sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Santo do Dia

                                                São João Nepomuceno Neumann

São João Nepomuceno Neumann São João Nepomuceno Neumann, natural de Boêmia, nasceu no ano de 1911. Ao ser despertado para o chamado à vida sacerdotal, fez toda a sua formação, mas foi acolhido nos Estados Unidos, em Nova York, pelo Bispo Dom João. Ali, foi ordenado. Como padre, buscou ser fiel à vontade do Senhor. São João pertenceu a congregação dos padres redentoristas e, ao exercer vários cargos, sempre foi marcado pelo serviço de humildade, de ser servo de Deus e servir ao Senhor por amor aos irmãos.

O Espírito Santo pôde contar com ele também para o episcopado, ser um dos sucessores dos apóstolos. Como bispo, participou em cerca de oitenta igrejas e cerca de cem colégios; até a própria Sé, na Filadélfia, foi construída através do seu serviço, do seu ministério episcopal.

São João Nepomuceno Neumann, modelo de pastor e defensor da liberdade que salva e liberta. Uma imagem, um reflexo do Bom Pastor.

Em 1960, ele partiu para a glória do Senhor.

São João Nepomuceno Neumann, rogai por nós!


Fonte:Liturgia Diária

Evangelho do Dia


Evangelho (João 1,43-51)

Sábado, 5 de Janeiro de 2013
Antes da Epifania

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo +… segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 43Jesus decidiu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse: “Segue-me”. 44Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. 45Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”.
49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
Comentário
Uma das coisas fascinantes do Evangelho de João é que ele nos apresenta muitas histórias de vidas transformadas por Jesus. São vidas de pessoas simples com as quais podemos facilmente nos identificar. Uma dessas pessoas é Natanael.
Se você ler cuidadosamente os quatro Evangelhos, perceberá que Natanael não é mencionado por Mateus, Marcos ou Lucas. João foi o único que se deu o trabalho de registrar algo sobre ele. Talvez porque a vida daquele homem, aparentemente, não significasse muita coisa, mas João é assim. Ele nos dá detalhes que os outros evangelistas não apresentam.
Analisemos, hoje, o chamado de Jesus a Natanael. Este incidente é um drama em três atos: o convite, a bênção e a promessa.
No primeiro ato, Filipe encontra Natanael e lhe diz: ”… Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e a quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José” (João 1,45). Você não precisa mais passar pela vida sem esperança. Ninguém precisa mais humilhar você. O sofrimento, a dor, o vazio do coração, tudo chegou ao fim, porque “achamos o Messias”.
Este é o convite a uma nova experiência. Sair da morte para a vida, das trevas para a luz, da tristeza para a alegria. E note bem: o convite não vem diretamente de Jesus a Natanael. Filipe foi o instrumento que Deus usou para alcançar um homem perdido na confusão de suas limitações humanas.
Deus sempre usa instrumentos humanos para alcançar outros seres humanos. Primeiro, você tem um encontro pessoal com Cristo e sua vida muda. Então, você parte em busca de outras pessoas para contar as maravilhas que Jesus operou em sua vida. Quem diria que, naquele dia, o testemunho fiel de Filipe levaria a notícia da vinda do Messias a todo Israel? E o que teria sido de Natanael se Filipe tivesse sentido medo de falar ou estivesse tão ocupado com outras coisas, que não tivesse tido tempo para procurar um amigo e falar de Jesus?
O chamado de Natanael nos ensina também a grande lição de que Jesus nunca buscou pessoas sem dúvidas, interrogações e questionamentos. Portanto, se você, neste momento, está lendo esta homilia com dúvidas, você é uma das pessoas que Jesus está buscando. Por que não abrir seu coração para Ele?
Jesus viu Natanael se aproximar. Aqui está a figura do Pai que viu o filho pródigo aproximar-se sujo, imundo e cheirando a porco. Jesus disse: “Eis um verdadeiro israelita!”. Para entender isto, precisamos tirar luz do Antigo Testamento. O primeiro israelita foi Jacó, depois que Deus lhe mudou o nome. Jacó queria dizer usurpador, enganador, mentiroso, falsário. Mas a diferença do velho Jacó, é que em Natanael não há dolo, seu passado está completamente apagado. Suas raízes foram esquecidas. Sua história começou de novo. Esta é uma das coisas maravilhosas que o Evangelho tem. Não importa quem foi você, nem como você viveu quando não conhecia a Cristo. Sua vida começa quando você entrega o coração a Jesus. Você entende? Neste momento, você pode ter todo seu passado apagado pela graça de Jesus.
Ele estava apenas reconhecendo o que Natanael era ou estava descrevendo o que, pela sua graça, poderia chegar a ser?
Na realidade, Deus viu Natanael antes dele nascer, desde o ventre de sua mãe. Ah, querido, Deus conhece tudo! Às vezes, quando as sombras desta vida nos envolvem, quando tudo dá errado e nos sentimos sozinhos, a tendência humana é pensar: “Deus me abandonou, Ele se esqueceu de mim, Ele ignora o que está acontecendo comigo”. Mas isso não é verdade. O Senhor conhece você desde o momento de sua concepção e o melhor de tudo é que Ele tem um plano extraordinário para sua vida.
Mas você precisa cair aos pés de Jesus como Natanael e exclamar: “Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Perceba estes dois conceitos que vão juntos: Filho de Deus e Rei.
Enquanto Natanael não reconhecia Jesus como Filho de Deus, por que iria adorá-Lo? No momento em que reconheceu a natureza divina do Filho, imediatamente O aceitou também como Rei. É Jesus o Rei da sua vida? Pense antes de responder! Jesus reina absoluto e soberano em sua vida?
Que grande dia aquele para Natanael! De manhã não passava de um homem cético, preconceituoso, vazio, desajustado e sem perspectivas futuras. Mas Jesus o buscou por intermédio de Filipe. Encontrou-o, tocou sua vida, apresentou-lhe o convite, deu-lhe a bênção e mostrou-lhe a promessa. Natanael caiu aos pés de Jesus e O reconheceu como Deus e Rei; a partir daí, novos horizontes se abriram para o jovem israelita.
Está sentado como Natanael? Seu coração treme mesmo não querendo? Sua mente luta para aceitar? Suas dúvidas, interrogações e questionamentos parecem pedras que dificultam o caminho em direção a Jesus? Clame por ajuda aí onde você está.
Padre Bantu Mendonça


Fonte:Liturgia Diária

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Santo do Dia

                              São Dâmaso

São DâmasoOcupou a Sé de Roma de 366 a 384. Foi natural, ou pelo menos originário, da antiga Hispânia. O Livro Pontifical, não muito posterior, dá-o como hispanus. Seu pai e uma irmã ao menos, Santa Irene, viveram também em Roma. Lá, S. Dâmaso erigiu uma Basílica a S. Lourenço, que recebeu o cognome de in Damaso.
Viveu num período de grande agitação para a Igreja. No tempo de seu Pontificado, era Bispo de Milão o grande Santo Ambrósio e São Jerônimo punha sua formidável inteligência ao serviço da Igreja. São Dâmaso teve que enfrentar um cisma causado por um antipapa, isto no início do seu Pontificado. Infelizmente este não consistiu no único problema para Dâmaso, já que teve de combater o Arianismo, que negava a consubstancialidade de Cristo com o Pai. Sendo ele Papa, chegou quase a extinguir-se a heresia ariana. O Imperador Teodósio, se não encontrou nele um indomável mestre de moral como Santo Ambrósio, encontrou um Papa que afirmou sempre, com serena firmeza, a "autoridade da Sé Apostólica". Dâmaso fez de tudo pela unidade da Igreja, e para deixar claro o Primado do Papa, pois foi o próprio Cristo quem quis: "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18) .
O Papa Dâmaso esteve no II Concílio Ecumênico onde aconteceu a definição dogmática sobre a Divindade do Espírito Santo. Foi ele quem encarregou São Jerônimo na tradução da Bíblia da língua original para o latim, língua oficial da Igreja. Conhecido como o "Papa das Catacumbas", São Dâmaso foi responsável pela zelosa restauração das catacumbas dos mártires. Em Roma, conseguiu separar Estado e Paganismo. A sua obra foi paciente e oculta, mas não medíocre nem definhante. Soube ligar à Sé apostólica todas as Igrejas e obteve do poder civil o maior respeito.
São Dâmaso, o Papa mais notável do século IV, veio a falecer em 384. Na chamada Cripta dos Papas, por ele explorada nas Catacumbas de S. Calisto, no fim de uma longa inscrição, escreveu: "Aqui eu, Dâmaso, desejaria mandar sepultar os meus restos, mas tenho medo de perturbar as piedosas cinzas dos santos". Humildade e discrição de um Papa verdadeiramente santo, que de fato preparou para si a sepultura longe, num local solitário, à margem da Via Ardeatina.
São Dâmaso, rogai por nós!

Fonte:Litugia Diária

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 18,12-14)

Terça-Feira, 11 de Dezembro de 2012
2ª Semana do Advento


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?
13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
Comentário
Quem tem fé espera com alegria a vinda do Senhor. Nada poderá nos arrancar a alegria que brota da fé esperançosa n’Aquele que vem ao nosso encontro para nos resgatar das garras do inimigo.
Mateus, no capítulo 18, reúne uma série de textos sob a forma de sentenças e parábolas, com a finalidade de orientar as novas comunidades que estão na origem da Igreja para um convívio fraterno, pacífico, misericordioso e acolhedor. A Palavra de hoje integra este conjunto de textos e pode ser encontrada também no Evangelho de Lucas.
No contexto de Lucas, entretanto, a parábola é dirigida aos fariseus e escribas que censuravam Jesus por receber e comer com os considerados pecadores. A ovelha perdida, depois reencontrada com alegria e reintegrada ao rebanho, exprime a missão de Jesus em acolher e restaurar o convívio comunitário daqueles excluídos e julgados “pecadores” pelo sistema religioso e social. Já aqui, no Evangelho de Mateus, a parábola é aplicada no sentido de acentuar que Deus não deseja a exclusão de ninguém da comunidade. N’Ele vemos também o rosto do verdadeiro Deus, que é Pai e se alegra quando reúne junto d’Ele todos os filhos dispersos pelo mundo contra ou não a Sua vontade.
A ovelha extraviada é algum membro da comunidade que se desviou e excluiu Deus da sua vida, ou abandonou a comunidade à qual pertence. Eu, você e a comunidade em geral somos convidados a apoiar qualquer irmão em crise. O que nos impele a proceder desta forma para com o irmão e a irmã que se extraviou é que o nosso Pai, que está nos céus, não deseja nem quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva.
Deixe-se encontrar pelo Bom Pastor, pois com Ele você terá a vida em abundância. Não diga que tudo está perdido, que a sua vida já não tem mais solução. Deus está procurando por você, basta só se deixar amar por Ele e conhecerá o sentido e o sabor da sua vida.
Aliás, o plano de Deus é que todos os homens conheçam a verdade e, conhecendo-a, possam salvar-se. Portanto, para Jesus, quando a ovelha é reencontrada e reconduzida ao rebanho, a alegria que o dono sente é menor do que a de Deus ao ver o Seu Filho que estava perdido e foi encontrado, estava morto e agora vive.
O texto de hoje tem como escopo fundamental a alegria por encontrar a ovelha perdida, muito maior do que aquela pelas ovelhas que estão juntas e presentes. É urgente o anúncio ardoroso e a dedicação ao Evangelho nos nossos dias, para que possamos descobrir e encontrar quem está à margem da comunidade e do Reino. Pois ela é o lugar da acolhida, do serviço, da valorização recíproca e do perdão com Deus e com os irmãos. Que o Tempo do Advento seja propício para mim e para você no ardor pela Palavra de Deus.
Padre Bantu Mendonça

Fonte:Liturgia Diária
 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Salmo


Santo do Dia

Santo André
Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia. 

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. 

A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. 

Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus. 

André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exatidão. 

Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local. 

André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus". 

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa. 

O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.




Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 4,18-22)
Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012 
Santo André



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
‘Ano da Fé’ é tempo de estreitarmos os nossos laços de amizade com Jesus: «Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando» (Jo 13,14). E, como sabemos, o que difere o amigo de um simples servo executor de tarefa será sempre o conhecimento de causa.
Mas como, então, chegar a este nível de relacionamento, no qual a obediência passa a ser expressão de amor cheio de fé? O Evangelho de Mt 4,18-22 aponta-nos uma via segura, trilhada pelos primeiros escolhidos da Nova e Eterna Aliança.
No contexto da perícope citada, Jesus já havia iniciado o Seu ministério na Galileia, anunciando a proximidade do Reino dos Céus (cf. Mt 4,17), quando lança um olhar de eleição e conhecimento sobre a realidade de quem Ele queria compartilhando o Seu destino de vida e missão: «Jesus viu os dois irmãos: Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,18-19). Assim, o evangelista apresenta-nos diversos passos que podem ser traduzidos pelos verbos: ver, seguir e fazer.
Diferentemente dos mestres judeus que eram procurados pela cultura e santidade que apresentavam, o Sábio e Santo Jesus é quem toma a iniciativa de procurar as ovelhas para transformá-las em pastores e apóstolos, n’Ele o Pastor Eterno e Apóstolo do Pai.
Jesus, em tudo, comunicou o movimento da Trindade-Amor em relação à humanidade: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o Seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10). Por isso Ele, sem merecermos, nos dirige a Sua Palavra chamando, porque ama e, amando, porque chama: «Segui-me».
Estas palavras dirigidas aos primeiros continuam a penetrar a história da humanidade e os corações que se deixam conquistar por tão grande proximidade: «Tu me seduziste Senhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste» (Jr 20,7). Amor rico em promessas: «… eu farei de vós». Assim, no pessoal – «eu»- , Ele aceita bondosamente capacitar aqueles que são olhados e chamados.
Mas com que finalidade? Resposta: para participarmos do cumprimento das promessas de Deus novas e antigas: «Mas agora mando numerosos pescadores – oráculo do Senhor – para pescá-los. Meus olhos acompanham todo o seu caminhar» (Jr 16,16-17). Nas palavras neotestamentárias: «pescadores de homens».
Grande graça é podermos, como povo batizado, participarmos do comum dom e dever do apostolado, o qual tem uma origem divina como é próprio do mistério da Igreja Apostólica, assim ensina o Magistério oficial: «Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, por meio dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é “enviada” a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. “A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado”. E chamamos “apostolado” a “toda a atividade do Corpo Místico” tendente a “alargar o reino de Cristo à terra inteira”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863).
Por isso, os esforços para uma Nova Evangelização e Missões “ad Gentes” (aos povos distantes), não poderão cessar para a Igreja de Cristo. Contemos com o auxílio de todos os santos e santas que seguem como modelos autênticos de resposta correta e coerente às escolhas de Deus e nossos familiares (cf. CIC, nº 959). Eles (santos) seguem triunfantes no estado da Igreja Celeste como eficazes intercessores para uma milagrosa pescaria, a cada dia primada na qualidade.
Os homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar em nosso olhar, em nossas palavras e ações o reflexo d’Aquele Divino Pescador que, um dia, também nos chamou e nunca cessa de recordar-nos tão grande e imerecido dom do Espírito Santo.
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova