terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Missa de Envio de Ailsom Medeiros e Diego Lieberty, para a experiencia do postulantado na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Província de Nossa Senhora da Penha do Nordeste do Brasil.

Ontem, a noite foi realizada na matriz de Nossa Senhora dos Aflitos a missa de envio dos jovens Ailsom Medeiros e Diego Lieberty (Paróquia de São José de Caicó), para a experiencia do postulantado na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, na cidade de Maceió-AL.
A Missa foi presidida pelo pároco Frei Hélio Junior OFMcap, e concelebrado pelos demais frades que compõem a fraternidade Frei Damião de Bozanno em Jardim de Piranhas e pelo diác. Francisco de Assis
( Bolinha), e todos os amigos e conhecidos dos jovens enviados para essa nova missão.
O grupo de jovens Nova Geração prestou homenagens como teatros e danças e mensagens. No final da missa o Frei Hélio JuniorOFMcap, convidou os pais para subirem ao presbitério, e por fim deu a benção final.

Confira algumas fotos:




























São João BoscoSão João Bosco
Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.

Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

São João Bosco, rogai por nós!

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 5,21-43)




Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2012
São João Bosco

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Jairo era chefe de uma sinagoga. Entre as atribuições dele estavam a presidência da assembleia, a interpretação da a Lei, a decisão sobre questões legais, a administração da justiça, abençoar os casamentos e decretar os divórcios, a direção do culto na sinagoga, a seleção daqueles que deveriam liderar a oração, ler as Escrituras e pregar. Geralmente apenas uma pessoa ocupava essa posição em cada sinagoga, tornando-se alguém influente em sua comunidade.
Jairo era um homem respeitado, culto, inteligente, com boa formação acadêmica e religiosa. Mas quando Jesus desceu do barco e a multidão festejava o Seu retorno, o semblante dele [Jairo] não era de alegria. Ele demonstrava um misto de tristeza e esperança: sua filha de doze anos estava à beira da morte.
A multidão está reunida em torno de Jesus (5,21) e não na sinagoga. O próprio chefe da sinagoga, Jairo, vem também a Jesus, em busca de socorro para sua filha que estava prestes a morrer.
Jairo lançou-se aos pés de Jesus Cristo. Seria esta uma atitude de desespero ou de fé? De qualquer forma, o homem parece enxergar no Senhor a única possibilidade para salvar sua filha doente. Ele rogava a Jesus “com insistência”. Aqui, sim, aparece um sinal indiscutível de fé e perseverança. Mais tarde essa fé será provada ao extremo.
Perder um filho certamente é uma experiência tenebrosa. É uma situação que foge ao curso natural da vida. A Bíblia não dá detalhes sobre a doença da filha de Jairo, mas é certo que era algo muito grave. Jairo vivia sob a sombra da morte de sua única filha.
É fácil imaginar que ele tenha usado de todos os recursos disponíveis para curá-la. Os melhores médicos, os melhores remédios. Cuidado e carinho não devem ter faltado àquela menina. Mas ainda assim, a morte rondava a vida daquela família e Jairo, o chefe da sinagoga, não podia fazer mais nada.
Acompanhando Jairo, Jesus para e dá atenção a uma mulher excluída, que O toca e fica curada. A dedicação ao chefe da sinagoga não distrai Jesus da atenção para com os pobres excluídos, e até os prioriza. O caso da mulher com hemorragia também traz seus significados: a mulher com este problema naquela época era considerada impura e vivia excluída da sociedade. Mais uma vez Jesus vai realizar um milagre que resultará na inclusão social.
Vemos que, enquanto Jesus cura e dialoga com a mulher com perda de sangue, a situação da menina se agrava ao extremo: ela morre. Alguém (pessimista, sem fé) diz a Jairo para “não incomodar mais o Mestre”, pois tudo já está perdido. Jesus pede a Jairo que mantenha a fé; e este persevera. Para quem crê em Deus sempre há uma esperança; a morte não é o que parece. Surge aqui uma ligação com os ensinamentos escatológicos de Jesus: há vida após a morte; a morte não é o fim de tudo; para quem crê em Cristo há ressurreição!
Na casa de Jairo, parentes e amigos estavam chorando e fazendo grandes lamentações. Para aqueles que não creem em Jesus, a morte é o fim de tudo. O desespero toma conta da casa (família, coração, vida). É uma situação irreversível? Jesus mostra que não. Ele entrou na casa, tudo vai ser mudado, como em Zaqueu (cf Lc 19). Na casa do chefe da sinagoga, aqueles que até então choravam agora zombam de Jesus. Tomando a menina pela mão, o Senhor ordena que ela se levante. E ela se levanta. Jesus fala que deem de comer à menina, realçando sua recuperação.
A fé perseverante de Jairo até o fim obtém o resultado. Aquilo que parecia impossível acontece para aqueles que se entregam na fé em Jesus. A tristeza na casa desaparece quando Jesus entra nela.
Você está vivendo uma situação parecida com a de Jairo? Talvez não com uma filha à beira da morte, mas com alguma situação sobre a qual você já não tem mais o controle? Você já usou todos os seus recursos, a sua inteligência e a sua influência para solucionar essa questão, mas nada mudou?
Eu quero encorajá-lo a tomar uma atitude que deveria ter sido tomada desde o começo da sua angústia: prostrar-se aos pés de Jesus e suplicar a ajuda d’Ele.
O chefe da sinagoga, sem alternativa para doença da filha, foi procurar Jesus. Mas aqueles que conhecem o Filho de Deus como seu Salvador não precisam esperar. Podem suplicar e clamar por socorro em qualquer tempo.
As coisas andam complicadas? Parece que nada dá certo? Parece que na batalha da vida você sempre está perdendo? Os problemas são maiores que sua capacidade de resolvê-los? Faça como Jairo, prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele vá até sua casa! O Senhor Jesus prontamente atendeu ao chamado do chefe da sinagoga e também vai atender ao seu chamado.
A tristeza em nossa vida também desaparece quando permitimos a entrada de Cristo.
Padre Bantu Mendonça

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aniversariante do dia Clebson (Clebinho) do Grupo de Jovens Nova Geração


Parabéns Clebinho!!!
Nós que fazemos parte do grupo de Jovens Nova Geração,
te desejamos os mais sinceros votos de parabéns.
Desejamos a você muitos felicidades e muitos anos de vida!
Graça e Paz!

salmo

Santo do Dia

Santa Jacinta MarescottiSanta Jacinta Marescotti


Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.

Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa. 

A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor. 

Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.

Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 5,1-20)




Segunda-Feira, 30 de Janeiro de 2012
4ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro.
3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo.
5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes! 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.
11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo.
16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário
Depois de atravessar o mar da Galileia, Jesus chegou com Seus discípulos à província de Gadara, onde encontrou um homem endemoninhado (cf. Mc 5,1-20; Mt 8,28-34; Lc 8,26-39).
As narrativas de milagres, frequentes nos Evangelhos, são a expressão do amor libertador e vivificante de Jesus. Em Marcos, o ato inaugural do ministério de Cristo se dá com a expulsão do demônio de um homem na sinagoga. Fica, assim, destacada a libertação da doutrina opressora desse local [sinagoga].
Na narrativa de hoje, Jesus Nazareno liberta um homem em território dos gentios, sob o domínio do Império Romano. A identificação do demônio, que o possuía pelo nome de “legião”, aponta para as legiões romanas que ocupavam esta região. Os porcos, que se arremetem ao mar e perecem, assemelham-se ao exército do faraó no Mar Vermelho, no Êxodo.
O homem libertado por Jesus sai a anunciar a Sua misericórdia, tornando-se um missionário gentio entre os gentios.
Aquele episódio, entre tantos registrados na Bíblia, nos mostra a existência dos demônios, que são espíritos maus, anjos decaídos, que estão na terra com o propósito de prejudicar a humanidade e afrontar a Deus.
Além de influenciar e oprimir os homens, os espíritos malignos chegam a possuir a mente e o corpo de muitas pessoas. Aquele homem tinha muitos demônios que se identificaram com o nome de “legião”. Assim era chamada uma divisão do exército romano composta por 6 mil soldados. Percebe-se que a denominação de uma entidade maligna pode ser ocasional, utilizando uma palavra significativa em dado contexto cultural.
Muitos negam a existência de demônios e atribuem aos problemas mentais quaisquer manifestações desse tipo. Fato é que inúmeras pessoas têm sido libertas pelo nome de Jesus. Se esse Nome tem o poder que a Bíblia lhe atribui, então também é verídica a possessão demoníaca que a mesma Bíblia afirma.
O gadareno vivia nos sepulcros, que eram cavernas. Ali não era lugar para pessoas vivas, mas o demônio o levou para lá. Nisso percebemos o seu propósito de roubar, matar e destruir (cf. João 10,10). A vida daquele homem estava encerrada, perdida. Estava separado da família, dos amigos e da sociedade. Era um morto-vivo morando no cemitério, sem esperança e sem perspectiva. Assim como Deus tem um plano para o ser humano, satanás também o tem, e aquele homem atingira um estágio avançado da execução dos desígnios diabólicos. Quem não segue a Cristo está caminhando com o inimigo rumo à perdição eterna. Ainda que não esteja possesso, está influenciado e dominado pelo mal, podendo chegar a situações muito piores.
Ninguém podia fazer coisa alguma por aquele homem. Não podiam salvá-lo ou ajudá-lo de alguma forma. Então, tentavam prendê-lo, talvez com a intenção de protegê-lo de si mesmo. Entretanto, os demônios se manifestavam com fúria, despedaçando correntes e cadeias. Ele era incontrolável. Nenhum ser humano tem força para controlar um demônio. O que dizer de milhares? Aquele homem precisava conhecer Jesus.
O possesso vivia perturbado. Era feroz e ameaçador (cf. Mt 8,28). Não tinha descanso. Não conseguia dormir. Andava nu, gritando, dia e noite, enquanto se feria com pedras. O inferno será muito pior do que isso. Neste endemoniado estava uma amostra do tormento eterno. Muitas pessoas, mesmo não estando possessas, estão oprimidas pelo inimigo e são descontroladas, inquietas, agitadas, vivem ferindo a si mesmas e aos outros. Precisam de um encontro com Jesus. Os que estão nas mãos de satanás vão acumulando feridas diversas, numa vida de dor e sofrimento atroz. Cristo é o único que pode lhes trazer libertação e salvação.
O demônio reconheceu Jesus imediatamente e se prostrou para adorá-Lo, como fazia quando era um anjo de Deus. Naquele momento, o espírito mau deu o seu testemunho de que Jesus é o Filho de Deus. Algo tão difícil para as pessoas acreditarem e reconhecerem, era fato natural para aquela entidade maligna.
Imediatamente, o Senhor Jesus expulsou a legião daquele homem. Quando o gadareno encontra o Nazareno, tudo muda. O Senhor faz o que ninguém mais pode fazer. O endemoniado não podia libertar a si mesmo da escravidão espiritual. Os outros também não podiam libertá-lo. Mas sim, o Filho de Deus. Ele, sim, veio trazer liberdade aos cativos, desfazendo as obras do mal.
Jesus atendeu ao pedido daqueles espíritos, permitindo que eles entrassem nos porcos. Imediatamente, aqueles animais foram precipitados no despenhadeiro, caindo no mar e morrendo afogados. Creio que era isso que os demônios pretendiam fazer ao gadareno. Então, por que não fizeram? Eles só agem dentro dos limites da permissão divina (cf. Mc 5,13). Além disso, os demônios usavam aquele corpo como casa (cf. Mt 12,43-44) e não iriam destruí-lo tão cedo. O diabo utiliza seus escravos para fazer suas obras malignas neste mundo. Por isso, é útil para ele que suas vidas miseráveis sejam prolongadas por algum tempo.
Depois da libertação, o gadareno parecia outro homem. Foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo (cf. Mc 5,15). A conversão é o início de uma nova vida, com equilíbrio, sossego, descanso, paz, dignidade, ordem e decência. Além de ter sido liberto, aquele homem foi salvo (cf. Lc 8,36).
Muitas pessoas vieram vê-lo, mas não glorificaram a Deus por sua libertação. O momento era propício ao louvor e à ação de graças, mas houve murmuração. Os demônios adoraram a Jesus, mas o povo não O adorou. Muitos ficaram revoltados contra Ele por causa da morte dos porcos. Portanto, aquele homem não tinha valor algum para o seu povo; os porcos eram considerados mais importantes. A perda financeira foi mais sentida do que o ganho humano e espiritual. O materialismo dominava aquela gente. Encontraram Cristo, mas não foram salvos. Resolveram expulsá-Lo daquela cidade. Que situação estranha! Jesus expulsou os demônios de um homem e depois foi expulso do lugar. Qual é a nossa atitude para com Jesus? Hoje, da mesma forma, cada pessoa deve tomar a decisão de acolher Jesus ou rejeitá-Lo.
O gadareno liberto pediu para seguir a Jesus, mas o Senhor não permitiu. Cristo havia atendido a um pedido dos demônios, mas não atendeu à oração daquele homem. Por quê? Jesus tinha um propósito para ele naquele lugar. Vemos nisso o amor e a misericórdia para com aquele povo ímpio que rejeitou o Senhor. Ele deixou o gadareno ali como o pregador, dando seu testemunho para todos, começando pela sua casa. Agora que estava liberto, poderia retomar a normalidade da sua vida. Sua família também tinha sido abençoada com a ajuda daquela libertação. Aquele que se converte torna-se bênção para o seu lar e para a sociedade.
Neste episódio, os discípulos nada fizeram, senão aprender com o Mestre aquilo que deveriam realizar após a Sua ascensão. Jesus subiu ao céus, mas encarregou Sua Igreja de continuar Sua obra de libertação. Assim, por intermédio de nós, Jesus continua libertando. Aqueles que alcançam a libertação e a salvação saem de uma vida de tormento e começam a usufruir a alegria de Deus em seus corações e se tornam Evangelhos vivos para os seus.
Padre Bantu Mendonça