quinta-feira, 10 de maio de 2012

Evangelho do Dia


Evangelho (João 15,9-11)

Quinta-Feira, 10 de Maio de 2012
5ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Fazendo uma revisão geral do Evangelho de João, verificamos que, demoradamente, Jesus dialoga com os Seus discípulos, abrindo-lhes horizontes para melhor entenderem o mistério do Deus presente na história da humanidade.
A vinda de Jesus, em meio a nós, é a máxima prova de Seu amor por nós. Deus Pai mostrou Seu amor por Seu Filho comunicando-Lhe a plenitude de Seu Espírito quando O batizou no Rio Jordão.
O Espírito Santo desceu sobre Jesus como uma pomba em seu ninho, convertendo-O no ninho do amor de Deus. Deste mesmo modo, Jesus demonstrou o Seu amor pelos discípulos no Evangelho de hoje, ou seja, comunicou-lhes o Espírito que está n’Ele, esse rio de vida que flui do interior do cristão e que sacia a sede do coração humano.
Permanecer no amor de Jesus é inserir-se nessa dinâmica de amor e vida entre o Pai e o Filho. Partindo de uma adesão pessoal, o “permanecer no amor de Jesus” significa uma inserção na comunidade dos discípulos. Cristo permanece no amor do Pai, ou seja, Ele observa e cumpre o que Deus mandou. Não se trata de uma obediência “cega”, como a de um inferior a seu superior, mas de uma amorosa união de vontades.
Portanto, a união e a permanência em Jesus – Videira no Evangelho de ontem – é a garantia do nosso amor para com Ele. É preciso permanecer no amor de Cristo, assim como Ele permanece no amor de Seu Pai. Tudo isso deve traduzir-se em alegria, numa visão positiva da vida,  num taxativo ‘não’ à desesperança, ao pessimismo, ao medo e ao temor.
Não há realidade alguma que não possa ser mudada com amor e pelo amor. Lembro-o que o amor é o vínculo da perfeição, pois gera vida e proporciona alegria. Como cristão, você deve viver alegre, porque a alegria é o resultado de uma vida vivida com amor, de uma vida que gera esperança. Essa foi a alegria de Jesus. Ele deseja que também seja a nossa.
Ame e você será perfeito.
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Santo do Dia




     

                                                                       São Pacômio
Pacômio nasceu no Egito, em 287, na Tebaida. Filho de pais pagãos, cheios de superstições e idolatrias, desde a infância mostrou grande aversão a tudo isso. Aos vinte anos de idade foi convocado para o exército imperial e acabou ficando prisioneiro em Tebes. Foi quando fez o seu primeiro contato com os cristãos, cuja religião até então lhe era desconhecida.

À noite, na prisão, recebeu um pouco de alimento de alguns cristãos, que, escondidos, conseguiram entrar. Comovido com esse gesto de pessoas desconhecidas, perguntou quem havia mandado que fizessem aquilo e eles responderam: "Deus que está no céu". Nessa noite, Pacômio rezou com eles para esse Deus, sentindo já nas primeiras palavras ouvidas que esta seria a sua doutrina. O Evangelho o tocou de tal forma que ele se converteu e voltou para o Egito, onde recebeu o batismo.

Depois, compartilhou durante sete anos a companhia de um ancião eremita de nome Palemon, que vivia dedicado à oração. A princípio, o ancião não quis aceitá-lo a seu lado, porque sabia que a vida de solidão e orações não era nada fácil. Mas Pacômio estava determinado e convenceu-o de que deveria ficar.

Um dia, durante suas caminhadas, Pacômio ouviu uma voz que lhe dizia para inaugurar ali, exatamente naquele lugar, um mosteiro onde receberia e acolheria muitos religiosos. Depois, apareceu-lhe um anjo que o ensinou como deveria organizar o mosteiro.

Pacômio pôs-se a trabalhar arduamente e o deixou pronto. As profecias que ele ouviu se concretizaram e muitas pessoas se juntaram a ele. Monges, eremitas e religiosos de todos os lugares pediram admissão no mosteiro de Pacômio, que obteve a aprovação do bispo Atanásio, santo e doutor da Igreja. Até seu irmão João, que distribuiu toda a sua riqueza entre os pobres, uniu-se a ele.

Com Pacômio nasceu a vida monástica, ou cenobítica, no Egito, não mais com um chefe carismático que agregava ermitãos reunidos em pequenos grupos em torno de si, mas uma comunidade de religiosos, com regras precisas de vida em comum na oração, contemplação e trabalho, a exemplo dos primeiros apóstolos de Jesus.

Pacômio ainda abriu mais oito mosteiros masculinos e um feminino. Sua fama de santidade espalhou-se pelo Egito e pela Ásia Menor. Foi agraciado por Deus com o dom da profecia e morreu no ano de 347, vítima de uma peste que assolava o Egito na época. Até o século XII, havia, ainda, cerca de quinhentos monges da Ordem de São Pacômio.

São Pacômio, o eremita, até hoje é considerado um dos representantes de Deus que mais prestaram serviço à Igreja católica. Sua festa litúrgica ocorre no dia 9 de maio.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 15,1-8)

Quarta-Feira, 9 de Maio de 2012
5ª Semana da Páscoa

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
 
Podemos fazer coisas boas e maravilhosas, mas a verdadeira bondade – a qual nos projeta à santidade de vida – só encontramos n’Aquele que passou por esse mundo fazendo o bem.
Cristo, hoje, nos chama a seguir Suas pegadas. Ele se autoproclama a videira, cujo dono é Seu Pai: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor”. Existe uma estreita relação entre a simples árvore e o agricultor, ou seja, o dono dela. Ele trata a árvore com muito cuidado, esperando que, no devido tempo, ela possa dar uvas que produzam o delicioso vinho.
A metáfora que Jesus usa, nesse Evangelho, quer realçar, primeiro, a Sua íntima relação com o Pai, para, depois, destacar nossa ligação com Ele. Somos chamados a estar ligados, “enxertados” no Senhor para que possamos dar frutos.
A íntima inserção dos ramos, no tronco da videira, é uma sugestiva imagem da unidade entre o Senhor e Seus discípulos. Dar frutos é nosso grande desafio.
Não podemos nos conformar com uma paz aparente, só de “sombra e água fresca”, na qual a falta de coragem abunda decididamente, pois somos conhecidos pelos frutos que damos.
Cada um de nós – pois a responsabilidade é individual -, por vezes, tem a tendência de delegar a função de “fazer discípulos”, “pregar o bem” e “dar frutos” somente àqueles que, de uma forma generosa e mais aberta, consagraram sua vida a Deus. Mas não foi isso que Jesus nos disse. Ele foi taxativo.
Todos os ramos dessa videira devem produzir a mesma coisa, ou seja, bons frutos. O prolongamento da Videira Verdadeira, que é Cristo, não pode produzir maus frutos. A não ser que os ramos sejam maus! Se assim for, estes ramos terão que ser cortados e lançados ao fogo, pois não podem, de forma alguma, produzir frutos estéreis.
Pergunto-lhe: “Que tipo de fruto você tem dado ao seu pai, esposo, filho, ou à sua mãe, esposa,  filha, vizinha, colega? Em que tipo de videira você está enxertado?”.
Percebeu que, por haver uma relação indivisível entre Jesus e o Pai, Cristo passou por este mundo fazendo o bem? Deus é o Sumo Bem, Sua essência é a bondade. Portanto, Seu Filho não poderia ser diferente d’Ele! Seja também um com Cristo; assim, você produzirá bons frutos.
“Pai, reforce minha união com Seu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que espera de mim.
Padre Bantu Mendonça

terça-feira, 8 de maio de 2012

Santo do Dia


     
                                                                         São Vítor
Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.

Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu cárcere.

Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje, detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.

O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 14,27-31a)

Terça-Feira, 8 de Maio de 2012
5ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
Comentário
 
Chegou a hora do Príncipe da Paz partir para o seio do Pai. Não querendo deixar Seus melhores amigos em conflito, Jesus rompe o silêncio provocado pelo medo da solidão, o qual foi provado pela Sua ausência. Ele se levanta e pronuncia as benditas Palavras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27).
Trata-se aqui do discurso da despedida. O Mestre sabia que havia chegado a hora de sair desse mundo. Por isso, não queria partir sem dar calma, segurança, amparo, conforto, vitória, enfim, garantia de vida plena.
O Senhor faz uma clara declaração da Sua personalidade. Ele é, por natureza, o comunicador da paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de  tranquilidade “intimista e sentimental”, porque a Sua paz é muito mais do que isso.
A harmonia é um dom de Jesus para Seus discípulos, em vista do testemunho a que são chamados a dar. Ela visa a ação, por isso não se pode reduzi-la ao sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir, do coração dos discípulos, todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo esse dom, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Cristo consiste numa força divina, pois não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus quem está presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes na caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é outra coisa, esta é falsa e enganosa, coexistindo com a perturbação e o medo. Ela é a ausência de discordâncias, questionamentos ou conflitos, vigorando a submissão geral à ordem imposta pelo poder. Essa pacificação encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus, de Quem tudo espera sem exigir colaboração. Nesse sentido, é uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a “tranquilidade” oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece, pois eles sabem que só esta desfaz aquela oferecida pelos homens.
A paz do Senhor é fruto da prática fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É o reencontro da vida em união com a vontade do Pai.
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Sim, Senhor Jesus, dê-nos a graça e a força para que, no nosso dia a dia – a começar por hoje – tomemos posse da Sua paz, pois ela nos tranquiliza a alma e nos faz “mais do que vencedores” em todas as situações, porque o Senhor está sempre conosco.
Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Santo do Dia




               Santo Agostinho Roscelli
Nasceu na pequena cidade de Bergone di Casarza Ligure, Itália, no dia 27 de julho de 1818. Durante sua infância, foi pastor de ovelhas. A sua família, de poucos recursos, constituiu para ele um exemplo de fé e de virtudes cristãs. 
Aos dezessete anos, decidiu ser padre, entusiasmado por Antonio Maria Gianelli, arcebispo de Chiavari, que se dedicava exclusivamente à pregação aos camponeses, e hoje está inscrito no livro dos santos. Em 1835, Agostinho foi para Gênova, onde estudou enfrentando sérias dificuldades financeiras, mas sempre ajudado pela sua força de vontade, oração intensa e o auxílio de pessoas de boa vontade. 
É ordenado sacerdote em 1846, e enviado para a cidade de São Martino d´Alboro como padre auxiliar. Inicia o seu humilde apostolado a serviço de Deus, dedicando-se com zelo, caridade e exemplo ao crescimento espiritual e ao ministério da confissão. 
Agostinho é homem de diálogo no confessionário da igreja genovesa da Consolação, sendo muito procurado, ouvido e solicitado pela população. Sua fama de bom conselheiro corre entre os fiéis, o que faz chegar gente de todas as condições sociais em busca de sua ajuda. Ele passa a conhecer a verdadeira realidade do submundo. 
Desde o início, identifica-se nele um exemplo de sacerdote santo, que encarna a figura do "pastor", do educador na fé, do ministro da Palavra e do orientador espiritual, sempre pronto a doar-se na obediência, humildade, silêncio, sacrifício e seguimento dócil e abnegado de Jesus Cristo. Nele, a ação divina, a obra humana e a contemplação fundem-se numa admirável unidade de vida de apostolado e oração. 
Em 1872, alarga o campo do seu apostolado, interessando-se não só pelas misérias e pobrezas morais da cidade, e pelos jovens, mas também pelos prisioneiros dos cárceres, a quem leva, com afeto, o conforto e a misericórdia do Senhor. Dois anos mais tarde, passa a dedicar-se também aos recém-nascidos, em favor das mães solteiras, vítimas de relações enganosas, dando-lhes assistência moral e material, inserindo-as no mundo do trabalho honesto. 
Com a ajuda de algumas catequistas, padre Agostinho passa à ação. Nasce um grupo de voluntárias, e acolhem os primeiros jovens em dificuldades, para libertá-los do analfabetismo, dando-lhes orientação moral, religiosa e, também, uma profissão. E a obra cresce, exatamente porque responde bem à forte demanda social e religiosa do povo. 
Em 1876, dessa obra funda a congregação das Irmãs da Imaculada, indicando-lhes o caminho da santidade em Maria, modelo da vida consagrada. Após o início difícil e incerto, a congregação se consolida e se difunde em toda a Itália e em quase todos os continentes. 
A vida terrena do "sacerdote pobre", como lhe costumam chamar, chega ao fim no dia 7 de maio de 1902. O papa João Paulo II proclama santo Agostinho Roscelli em 2001.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 14,21-26)


Segunda-Feira, 7 de Maio de 2012
5ª Semana da Páscoa



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama”, afirma Jesus. Diante disso, devemos fazer um exame de consciência para ver se, realmente, é assim que temos vivido. O modo como guardamos os mandamentos do Senhor será a nossa “prova de fogo”, pois Ele ainda afirma: “E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele”.
O requisito fundamental para que vejamos em nós a manifestação da glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo passa pelo amor a Deus sobre todas as coisas, pelo estudo da Palavra, guardando os domingos e festas de guarda e, por último, amando as pessoas como a nós mesmos.
Ser cristão é viver o amor de Cristo e trabalhar para construir um mundo melhor. Somos pessoas e, por isso, nos relacionamos uns com os outros. Esse relacionamento acontece, de várias maneiras, numa convivência diária.
Conviver é viver com os outros, como amigos, isto é, demonstrando amizade sincera, desejando e fazendo para os outros exatamente aquilo que queremos para nós, tratando os demais como nós gostaríamos de ser tratados também por eles.
Isso só é possível na comunhão de amor com Jesus, que está unido com Deus Pai e o Espírito Santo na eternidade. O Senhor nos convida a nos unirmos a Ele. Nesse propósito – como discípulos -, devemos contar com a presença do Espírito, que é a luz de nossos passos.
Jesus afirma que “o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito” (Jo 14,26). A habitação divina nos discípulos completa-se com o envio do Espírito de Deus. Sua missão é revelar a presença de Jesus nas comunidades, iluminar Suas Palavras e fortalecer a fé dos discípulos.
Só tendo o Espírito Santo em nós é que conseguiremos cumprir o mandamento do amor. E a medida desse amor é o próprio Jesus: “Quem não me ama não guarda a minha palavra”.É preciso que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Padre Bantu Mendonça