. Sei que só conseguirei com a sua ajuda. Assim como aquela multidão procurava tocar no Senhor, deixe que também eu O toque para que, assim, seja curado e salvo da condenação eterna. Amém!”
Padre Bantu Mendonça