terça-feira, 24 de abril de 2012

Santo do Dia

São Fidelis de Sigmaringen

Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. 

Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar. 
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. 

Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé. 

Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes de morrer, no dia 24 de abril de 1622. 
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724.

Evangelho do Dia


Evangelho  (João 6,30-35) 


Terça-Feira, 24 de Abril de 2012
3ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30 “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.
32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.
34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Comentário


A multidão que participou do milagre da multiplicação dos pães, na montanha, e, depois, seguiu Jesus até Cafarnaum, acabou percebendo que Ele propôs algo novo. Pedem-lhe, então, um sinal para crer, pois não entenderam o gesto da partilha. Querem uma prova extraordinário como o de Moisés e o maná. É o apego do Judaísmo às suas tradições, fechado à novidade de Jesus. Querem um Messias poderoso, mesmo que seja opressor e explorador. Então, Cristo revela a Sua verdadeira identidade, bem como a daqueles que O recebem dignamente: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (Jo 6,35).
Ele é o verdadeiro Pão que desceu do céu. Diferente do maná, alimento que Deus enviou por meio de Moisés, a fim de avalizá-lo diante do povo como profeta enviado por Senhor. Mas Jesus é o próprio Filho de Deus que se deu como alimento para os homens peregrinos. É o primeiro e o último sinal. É a primeira e última Palavra do Pai, por quem tudo começou a existir. Sem Ele nada seria criado nem salvo. Por Ele todos nós alcançamos graça sobre graça, pois onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus.
Por duas vezes, no Evangelho de hoje, repete-se o tema do maná no discurso de Jesus sobre o pão da vida. É um tipo ou referência fundamental para a comparação que se estabelece entre Moisés e Jesus, entre o alimento que nos leva à morte e o pão da vida eterna. O maná apareceu para saciar a fome dos israelitas, perdidos no deserto enquanto caminhavam, reclamando e com saudades das “cebolas do Egito”. Infelizmente, a crença popular judaica esperava que, na era messiânica, voltasse a repetir-se o “milagre” do maná. Jesus faz-lhes um desafio ao lhes apresentar não um pão, mas o pão. Eis aqui um alimento material que simboliza outro superior e mais completo: o pão da vida que é o próprio Cristo.
Por isso, Jesus instrui a multidão acerca da verdadeira natureza do pão do céu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6,32-33).
A expressão “pão descido do céu” nos remete, hoje, ao Pão Eucarístico que é o Corpo de Jesus. Ele é o pão da vida. Então, as pessoas, de acordo com a interpretação material do pão mencionado por Cristo – tal como a samaritana a respeito da água viva (Jo 4,14) – , dizem a Ele: “Senhor, dá-nos sempre desse pão” (Jo 6,34).
Esse pedido propicia a grande autorrevelação na qual Jesus se identifica com o pão em questão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”. Jesus é o alimento que, tal como a água viva, satisfaz para sempre a fome e a sede daquele que n’Ele crê. É Jesus quem alimenta a vida eterna em nós por Sua Palavra, Seu amor e testemunho.
Assim, o sinal que devemos pedir e receber, o qual precisamos acolher de Deus, não deve ser outro senão o próprio Jesus. Ele é o resgate e o cultivo da existência. É a transformação das pessoas que, acolhendo o Seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros.
Jesus deixa claro que as coisas do Alto vêm do céu, vêm do Pai. É Ele quem dá o verdadeiro pão do céu, aquele que dá vida ao mundo. Este pão é Jesus. Quem O ouve se sensibilizam de modo semelhante à samaritana, quando Jesus lhe oferece a fonte d’água, da qual quem beber nunca mais terá sede.
Os que ouviram as Palavras do Mestre pedem desse pão para sempre. Como aquele povo, digamos, hoje, com fé: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Santo do Dia



São Jorge
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta. 

Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil. 

A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque. 

Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão. 

De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano. 

São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente

Evangelho do Dia


Evangelho (João 6,22-29)

Segunda-Feira, 23 de Abril de 2012
3ª Semana da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Jesus nos convida a trabalhar “pelo alimento que permanece até a vida eterna”. Veja que, no capítulo seis do Evangelho de João, o tema central é o pão. Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, da vida eterna. Então, Ele nos diz: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo” (Jo 6,27).
A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da vida.  O Senhor tinha matado a fome daquela gente com o alimento que Ele multiplicara no monte, mas o sustento que eles precisavam e que deviam se esforçar para encontrar era Ele próprio, o Senhor, a quem deveriam alcançar pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se para a vida eterna.
A graça de Deus é causa de salvação e a fé é o meio para que ela aconteça. É claro que vários fatores ocasionam a salvação, como o próprio fato de estarmos perdidos, ou o fato de ouvirmos a mensagem do Evangelho. Mas tudo isso são causas imediatas e, por assim dizer, tornam-se meios. A causa primária é o próprio Deus, a Sua graça, a Sua vontade de salvar, o Seu desejo e amor pela humanidade.
Em certo sentido, podemos dizer que a graça é a parte de Deus e a fé é a parte do homem – embora a fé também seja um dom do Senhor. O Pai nos oferece, gratuitamente, a salvação, mas o homem tem a responsabilidade de acreditar e confiar nela, recebê-la. Você precisa crer em Jesus e em Sua Palavra!
Não seja “multidão” – tratada no Evangelho, de hoje, como aquela que pede ou exige de Jesus um sinal forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo ou esperando um Messias poderoso, capaz de derrotar os opressores romanos e que lhe garantisse o alimento sem esforço e sem trabalho. Notem que, mais tarde, Jesus vai dizer que “o meu Reino não é deste mundo”.
Daí, a reação de Jesus: “Esforçai-vos pelo alimento que permanece até a vida eterna”. Qual é o alimento que permanece até a vida eterna? Deve ser aquele que chega até lá. Jesus nos disse que era Ele próprio. E o que significará esforçar-se por Ele próprio, isto é, “pelo alimento que permanece até a vida eterna”? Naturalmente, pôr em prática o primeiro e o segundo mandamentos.
Por que Jesus se posicionou dessa maneira? A verdade é que o povo não estava entendo muito bem “qual era a intenção de Jesus”. Ele se apresentou como o único alimento que nos satisfaz plenamente. “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”.
O Senhor não está falando da sede de um copo de água nem da fome de um prato de comida necessariamente. Mas, sim, da sede e da fome de Deus! Já não há mais necessidade de se embriagar para fugir ou esquecer da realidade sofrida com tantas frustrações, porque aquele que se “embebe” de Jesus – igual a uma esponja embebida em água – não terá necessidade de nenhuma fuga alucinante para se sentir bem.
Conheci uma senhora solteira e incrédula que, quando entrava em depressão, recuperava-se fazendo compras. Há pessoas na mesma situação, mas que se “vingam” comendo e comendo! Outros bebendo uma dúzia de cervejas… E assim por diante. Nada disso adianta, porque longe de Deus não existe felicidade. Só Jesus mata a nossa sede e a nossa fome de querer mais e mais bens materiais e prazeres de todos os tipos existentes nessa vida passageira.
Portanto, se esforce pelo alimento que permanece até a vida eterna. Este alimento, este Pão, é Jesus. Acredite n’Ele! Alimente-se da Sua Palavra, do Seu Corpo e Sangue. Assim, você terá a vida eterna.
Padre Bantu Mendonça

domingo, 22 de abril de 2012

Salmo


Reflexão


CORAÇÕES DISTANTES

        Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
        "-Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
        "-Gritamos porque perdemos a calma"  - disse um deles.
        "-Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" - questionou novamente o pensador.
        "-Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
        E o mestre volta a perguntar: "-Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"
        Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
        Então ele esclareceu:
        "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não  necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
        Por fim, o pensador conclui, dizendo:
      "Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".
        Quando você for discutir com alguém, lembre-se que o coração não deve tomar parte nisso.
        Se a pessoa com quem discutimos não concorda com nossas idéias, não é motivo para gostar menos dela ou nos distanciar, ainda que por instantes.
        Quando pretendemos encontrar soluções para as desavenças, falemos num tom de voz que nos permita uma aproximação cada vez maior, como a dizer para a outra pessoa: "Eu não concordo com suas idéias ou opiniões, mas isso não me faz gostar menos de voce!"
        Reflita sobre isso... 

Santo do Dia

São Caio

No livro dos papas da Igreja, encontramos registrado que o papa Caio nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados. 

Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino, e da sobrinha Suzana, que se havia consagrado a Cristo. 

Antes de ser escolhido papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministravam os sacramentos do batismo e do matrimônio. Isso porque a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império. 

O grande contratempo enfrentado pelo papa Caio deu-se no âmbito interno do próprio clero, devido à crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última, pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, pela qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Tal heresia e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos. 

Conforme antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador o papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, esse teria sido o motivo da ira do soberano ao assinar o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes. 

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de Diocleciano ter encerrado por completo as perseguições somente no ano 303. 

As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631, foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.