domingo, 20 de novembro de 2011

Católicos celebram neste domingo a festa de Cristo Rei

 
A Igreja Católica celebra neste domingo a festa de Jesus Cristo Rei do Universo, solenidade que encerra o tempo comum e marca o início de um novo ano litúrgico. Nesta festa, estabelecida pelo Papa Pio XI, em 1925, a autoridade religiosa teve como objectivo motivar os fiéis ao reconhecimento em público de que o líder da igreja é Cristo Rei. Segundo o missal dominical popular, da Igreja Católica, a ideia que primitivamente pesou na denominação deste domingo foi de ordem temporal. Da parte da igreja havia a esperança de que os estados civis reconhecessem Cristo como rei. Contudo, os condicionalismos sociais e históricos modificaram-se por completo e foi então possível a celebração da festa de Cristo Rei no seu verdadeiro contexto litúrgico e teológico. A festa passou a salientar a importância de Jesus Cristo como centro da história universal. “O Alfa e o Ómega, o princípio e o fim. Cristo reina nas pessoas com a mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, quer dizer, para sempre e para todos os homens”. Assim, de acordo com o missal popular, a igreja liberta-se de compromissos terrenos, a maior parte das vezes contrários a sua missão específica de evangelizadora e defensora dos fracos. Neste sentido, a realeza de Cristo reflecte-se na igreja, não no seu esplendor e poderio social, mas na vivência da justiça e da caridade.
Fonte: Angola Press e Blog da Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos.

sábado, 19 de novembro de 2011

Santo do Dia

São Roque González e companheiros mártires

19 de Novembro



São Roque González e companheiros mártires Com alegria celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo.

Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.

O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.

São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas - bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta - tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.

Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos
colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.

São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!




Evangelho do Dia

Evangelho (Lucas 20,27-40)

Sábado, 19 de Novembro de 2011
Ss. Roque González, Afonso R., João del Castillo


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”.
34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.
37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 
 
 
Comentário:
 A propósito de uma pergunta capciosa de Seus adversários que negavam a ressurreição dos mortos, Jesus procura fazer-lhes compreender que, no mundo novo da ressurreição, as coisas estão fora e acima do nosso modo de pensar terreno. A ressurreição dos mortos pertence já a esse “mundo que há-de vir” para além da morte, no qual Deus vive como Deus dos vivos, como Ele se tinha revelado no episódio da sarça ardente, ao apresentar-se a Moisés como Deus dos que tinham vivido antes – mas que para Ele são sempre vivos – Ele “o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó”. Os saduceus, grandes proprietários de terras, formavam a elite dos sacerdotes. Não acreditavam na ressurreição. Propõem a Jesus um caso difícil, para mostrar que é absurdo crer na ressurreição. O Senhor retifica a questão, mostrando que a vida da ressurreição não deve ser concebida como mera cópia da vida na dimensão presente.
E os mortos ressuscitam? Referindo-se à célebre forma “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó”, Jesus mostra que, sendo Deus dos vivos e da Vida, também Abraão, Isaac e Jacó devem estar vivos com Ele. Com efeito, o sentido de toda a criação é viver para Deus, e essa vida não conhece fim, mas sim ruma para a plenitude. Sempre. O que está com Deus está vivo para gozar vida em abundância.
Os saduceus queriam embaraçar o Senhor Jesus fazendo perguntas a partir da prática do levirato (cf. Dt 25,5-6). No livro do Deuteronômio está ordenado que, no caso de um irmão falecer sem descendência, é a obrigação de um irmão casar com a viúva para dar o nome à família. Se, nessa prática, uma viúva casar sucessivamente, de quem será a mulher na ressurreição? Jesus afirma a ressurreição (vv. 35-37), e mostra aos saduceus que as instituições pertencentes a essa ordem das coisas não continuarão pós-ressurreição. Em outras palavras, as instituições terrenas não continuarão no céu, que é o mundo da justiça plena. O mundo onde está presente o Reino de Deus. Todas as instituições e poderes são transitórios e provisórios, ainda.
A continuidade entre o agora e o então está em Deus e na Sua graça. E Jesus faz excursão mais profunda no Pentateuco, lembrando-os do que Moisés disse a respeito do Altíssimo como “o Deus de Abraão, Isaac e Jacó”. A ressurreição é a dádiva da vida e vem de Deus Pai. Assim, à luz da ressurreição, a vida é vista e vivida sob o poder da graça. Em Lucas, a ênfase recai na expressão: “não podem mais morrer” com referência aos filhos da ressurreição.
Padre Bantu Mendonça

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Obrigado!


Obrigado Senhor, pelos 2.000 acessos em menos de 2 messes!!!
Deus seja louvado em tudo meus irmãos!
Graça e Paz!

Santo do Dia


Santo Frediano século VI

Frigianu ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam seu nome, teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século IV. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino a Roma. Mais tarde, existe a notícia de sua permanência na Itália, nos arredores da cidade de Luca, na Toscana, vivendo como ermitão.

A presença do monge foi notada pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava a cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança.

O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Certamente, um fato inusitado.

Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As suas ações logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que o celebrizou, foi o que cita o desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente beneficio causado a toda a zona rural de Luca. Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as águas se canalizaram imediatamente. Conduziu o rebanho de sua diocese com muito zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável, na busca de esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. O bispo Frediano morreu no dia 18 de março de 588.

A partir de então, a fama de santidade de Frediano e o célebre episódio do rio Serchio expandiram-se e a sua devoção se fez ainda mais intensa. Foi até citada no livro "Diálogos", escrito pelo papa São Gregório Magno, seu contemporâneo. Também as congregações que se estabeleceram na sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.

Depois, o impulso veio do fato de, em pleno período medieval, para evitar saques por parte dos piratas e invasores, o corpo de são Frediano ter sido sepultado num lugar escondido no cemitério da igreja. E ele só foi localizado por acaso, muitos meses depois, durante o sepultamento de uma jovem, que quase foi colocada onde era o seu túmulo.

Tempos depois, sua obra floresceu na bem antiga e pequena comunidade monástica, os conhecidos "Cônegos de São Frediano", os quais o bispo Anselmo de Baggio, quando se tornou papa Alexandre II, indicou para dirigir o Mosteiro de São João de Luterano, em Roma.

A sua festa ocorre no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado das suas relíquias, no século XI, para a atual Basílica de São Frediano, em Luca.

Evangelho do Dia

Lucas 19,45-48

Sexta-Feira, 18 de Novembro de 2011
Dedicação Basílicas S. Pedro e S. Paulo

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Breve comentário
Naquele tempo, a celebração da Páscoa acontecia anualmente no Templo em Jerusalém. Era uma das três festas anuais que exigiam o comparecimento de todos os homens, sendo as outras duas: a festa de Pentecostes e a festa dos Tabernáculos. A festa da Páscoa comemorava a saída dos judeus da escravidão no Egito (cf. Êxodo 12,1-13) e começava aproximadamente no décimo quarto dia de abril em nosso calendário, durando sete dias ao todo. A Páscoa propriamente era celebrada no dia inicial, seguindo-se depois a festa dos Pães Ázimos.
Muitos judeus com suas famílias viajavam de várias partes do mundo inteiro para Jerusalém durante essas festas. Assim, durante a Páscoa, o Templo ficava sempre abarrotado com milhares de visitantes, além dos seus habitantes.
Todo israelita – de vinte anos para mais – tinha que pagar anualmente, na tesouraria sagrada do Templo, meio siclo como um oferecimento ao Senhor (cf. Êxodo 30,13-15), e isso com a tradicional e antiga moeda hebraica desse valor exato. O povo também era obrigado a oferecer animais como sacrifício pelos pecados. Contudo, muitos não podiam trazer consigo seus animais porque vinham de longe, ou porque não dispunham de animais nas perfeitas condições exigidas.
Havia, portanto, grande procura de moedas de meio siclo assim como de animais próprios para os sacrifícios e holocaustos na festa da Páscoa. Para facilitar o comércio, os líderes religiosos permitiam que cambistas de moedas e comerciantes montassem suas bancas e barracas na corte dos gentios no Templo, pagando um aluguel. Era lucrativo para os negociantes e rendoso para os sacerdotes, à custa dos que vinham oferecer sacrifício. O Templo de Deus estava sendo usado de forma inadequada, e a perseguição do ganho material e o uso de práticas gananciosas predominavam. A Casa de Deus tinha se tornado uma espécie de bolsa de mercadorias ou feira livre.
O Senhor Jesus indignou-se com isso e, tendo feito um chicote de cordas, expulsou todos do Templo com seus animais, espalhou o dinheiro dos cambistas e virou-lhes as mesas, dizendo aos que vendiam as pombas “tirai daqui estas coisas: não façais da casa do meu Pai casa de negócio”, pois estavam fazendo um escárnio da casa de Deus. Ao término do Seu ministério, aproximadamente três anos mais tarde (cf. Mateus 21,12-17; Marcos 11,12-19; Lucas 19,45-48), Ele repetiu esta “limpeza”, pois o motivo de lucro daquela gente era mais forte que o desejo de conservar a santidade do Templo.
Deus sempre preveniu Seu povo contra o uso do culto a Ele para o seu próprio enriquecimento. O que o Senhor fez naquelas ocasiões não foi cruel ou injusto, mas era apenas a manifestação da sua santidade e justiça, o que fez com que seus discípulos se lembrassem do versículo no Salmo 69,9: “o zelo da tua casa me devorou”. Este salmo é citado 17 vezes no Novo Testamento e é um dos seis salmos mais citados no Novo Testamento.
Jesus tinha amplos motivos para dizer que os comerciantes gananciosos haviam transformado o Templo de Deus num “covil de salteadores”. Para poder pagar o imposto do Templo, os judeus e os prosélitos procedentes de outros países tinham de trocar seu dinheiro estrangeiro por moeda aceitável. Os cambistas operavam negócios lucrativos, cobrando uma taxa para cada moeda cambiada. Cristo os chama de salteadores, sugerindo que as taxas deles eram tão excessivas que, na realidade, extorquiam dinheiro dos pobres.
Alguns não podiam levar os próprios animais para ser sacrificados. Todos que os levavam tinham de submetê-los a um exame feito por um inspetor no Templo por uma taxa. Muitos que não queriam arriscar-se a ter um animal rejeitado depois de trazê-lo de longe, compravam um leviticamente “aprovado” dos negociantes corruptos no Templo. Muitos dos camponeses pobres eram bem enganados ali.
Há evidência de que o ex-sumo sacerdote Anás e sua família tinham capital investido nos comerciantes do Templo. Escritos rabínicos falam de “bazares dos filhos de Anás [no templo]”. O lucro que recebiam dos cambistas e da venda de animais na área do Templo era uma das suas principais fontes de renda. A ação de Jesus, de expulsar os comerciantes, não só tinha por alvo o prestígio dos sacerdotes mas também “o bolso” deles.
Não será que esta cena ainda se repete em nossos dias nas festas dos padroeiros em nossas Paróquias e Capelas?
Espírito purificador, tira do meu coração toda sorte de maldade e egoísmo, que o tornam indigno de ser morada de Deus.
Padre Bantu Mendonça