segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"Deixa Deus Fazer..."

No último final de semana dias 12 e 13, foi realizado na paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos uma programação religiosa muito bonita dentro do Primeiro Fórum de Políticas sobre Drogas. Na noite do sábado(12/11/11), foi vivenciado um grande momento de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento, momentos de  bençãos e graças do céu derramadas sobre os jovens que estiveram presente.
No domingo(13/11/11), ás 19:00hs foi celebrada a missa em ação de graças por todos os jovens de nossa cidade, com entrada da palavra encenada e ofertório vivo.
Concluímos esse final de semana inesquecível na vida dos jovens e da comunidade de Nossa Senhora dos Aflitos, com uma procissão conduzindo a imagem de Nossa Senhora das Graças, intitulada pelo Papa João Paulo II no dia de sua benção como "Mãe da Juventude".

Confira as fotos



















































são Serapião

São Serapião

Procedente de família cristã da nobreza inglesa, Serapião nasceu em Londres no ano 1179. Seu pai era Rotlando Scoth, capitão da esquadra do rei Henrique III. Muito jovem, já estava atuando ao lado do pai na cruzada comandada pelo lendário Ricardo Coração de Leão. Porém, no retorno, o navio naufragou próximo de Veneza e a viagem continuou por terra. Nesse percurso, acabaram prisioneiros do duque da Áustria, Leopoldo, "o Glorioso", que libertou o rei e seu pai. Mas Serapião e os demais tiveram de ficar.

Logo o duque percebeu que o jovem militar, além de bom militar, era bom cristão, muito bondoso e caridoso. Por isso o manteve na Corte. Mais tarde, quando recebeu a notícia da morte dos pais, Serapião decidiu ficar na Áustria. Com os soldados do duque, seguiu para a Espanha, para auxiliar o exército cristão do rei Afonso III, que lutava contra os invasores muçulmanos. Quando chegaram, eles já tinham sido expulsos.

Serapião decidiu ficar e servir ao exército do rei Afonso III, para continuar defendendo os cristãos. Participou de algumas cruzadas bem sucedidas, até que, em 1214, o rei Afonso III morreu em combate. Serapião, então, voltou para a Áustria e alistou-se na quinta cruzada do duque Leopoldo, que partiu em 1217 com destino a Jerusalém e depois ao Egito.

O vai-e-vem da vida militar em defesa dos cristãos levou, novamente, Serapião para a Corte espanhola, em 1220. Dessa feita, acompanhando Beatriz da Suécia, que ia casar-se com Fernando, rei de Castela. Foi quando conheceu o sacerdote Pedro Nolasco, santo fundador da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, os chamados frades mercedários, os quais se dedicavam em defesa da mesma fé, mas não guerreando contra os muçulmanos, e sim buscando libertar do seu poder os cristãos cativos, mesmo que para isso tivessem de empenhar suas próprias vidas.

Serapião ingressou na Ordem e recebeu o hábito mercedário em 1222. Junto com Pedro Nolasco e Raimundo Nonato, santo co-fundador, realizou várias redenções. Na última, que ocorreu em Argel, na África, teve de ficar refém para libertar os cristãos que estavam quase renegando a fé, enquanto o outro padre mercedário viajou rapidamente para Barcelona para buscar o dinheiro. Mas o superior, Pedro Nolasco, estava na França. Quando foi informado, escreveu uma carta ao seu substituto na direção para arrecadar esmolas em todos os conventos da Ordem e enviar o dinheiro para libertar Serapião o mais rápido possível.

Como o resgate não chegou na data marcada, os muçulmanos disseram a Serapião que poderia ser libertado se renegasse a fé cristã. Ele recusou. Enlouquecidos, deram-lhe uma morte terrível. Colocado numa cruz em forma de X, como o apóstolo André, teve todas as juntas dos seus ossos quebradas, e assim foi deixado até morrer. Tudo aconteceu no dia 14 de novembro de 1240, em Argel, atual capital da Argélia.

O culto que sempre foi atribuído a são Serapião, protetor contra as dores de artrose, foi confirmado em 1625 pelo papa Urbano VIII. A festa religiosa ao santo mártir mercedário ocorre no dia de sua morte.

Evangelho (Lucas 18,35-43)

Segunda-Feira, 14 de Novembro de 2011
33ª Semana Comum

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

35Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo.37Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. 38Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 39As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”40Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: 41“Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. 42Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. 43No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Breve Comentário
Jesus se aproxima de Jericó, etapa final de Sua subida a Jerusalém, distante cerca de 20 quilômetros. Há um cego sentado à beira do caminho pedindo esmola. Sabendo que Jesus passa, grita por Ele, identificando-o como Aquele que lhe pode dar tudo o que precisava para curar a sua cegueira e grita: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
A cegueira, quando acomete o indivíduo perfeito e o torna deficiente, é muito amarga. Ela, no texto de hoje, “bateu na porta” de Bartimeu. Sua vida havia mudado drasticamente pelo fato de ter sido acometido por essa enfermidade havia algum tempo. Este homem era a personificação da infelicidade. Não podia enxergar.
Lucas nos relata que Bartimeu passava suas horas, seus dias, sentado à beira do caminho que levava a Jericó. Por certo, uma passagem obrigatória de todos os viajantes que se dirigiam àquela cidade ou de lá saíam. Ele, o cego, conhecia cada caravana só pelo tropel de seus camelos, as risadas e os gritos de cada cavaleiro. E, sentado à beira do caminho, pedia esmola. Bartimeu é o retrato de todos aqueles que ignoram a Jesus. Cego e pobre mendigo seria a expressão mais correta.
Na manhã dos acontecimentos narrados por Lucas, o caminho de Jericó parecia diferente. Bartimeu chegou cedo, como de costume. Afinal, não se podia perder a oportunidade de arrecadar o máximo possível da bondade dos transeuntes daquele lugar. Algo, entretanto, “cheirava diferente” para esse homem cego.
A fama de Jesus já havia corrido por todos os lados daquela região. Por onde quer que Ele fosse uma multidão O acompanhava. Gente de todas as raças e lugares. O colorido era visto de longa distância.
Um grande som – diferente – se ouvia dos lados de Jericó. O que representava aquele barulho diferente Bartimeu não podia identificar. E chegava cada vez mais perto, a ponto de agora, poder-se ouvir perfeitamente vozes alegres de pessoas caminhando.
Bartimeu ouvia aquilo, mas não sabia o que era. Aliás, o pecador, cego, sem Jesus, ouve muito bem, até mesmo a respeito de Jesus, mas não sabe quem Ele é.
Intrigado com algo tão inusitado, pois naquele caminho os sons que ele estava acostumado a ouvir eram diferentes, Bartimeu interpela alguém que se aproxima dele. A notícia da chegada de Jesus o alvoroça. Ele agora toma consciência do fato. Sabe ser aquela a sua única e grande chance. Sim, porque não quer permanecer a vida toda na cegueira. Jesus, para ele, agora se tornara a grande esperança de felicidade. Há dias ele ouvira falar que aquele homem tinha feito muitos milagres entre os samaritanos e até pensou que se pudesse iria ao encontro d’Ele. Que felicidade! Jesus veio ao seu encontro.
Mas não era bem assim… Jesus estava passando. Mas aquele momento era decisivo. Não poderia deixar passar a oportunidade. Toma a mais importante decisão de sua vida: clama por Jesus. Algumas pessoas o recriminam, impedem-no até! Mas, se houvesse cura para ele aquela era sua única chance. Clama mais alto: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
Que fato interessante! Jesus que tudo sabe, não se importou com aquele cego. Ia passando. É claro que o Senhor sabia da sua profunda necessidade. Estava apenas aguardando o momento certo. E Bartimeu aos gritos insistia: “Tem piedade de mim!” Jesus ouviu. Desde o primeiro instante Jesus ouviu. Como ouve a todos.
Ordenou que trouxessem o cego. E faz a seguinte pergunta: “O que é que você quer que eu faça?” Sua necessidade era física. Era a sua cura da cegueira. Então disse Bartimeu:“Senhor, eu quero ver de novo!”
Para Jesus, a necessidade de Bartimeu ia mais além: a cura espiritual. Igual a todo pecador sem Jesus, ele também necessitava de cura espiritual para enxergar a salvação.
Entretanto, Jesus notou no cego Bartimeu – além do profundo desejo de cura física – uma fé sem limites. Fé que o levou a clamar por compaixão, não se importando com todos os obstáculos que estivessem à sua frente. Essa tamanha fé leva o Senhor a afirmar: “A tua fé te salvou”. O resultado dessa fé foi imediatamente notada, pois Bartimeu sai exultante dando glórias a Deus. O povo que ia junto a Jesu,s ao ver isso, também glorificava a Deus. O pecado cega o homem. Deixa-o à margem da estrada, mendigando, implorando por migalhas da compaixão do mundo.
Coberto por esta capa imunda que satanás lhe ata sobre os ombros, segue a passos largos rumo ao inferno. Mas Jesus, o Filho de Deus, pode dar luz, vida e salvação. A visão mais desejada deve ser a visão espiritual.
Seja você também Bartimeu e grite bem alto: “Jesus, Filho de Davi, tenha piedade de mim!” E Jesus, assim como curou e salvou a ele, respondendo também lhe dirá: “Veja, a tua fé te salvou”.
Padre Bantu Mendonça