domingo, 29 de abril de 2012

Santo do Dia

Santa Catarina de Sena
Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. 

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico. 

Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas. 

Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos. Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente. 

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970.

Evangelho do Dia


Evangelho (João 10,11-18)

Domingo, 29 de Abril de 2012
4º Domingo da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus: 11“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.
12O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. 13Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovellhas.
14Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas.
16Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.
17É por isso que meu Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; esta é a ordem que recebi de meu Pai”.

 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Jesus nos responde: “Eu sou o Bom Pastor”. Se entendermos, na palavra “bom”, o sentido de “modelo”, então teremos a resposta certa, porque o Senhor é modelo de Pastor ideal.
O verdadeiro pastor é aquele que presta o seu serviço por amor e não por dinheiro. Ele não está apenas interessado em cumprir o contrato, mas em fazer com que as ovelhas tenham vida e se sintam felizes. A sua prioridade é o bem do rebanho que lhe foi confiado. Por isso, ele arrisca tudo em benefício das ovelhas e está disposto a dar sua própria vida por elas, porque as ama. Nele, as ovelhas podem confiar, pois sabem que seu cuidador não defende interesses pessoais.
Você, presidente, governador, prefeito, político, bispo, sacerdote, diácono, consagrado, catequista, casado, pai, mãe ou jovem, como tem sido bom pastor para as ovelhas que lhe foram confiadas por Deus?
O Bom Pastor dá a sua vida por nós. Isso requer de nós a consciência de nossa tarefa, de nosso dever. Ao dar a Sua vida, Jesus estava consciente de que não perderia nada. Quem se gasta a serviço do projeto de Deus não perde a vida, mas constrói para si – e para o mundo – a vida eterna e verdadeira. O seu dom não termina em fracasso, mas em glorificação. Para quem ama não há morte, pois o amor gera vida verdadeira e definitiva.
O apascentador dá a vida por suas ovelhas. Jesus se apresenta como modelo de Pastor ideal, fato polêmico com os sumos sacerdotes e mestres da Lei, denunciando o modo como o povo era tratado por seus líderes. Diferente do mercenário – como bem nos escreve João -, que não se importa com as ovelhas, Jesus é Aquele que vive para os Seus.
Ele, o Homem da substituição solidária, conhece e dá Sua vida para que tantos a tenham. Por isso, o Pai Lhe ama e Lhe concede o poder de tirar e receber a vida: “Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi do meu Pai” (Jo 10,18). Essa missão é marcada por uma relação pessoal e íntima com as ovelhas: conhece a cada uma, fruto de amor-doação. Mas, ao mesmo tempo, não se limita às fronteiras de Israel: “Tenho também outras ovelhas…”. Seus cuidados de Pastor destinam-se a levar vida a todos os povos da Terra.
Em Jesus se realiza a ação do Pai. N’Ele e por Ele a salvação chega ao universo, como Lucas reconhece nos Atos dos Apóstolos: “Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”.
Em Jesus recebemos o grande presente do Pai: somos todos considerados filhos de Deus. Desta consciência deve nascer toda a nossa alegria e esperança. Se o mundo em que vivemos nos revela que perdeu seu sentido de ser entregue à violência, à corrupção exagerada e ao consumismo desaforado, nós temos o grande compromisso de levar a Boa Nova mediante atitudes cristãs que nos empenham na luta por ver triunfar, neste mundo, o amor do Bom Pastor por Suas ovelhas.
A entrega de Jesus não é um acidente nem uma inevitável fatalidade, mas um gesto livre de alguém que ama o Pai, ama os homens e escolhe o amor até às últimas consequências. O dom de Jesus é um dom livre, gratuito e generoso. Sua decisão em oferecer, livremente, a própria vida, manifesta Seu amor pelo Pai e pelos homens.
Jesus é a porta que introduz o ser humano na vida de Deus. Entrando por essa porta, as ovelhas se encontram com o Pai e com o Seu projeto de salvar a todos, inclusive você, meu irmão e minha irmã!
A salvação está entrando em sua casa pela parábola do Bom Pastor. Louve e agradeça a Deus, porque Ele é bom, pois em Jesus se manifesta a ternura do Pai que quer nos conduzir.
Veja que Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: “É pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré – Aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos – que este homem está curado diante de vós”, ou seja, que nossas ações possam revelar o Cristo. Somente por Ele sejam feitas nossas ações pastorais e sociais. Pedro, nessa passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos, nos inspira a ser reveladores do Bom Pastor. Portanto, alegremo-nos no Senhor fazendo o bem, mesmo quando encontrarmos oposição. Isso enriquece nossa vida, porque o amor de Jesus é salvação, é Páscoa, é Ressurreição!
Que neste domingo, eu e você busquemos ser sinal do Bom Pastor que “dá a vida por suas ovelhas” e faz-se Pão partilhado. Que cada batizado se sinta chamado e comprometido com Sua causa. Que Sua ação seja a nossa ação mediante participação, a cada domingo, no memorial eucarístico, e concretizado na perfeita busca pela justiça e paz. Que possamos, verdadeiramente, ser bons pastores e revelar o Reino de Deus nas nossas manifestações de carinho e atenção mútua, em especial pelo pobre e sofredor, figura predileta da ternura e do cuidado do Bom Pastor.
Padre Bantu Mendonça

sábado, 28 de abril de 2012

Santo do Dia

                                                                                            
        
                                                                                           São Pedro Chanel
Pedro nasceu no dia 12 de julho de 1803, na pequena Cuet, França. Levado pelas mãos do zeloso pároco, iniciou os estudos no seminário local e, em 1824, foi para o de Bourg, onde três anos depois se ordenou sacerdote. 

Desde jovem, queria ser missionário evangelizador, mas primeiro teve de trabalhar como pároco de Amberieu e Gex, pois havia carência de padres em sua pátria. Juntou-se a outros padres que tinham a mesma vocação e trabalhavam sob uma nova congregação, a dos maristas, dos quais foi um dos primeiros membros, e logo conseguiu embarcar para a Oceania, em 1827, na companhia de um irmão leigo, Nicézio. 

Foi um trabalho lento e paciente. Os costumes eram muito diferentes, a cultura tão antagônica à do Ocidente, que primeiro ele teve de entender o povo para depois pregar a palavra de Cristo. Porém, assim que iniciou a evangelização, muitos jovens passaram a procurá-lo. O trabalho foi se expandindo e, logo, grande parte da população havia se convertido. 

Ao perceber que vários membros de sua família haviam aderido ao cristianismo, Musumuso, o genro do cacique, matou Pedro Chanel a bordoadas de tacape. Era o dia 28 de abril de 1841. 

Foi o fim da vida terrestre para o marista, entretanto a semente que plantara, Musumuso não poderia matar. Quando o missionário Pedro Chanel desembarcou na minúscula ilha de Futuna, um fragmento das ilhas Fiji entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, não se pode dizer que o lugar fosse um paraíso. 

A pequena ilha é dividida em duas por uma montanha central, e cada lado era habitado por uma tribo, que vivia em guerra permanente, uma contra a outra. Hoje o local é, sim, um paraíso para os milhares de turistas que a visitam anualmente e para a população, que é totalmente católica e vive na paz no Senhor. 

E se hoje é assim, muito se deve à semente plantada pelo trabalho de Pedro Chanel, que por esse ideal deu seu testemunho de fé. O novo mártir cristão foi beatificado em 1889 e inscrito no Martirológio Romano em 1954, sendo declarado padroeiro da Oceania.

Evangelho do Dia

Evangelho (João 6,60-69)

Sábado, 28 de Abril de 2012
3ª Semana da Páscoa



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário

A revelação de Jesus, como o Pão descido do céu e de Sua Carne dada como alimento para a vida do mundo, provocou incompreensões e murmurações entre os judeus (cf. Jo 6,41.52).
Muitos de seus discípulos também, sem entender, abandonaram Jesus. Ante essa atitude do povo, Jesus – fazendo um pequeno comentário – pergunta aos seus discípulos: “Acaso também vós quereis partir?”. Pelo que nos parece, o abandono foi geral. O lugar ficou praticamente vazio e, então, era o momento de Jesus animar aos que restavam e que Ele tinha escolhido a dedo: os doze apóstolos.
Se a resposta fosse negativa, a pergunta pareceria uma exclusão de todos que, deixando Jesus, foram embora. O Senhor, praticamente, lhes diz: “Vós também sois do tipo pusilânime e covarde que, na dificuldade, desanima e foge?”. Também, hoje, Ele nos faz a mesma pergunta.
Gostaria que você não se esquecesse da resposta de Pedro e fizesse, dela, a sua resposta:“Senhor, a quem iremos? Só Tu tens palavras de vida eterna”. Veja que a resposta de Pedro tem como sujeito a palavra “Senhor”. Evidentemente, não é o mesmo Senhor do Ressuscitado que recebeu o poder, mas indica que as Palavras de Jesus têm a autoridade, o poder e a capacidade de salvar as nossas vidas; por isso, devemos nos submeter a elas.
É preciso que, como Pedro, você tenha a consciência de que não existe, em nenhum lugar do mundo, outro nome pelo qual possamos ser salvos, senão, em nome de Jesus e em Seu poder. Suas Palavras contêm verdade eterna. São as únicas que, propriamente, podem ser declaradas como verdade. É por essa certeza que eu e você temos de acreditar, assim como Pedro nos mostra, que Ele é o ungido, o Filho do Deus.
Afirmar que Jesus é o Filho do Deus vivo é um ato de fé inusitado entre Seus discípulos, não por aclamá-Lo Messias, mas por declará-Lo Filho do Senhor, aceitando que o Pai é Deus. Assim, Pedro estava disposto a admitir e a acreditar nessas Palavras de vida.
Por outro lado, Jesus pede uma resposta clara a Seus apóstolos. Pedro, em nome de todos, dá a única resposta possível para um seguidor de Cristo: “Este é o Ungido do Senhor” e, como Filho, conhece, perfeitamente, a vontade do Pai, cujo seguimento é a verdadeira vida.
Para os homens de fora, as Palavras de Jesus constituem um fracasso. Eles as escutam não com o espírito de obediência, mas com o critério de uma razão humana que se julga independente e absoluta. É o critério de Tomé: se não vejo, não creio.  “Negá-las, porque não as podemos experimentá-las” é cerrar-se ao mistério que sempre existe na grande verdade divina.
Vemos que Jesus se intitula o “Filho do Homem”. Isso significa que Ele pode ser visto e ouvido como um homem, mas com a particularidade de ser representante da divindade, ou seja, a face humana de Deus. Ele sabe como conduzir a humanidade e Seu exemplo é paradigma de todos os que desejam viver sua vida em conformidade com os planos e desígnios do Senhor. Até dirá: “Aprendei de mim que sou pacífico e humilde em minhas ambições e propósitos”.
Em nossos dias, a Palavra de Jesus tem uma resposta negativa: a incredulidade. É Palavra difícil, que exige uma submissão prática da vida, não só no modo de pensar, mas também no modo de atuar.
A Palavra de Jesus também pode ter uma resposta positiva, como a dada por Pedro: a fé.  Não uma fé no homem sábio e brilhante, mas na testemunha que conta o que viveu no seio de Deus. A Sua Palavra está corroborada por obras admiráveis. Se nelas não acreditarmos, desaparecerá o Filho de Deus e ficará apenas o homem Jesus, admirável em palavras e condutas, mas puramente humano, de quem podemos tomar aquilo que nos convêm e descartar as palavras difíceis que atrapalham o nosso ideal ou a nossa maneira de vida. Jamais esse tipo de fé será vida para nós.
Que Simão Pedro interceda por nós, para que, diante de tantos profetas da falsidade, reconheçamos, nas Palavras de Cristo, a vida, a verdade e o caminho que nos conduz a Deus, nosso Pai, e digamos: “A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna”.
Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Aviso

   Comunicamos aos integrantes do Grupo de Jovem Nova Geração e a população em geral,que a comemoração de 2 anos seria neste dia 27/04  foi adiada para a próxima sexta-feira dia 04/05.Portanto,sexta-feira(amanhã) dia 27 haverá reunião normal ás 19:00hs na Casa de Catequese,pedimos a todos que levem um quilo de alimento.Venha você também fazer parte dessa família.           
     

          Graça e paz a todos!

Santo do Dia

                                                                       
    
                                                                                                Santo Anacleto

Eis uma curiosidade com relação ao santo venerado nesta data: seus dados biográficos se embaralharam ao serem transcritos século após século. 

Papa Anacleto teve sua vida contada como se ele "fosse dois": papa Anacleto e papa Cleto, comemorados em datas diferentes, 26 de abril e 13 de julho. 

O engano, que passou também pelo cuidadoso Barônio, parece ter sido de um copista, que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto e julgou que deveria colocar novamente o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Após a revisão dos anos 1960, como conseqüência dos estudos de Duchesne, verificou-se que se tratavam da mesma pessoa e a data de julho foi eliminada. 

Ele foi o segundo sucessor de são Pedro e foi o terceiro papa da Igreja de Roma, governou entre os anos 76 e 88. Anacleto nasceu em Roma e, durante o seu pontificado, o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos. 

Ele mandou construir uma memória, isto é, um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir no ano 88 e foi sepultado ao lado de são Pedro.
    

Evangelho do Dia


Evangelho (João 6,44-51)

Quinta-Feira, 26 de Abril de 2012
3ª Semana da Páscoa



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna.
48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentários
A Palavra pregada por Jesus deve ser recebida, acolhida e refletida, pois é o anúncio da Boa Nova. Por meio dela, toda a humanidade, com alegria e fé, reconhece que o Senhor é o Pão da vida, que conduz os homens à comunhão com o Pai.
Por sua vez, com alegria e entusiasmo, a humanidade deve se comprometer com a Palavra e anunciá-la aos seus irmãos, fazendo dela uma única realidade. Assim como Jesus e o Pai são um só, também os homens devem ser um só com Ele. Este foi, é e deverá sempre ser o conteúdo da mensagem de Jesus. É fundamental que nós cristãos lutemos pela unidade, mas não pela desunião.
O ditado que afirma “cada um por si e Deus por todos” não tem lugar para nós, nem mesmo entre aqueles que não se conhecem ou são de outras confissões religiosas. Quando você se encontra com pessoas que não são católicas, qual é o seu comportamento? Sobre o que vocês têm falado ou discutido? Quanto a mim, por exemplo, não dialogo sobre coisas que nos dividem, mas sim sobre assuntos que nos aproximam e nos unem. Muitas vezes, nos julgamos os “melhores” e os “sabedores de tudo”, mas nos esquecemos de que o nosso Deus também é o Senhor daqueles que julgamos “ruins”.
Hoje, Jesus volta a nos ensinar. Cristo vem nos mostrar que Ele e o Pai estão unidos pelo mesmo amor. E essa mesma união deve acontecer com os discípulos que estão unidos a Jesus.
“Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o atrai” (Jo 6,44). Viver em comunhão com Deus – e entre nós – deve ser nosso desejo e nossa missão de cristãos. Fomos feitos para a comunhão de irmãos, jamais para a divisão e a separação. Portanto, se você estiver vivendo isso, levante-se, hoje mesmo, e vá se encontrar com quem você brigou ou discutiu. Peça-lhe perdão e reconcilie-se com ele. Esse é o Pão do qual Jesus, redundantemente, quer que comamos: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (Jo 6,51) .
Estamos diante do longo discurso sobre o Pão da vida, pronunciado após a partilha dos pães com a multidão na montanha. Um dos aspectos salientados por Jesus é que a iniciativa da salvação vem do Pai. Ninguém se faz discípulo de Jesus se não for designado por Deus. Todo aquele que escuta a Sua Palavra e procura fazer a vontade d’Aquele que o enviou, é introduzido na vida que nunca mais terá fim. Aqui está o Pão que desceu do céu. Quem comer d’Ele nunca morrerá.
Nos nossos dias, alimentar-se de Jesus é ter vida, é contemplá-Lo e seguir Seus passos. No serviço, na fraternidade, na solidariedade social, na busca pela justiça e pela paz, entra-se em comunhão de vida eterna com o Senhor.
Deixemo-nos tocar pelo convite de Jesus: “Vinde, convidados do meu Pai! A mesa está posta. Vinde!”. Participemos plena, consciente e ativamente. Comamos e bebamos o Corpo e o Sangue de Jesus. Repito: essa mesa é da compreensão, do diálogo, do perdão, da reconciliação. Ninguém deve se aproximar dela se não perdoar, de todo coração,  a seu irmão, sua irmã, seu marido, sua esposa, seu esposo, seus filhos, colegas, amigos e até aos inimigos.
“Mas, padre, o que ele me fez foi muito duro e doloroso! Sinto as feridas até agora.” Eu lhe respondo: “Busque, em primeiro lugar, o Reino do Deus e a Sua justiça, pois o resto lhe será dado por acréscimo!”. É Jesus quem está dizendo isso a você, meu irmão e minha irmã!
Corra atrás daquilo que você chama de “prejuízo”. Deus é maior, Ele pode tudo. Aliás, o verdadeiro cristão não deve ser inimigo de ninguém nem dever a ninguém, a não ser ter a dívida do amor.
Padre Bantu Mendonça