segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Evangelho do Dia


Evangelho (Lucas 1,5-25)




Segunda-Feira, 19 de Dezembro de 2011
19 de Dezembro

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

5Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6Ambos eram justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor.7Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada.
8Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. 9Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10Toda a assembleia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido.
11Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. 13Mas o anjo disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, 15porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. 17E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto”.
18Então Zacarias perguntou ao anjo: “Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. 19O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e fui enviado para dar-te esta boa notícia. 20Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até o dia em que essas coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras, que se hão de cumprir no tempo certo”.
21O povo estava esperando Zacarias, e admirava-se com a sua demora no Santuário.22Quando saiu, não podia falar-lhes. E compreenderam que ele tinha tido uma visão no Santuário. Zacarias falava por sinais e continuava mudo.
23Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou para casa.24Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e escondeu-se durante cinco meses. 25Ela dizia: “Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública!”

- Palavra da Salvação. 

- Glória a vós, Senhor.
comentário
Esta estranha entrada em cena de um ser que se tornará um dos mais importantes da realização dos planos divinos é muito do estilo do Antigo Testamento. Todos os seres vivos deviam ser destruídos pelo dilúvio, mas Noé e os seus foram salvos na arca. Isaac nasce de Sara, já em idade avançada para dar à luz. Davi, jovem e sem técnica de combate, derruba Golias. Moisés, futuro guia do povo de Israel, é encontrado em uma cesta e salvo da morte. Desta maneira, Deus quer destacar que Ele mesmo toma a iniciativa da salvação de Seu povo. O anúncio do nascimento de João é solene. Realiza-se no marco litúrgico do Templo.
Desde a designação do nome do menino: “João” – que significa “Deus é favorável” – tudo é concreta preparação divina do instrumento que o Senhor elegeu. Sua chegada não passará despercebida e muitos se alegrarão com seu nascimento (cf. Lc 1,14); abster-se-á de vinho e bebidas embriagantes, será um menino consagrado e, como prescreve o livro dos Números (6,1), ele não beberá vinho nem licor fermentado. João já traz um sinal de sua vocação de asceta. O Espírito habita nele desde o seio de sua mãe. A sua vocação de asceta une-se à guia de seu povo (cf. Lc 1,17). Precederá o Messias, papel que Malaquias (3,23) atribuída a Elias. Sua circuncisão, fato característico, mostra também a eleição divina: ninguém em sua parentela tem o nome de João (cf. Lc 1,61), mas o Senhor quer que ele seja chamado assim mudando os costumes. O Senhor foi quem o escolheu. É Ele quem dirige tudo e guia o Seu povo.
O nascimento de João é motivo de um admirável poema que, por sua vez, é ação de graças e descrição do futuro papel do menino. A Igreja canta este poema todos os dias – no final das Laudes – reavivando sua ação de graças pela salvação que Deus lhe deu e em reconhecimento porque ele [João] continua mostrando-lhe “o caminho da paz”.
João Batista é sinal da irrupção de Deus em Seu povo. O Senhor o visita, o livra, realiza a aliança que havia prometido. O papel do precursor é muito precioso: prepara os caminhos do Senhor (cf. Is 40,3), dá a Seu povo o conhecimento da salvação. Todo o afã especulativo e contemplativo de Israel é conhecer a salvação, as maravilhas do desígnio de Deus sobre Seu povo. O conhecimento dessa salvação provoca nele a ação de graças, a bênção, a proclamação dos benefícios de Deus que se expressa no “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel”.
Esta é a forma tradicional de oração de ação de graças que admira os desígnios de Deus. Com estes mesmos termos, o servidor de Abraão bendiz a Deus (cf. Gn 24,26). Assim também se expressa Jetro, sogro de Moisés, reagindo ao admirável relato do que Deus havia feito para livrar Israel dos egípcios (cf. Ex 18,10). A salvação é a remissão dos pecados, obra da misericordiosa ternura de nosso Deus (cf. Lc 1,77-78).
João deverá, pois, anunciar um batismo no Espírito para remissão dos pecados. Mas este batismo não terá apenas esse efeito. Será iluminação. A misericordiosa ternura de Deus enviará o Messias que, segundo duas passagens de Isaías (9,1 e 42,7), retomadas por Cristo (cf. Jo 8,12), “iluminará os que jazem entre as trevas e sombra da morte” (Lc 1,79).
O papel de João é o de “preparar o caminho do Senhor”. Ele sabe disso e designa a si mesmo, referindo-se a Isaías (40,3), como a voz que clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor”. Mais positivamente ainda, deverá mostrar “Aquele que está no meio dos homens, mas que estes não O conhecem” (cf. Jo 1,26) e a quem chama, quando o vê chegar: “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
João corresponde ao que foi dito e previsto sobre ele. Deve dar testemunho da presença do Messias. O modo de chamá-lo indica o que o Messias representa para ele: Ele é o “Cordeiro de Deus”.
Como João, a Igreja e seus fiéis têm o dever de “não cobrir a luz”, mas de dar testemunho dela (cf. Jo 1,7). A esposa, a Igreja, deve ceder o posto ao Esposo. Ela é testemunho e deve ocultar-se diante d’Aquele a quem testemunha. Papel difícil é o de estar presente no mundo, e firmemente presente até o martírio como João, sem impulsionar uma “instituição” em vez de impulsionar a Pessoa de Cristo. Papel missionário sempre difícil é o de anunciar a Boa Notícia e não uma raça, uma civilização, uma cultura ou um país: “É preciso que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30).
Anunciar a Boa Nova e não uma determinada espiritualidade, uma determinada ordem religiosa, uma determinada ação católica especializada. Como João, mostrar a seus discípulos onde está para eles o “Cordeiro de Deus” e não cercá-los como se fôssemos nós a luz que vai iluminá-los. Esta deve ser a minha e a sua meta: apresentar o Cordeiro de Deus aos outros.
Senhor, dai-me a graça de ser uma verdadeira testemunha, a fim de que com palavras e obras eu Vos leve a todos os povos e nações que não Vos conhecem.
Padre Bantu Mendonça

sábado, 17 de dezembro de 2011

Santo do Dia


São Lázaro de Betânia
Século I


Lázaro de Betânia, na Judéia, teve a honra de merecer a amizade de Jesus e de desfrutar de sua companhia em sua própria casa. Este santo deve à amizade de Jesus, além da espetacular ressurreição do túmulo, o culto que recebe da Igreja ao longo dos séculos.

A casa de Lázaro era um lugar onde Jesus costumava passar alguns momentos de descanso. Apenas a três milhas de Jerusalém, era uma próspera propriedade agrícola, em Betânia. Lázaro era estimado e respeitado pela comunidade hebraica, pela origem nobre, honestidade e religiosidade da família. Tinha duas irmãs, Marta e Maria, e, ao que parece, os três eram solteiros. Essa amizade, não se sabe quando começou. As narrações feitas pelos evangelistas mostram Jesus sendo confortado pelas atenções dessas irmãs devido à sincera e confiante amizade do dono da casa. Notadamente, Lázaro era um amigo predileto, talvez um de seus primeiros discípulos.

Certo dia, o amigo adoeceu gravemente e as irmãs mandaram avisar Jesus, que estava pregando na distante Galiléia. Aparentando indiferença, Jesus continuou lá, em atividade, mais alguns dias. Veio, então, a triste notícia: "Lázaro, nosso amigo, dorme, vou despertá-lo do sono" disse Jesus. Os discípulos só entenderam que Lázaro havia morrido após a explicação clara de Jesus: "Lázaro morreu, mas me alegro por vossa causa por não estar presente, a fim de que acrediteis. Vamos vê-lo!" (Jo 11,14).

Quatro dias após o sepultamento, Jesus chegou. Marta chamou sua irmã Maria, e junto com Cristo foram ao sepulcro. As duas irmãs choraram e os amigos que estavam presentes se comoveram. O próprio Jesus também chorou. "Vejam quanto o amava", exclamaram os judeus que notaram o rosto de Jesus com lágrimas. Então, Jesus mandou abrir o sepulcro, entrou nele e, vendo Lázaro enfaixado, ordenou que ele saísse e andasse. Jesus tinha nas palavras a autoridade sobre a vida e a morte. E Lázaro viveu novamente. Alguns dias depois, Lázaro e suas irmãs ofereceram um banquete em agradecimento a Jesus pelo milagre realizado.

Depois desse evento, as Sagradas Escrituras não citam mais os três irmãos. A ressurreição de Lázaro assumiu valor simbólico e profético como prefiguração da ressurreição de Cristo. A casa de Betânia e o túmulo de Lázaro se tornaram as primeiras metas das peregrinações dos cristãos. Este santo é o único a ter o privilégio de ocupar dois túmulos, porque morreu duas vezes.

Embora uma antiga tradição Oriental diga que Lázaro foi bispo e mártir na ilha de Chipre e outra que ele teria viajado para a França e se tornado o primeiro bispo de Marselha, o certo é que Lázaro encerrou sua vida, santamente, como "amigo de Jesus" e, assim, merecedor de nossa veneração. A Igreja escolheu o dia 17 de dezembro para seu culto.

Evangelho do Dia


Evangelho (Mateus 1,1-17)




Sábado, 17 de Dezembro de 2011
17 de Dezembro

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; 4Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; 5Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. 6Jessé gerou o rei Davi.
Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias; 9Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;13Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 17Assim, as gerações desde Abraão até Davi são catorze; de Davi até o exílio na Babilônia catorze; e do exílio na Babilônia até Cristo, catorze.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Breve Comentário
Uma genealogia cheia de nomes estranhos. Nomes de pessoas que não conhecemos. Isso é interessante? Talvez não, talvez sim. Isso depende do valor que damos à Pessoa de Jesus, pois, para quem quer se aprofundar no mistério da nossa salvação, a genealogia presente neste texto é bastante interessante.
Quem não conhece a Bíblia a achará uma coisa chata e vai se perguntar: Por que Mateus começa com uma genealogia? O que ele quer dizer com isso? E por que essa genealogia começa com Abraão e não com Adão, como no Evangelho de Lucas? Por que apóstolo colocou o nome de quatro mulheres nessa genealogia? E mais uma pergunta: é uma coincidência que houve três épocas com 14 gerações? Será possível que Mateus omitiu algumas gerações? São algumas perguntas, para mostrar que essa genealogia de jeito nenhum é forçada. Quem conhece a Bíblia a achará cativante e intrigante. Essa genealogia evoca perguntas.
Olhemos primeiramente para o título desta genealogia. “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”. Mateus escreveu seu livro especialmente para o povo judeu. Anos depois da rejeição de Jesus pelos judeus, seu objetivo é convencer os seus irmãos que este Jesus de Nazaré é o Cristo. Para provar isso, o apóstolo, muitas vezes, usa textos do Antigo Testamento para mostrar que as promessas antigas são cumpridas em Jesus Cristo. E cita as palavras dos profetas do Velho Testamento e, depois disso, diz: “O que foi dito naquela época, agora é cumprido”.
Nesta genealogia Mateus traz à memória a vida de Jesus para convencer os judeus de que o Senhor é realmente o Cristo. Este é o alvo desse Evangelho. E isso se mostra logo no início do livro. O apóstolo quer usar essa genealogia para revelar que Jesus é o cumprimento da promessa de Deus na pessoa de Abraão e anunciado pelos profetas. E isso está bem claro no primeiro versículo, no qual se fala sobre a genealogia de Jesus Cristo.Porém, “Cristo” não é o segundo nome de Jesus – assim como muitas pessoas têm dois ou três nomes – e também não é o sobrenome; “Cristo” caracteriza o trabalho d’Ele, a Sua missão. Assim, Jesus é o Cristo. Quer dizer: o Ungido. No versículo 17 isso fica ainda mais claro, pois lá o nome é repetido, mas com o artigo: “o Cristo”. Então, esta é a genealogia de Jesus, O Cristo, quer dizer: o Ungido, o Messias.
Pregar o Cristo. Este é o objetivo dela [genealogia]. E isso também se mostra no resto deste primeiro versículo: Ele é o Filho de Davi. Ele é o Filho prometido. O Senhor havia prometido a Davi que na casa dele nasceria o Cristo. E esse Filho prometido é Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sabendo disso, podemos entender por que Mateus também disse que Jesus é o Filho de Abraão, pois Abraão foi o patriarca do povo de Israel. Foi dito a respeito dele: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12,3). Essa promessa foi realizada em Jesus, o Cristo. Este Jesus será uma bênção para todas as famílias da terra. Ele é o Salvador. O povo de Israel estava esperando por este Salvador. E, agora, Ele nasceu. Seu nome é Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão.
Portanto, de várias maneiras, São Mateus mostra, no título dessa genealogia de Jesus, que o Cristo nasceu. Isso não é uma enumeração seca dos ascendentes de Jesus, mas essa genealogia quer provar que o Cristo nasceu. Ela prega o Cristo!
Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Adoração ao Santíssimo Sacramento

Na noite de hoje sexta-feira dia 16 de dezembro de 2011, estiveram reunidos na casa de catequese o Grupo de Jovens Nova Geração. Mensalmente o Grupo realiza esse momento impar diante do Santíssimo Sacramento. De costume, sempre a adoração ao Santíssimo é na última sexta-feira de cada mês, mas por festividades natalinas e pelo aniversário da nossa querida cidade, antecipamos para hoje.
confira as fotos:



















Graça e Paz a todos!

Convite


Convidamos você Jovem para junto com o Grupo de Jovem Nova Geração
Vivenciarmos mais um momento de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento.
Será a última adoração deste ano de 2011, na casa de catequese ás 19:00hs.
Não deixe de beber da graça de Nosso Deus!
Graça e Paz!

Santa Adelaide

Narrada por santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes.

Nascida em 931, Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França, casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai aos seis anos. A Corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário. Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de devolver-lhe a Corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos.

Durante anos tudo era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino.

Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao papa. Depois, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu, também, que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido à má influência de Teofânia. Nessa época, foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo, o abade passou a orientar Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois.

Como o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação.

Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para o Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburg. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.

Evangelho do Dia

Evangelho (João 5,33-36)




Sexta-Feira, 16 de Dezembro de 2011
3ª Semana do Advento

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: 33“Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. 35João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. 36Mas eu tenho um testemunho maior que o de João; as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário
Amados irmãos e irmas, nós estamos quase chegando ao santo Natal. Amanhã iniciamos a semana santa do Natal e devemos preparar o nosso coração para a chegada de Jesus em nosso meio. Somos um povo que escuta a Palavra de Deus, mas existem muitos que, por causa da sua surdez e distração, perdem os ensinamentos de Deus Pai.
Quando deixamos de escutar o Senhor e começamos a escutar a nós mesmos e ao inimigo já não conseguimos manter o projeto de salvação que Deus tem para cada um de nós, assim nós nos voltamos para o projeto do mundo.
Deus vai além do pensamento humano ao preparar o Seu projeto, pois existe uma grande distância entre o que a gente pensa e o que Jesus pensa para nós, porque Ele conhece todas as coisas. A qualquer momento podemos seguir Jesus, para isso basta escutar Sua Palavra. Ele conhece nosso coração e não nos deixará cair no buraco.
Pratique a justiça e o que é justo, pois a justiça dos homens é falha. Só é justo, de verdade, aquele que pratica a justiça de Deus, porque mesmo sendo perfeito Ele não nós destroi por causa de nossa imperfeição, ao contrário, o Senhor busca nos salvar mesmo sendo imperfeitos.
A justiça de Deus quer trazer de volta o homem e a mulher que se perderam; somos convidados a cumprir o dever e a justiça do Senhor para sermos salvos. Ninguém está excluído da comunhão com Deus e a religião, porque o que nós une a Jesus é a prática dos Seus ensinamentos. Deus Pai deixou bem claro que aquele que vive os Seus mandamentos será conduzido por Ele.
Nós temos que ser fiéis a Deus para ser incluídos em Seu reino de salvação, para isso, precisamos converter o nosso coração. Costumamos dizer que a voz do povo é a voz de Deus, mas tem gente que não pode ser a voz de Deus porque não pratica os mandamentos d’Ele.
Precisamos aprender a obedecer a Deus, no Evangelho de hoje Jesus nos revela que João Batista é o sinal, e a sua voz ainda ecoa entre nós.
Não seja um cristão católico surperficial! Seja um cristão que vivencia e conhece a verdadeira fé, porque para amar a Igreja você precisa conhecê-la por dentro. Lembre-se de que Jesus nos ensina que não devemos julgar o próximo, portanto, caminhemos na obediência de Deus. A Igreja é formada por pecadores que buscam um Deus, que os ajude a voltar para o caminho da santidade.
Devemos encontrar em Deus a luz para nossa vida. Jesus fala que João Batista foi a Israel para ser esta luz, mas o Senhor tem um testemunho maior que o desse grande santo. O testemunho de Cristo Jesus é maior do que o de João Batista, porque foi um ritual de passagem do Antigo Testamento para o Novo Testamento e tudo o que havia sido prometido foi realizado.
O testemunho de Jesus Cristo para humanidade são Suas obras, Seus ensinamentos e Sua Palavra.
Devemos agradecer muito nesta noite de Natal, pois Jesus veio até nós para realizar as obras estabelecidas pelo Pai. Não duvide do que o Senhor realizou e contemple a beleza de Sua obra.
Na noite de Natal agradeça a Deus, em família, pelo nascimento de Jesus Cristo e para que a fé brote no coração de cada pessoa.
Padre João Gualberto